16.3.09

Sumário: Revisão da Matéria

imagem: google
Este ano faço 30 anos. Não sou a primeira nem a última a fazê-los, mas isso de pouco ou nada me interessa. São os meus 30 anos, logo, os mais importantes de todos. Nunca tive trauma com a minha idade. Quando era mais nova, davam-me mais; depois passaram a dar-me menos. Qualquer dia dão-me a idade certa… Não vai ter piada ter a minha idade escarrapachada na cara, mas enfim… coisas da vida. Quando me olho e me quero ver, e dependendo dos dias, penso: Foda-se, quem diria? E sorrio. Outras vezes digo exactamente o mesmo e só me apetece chorar. O que vale é que esses momentos são cada vez mais raros. Há algo de muito bom em estarmos num sítio da nossa vida e percebermos que se não fosse pelo que passámos, não estaríamos exactamente neste, mas noutro qualquer. Se gostarmos da vista, é possível dirigir uma espécie de “obrigada” ao universo por tudo de bom e de mau que se passou para se chegar onde se está. Há caminhos que têm de ser feitos… Tenho quase 30 anos. Olho para trás e vejo a rapariga que fui, a menina que era e que ainda consigo ser, vejo a mulher em que me tornei. Vejo quem entrou e saiu da minha vida, vejo quem nunca arredou pé. Vejo as vidas pelas quais passei, sem deixar marca. Vejo outras onde sei que tenho um cantinho só para mim. Vejo sítios e locais e alturas e fases… vejo momentos e memórias tão vívidas que quase que lhes sinto o cheiro. Vejo vitórias e sucessos; vejo fracassos e falhas. Vejo mágoas e arrependimentos; vejo contentamentos e alegrias. Vejo tudo como se fosse uma espécie de puzzle onde as peças se encaixam, onde as arrestas se tocam e se unem. Vejo sítios onde ainda faltam peças. Mas agora que vão sendo cada vez menos as por encaixar, sei onde as ir buscar. Este ano, faço 30 anos. Não será, de certeza, o maior marco da minha vida, mas, por enquanto, é. Vivi a última década da minha vida com demasiada pressa. Com demasiada vontade de ter e fazer aquilo que era suposto ter e fazer. Tudo culminou num ano para esquecer em que as consequências e as repercussões dessa pressa se fizeram sentir na pele da pior forma possível (para mim). Foi um ano em que coloquei em causa decisões pensadas e actos ponderados ao ponto de quase ter entrado numa espécie de não-acção, não-decisão… Se o que tinha feito no passado estava a dar tão mau resultado, então mais valia ficar quietinha e não fazer mais nada. Era uma boa lógica na altura. Estava cansada de me olharem e não entenderem como era possível ter-me perdido tanto. Cansada de ver desilusão e desapontamento nas caras de quem eu mais amo. Cansada de me olhar e de me perguntar “Mas que raio andas tu a fazer?”. Não andava a fazer nada, e o problema era precisamente esse. Decidi fazer. Fiz. E ainda bem. Mais ninguém podia ter feito por mim… Cansei-me de entregar essa “responsabilidade” aos outros, de confiar no bom senso, na racionalidade e na sensatez dos outros. Peguei em mim, literalmente pelo colarinho e com meia dúzia de pontapés pelo meio, atirei-me aos lobos e aos tubarões, fechei os olhos antes do impacto e quando os reabri e percebi que ainda estava de pé, dei um passo em frente e nunca mais parei. Não me arrependo nada do que na altura senti ter que fazer para me meter a andar. Foi a primeira vez na minha vida que fui verdadeiramente egoísta comigo. Não me arrependo. Lamento. O ano foi mau. Péssimo. Pesadamente mau e péssimo. Mas como o universo tem as suas formas de compensar quem faz sofrer mas que se aguenta estoicamente sem perder por completo a sanidade mental, esse mesmo ano terminou de uma forma tão bela que na altura nem sabia, não percebia, o que se estava a passar. Presentearam-me com uma daquelas oportunidades que é preciso estar de olhos bem abertos para reconhecer. Eu estava. E reconheci. O dia 30 de Dezembro desembocou no dia 31, de resto como faz todos os anos. Foi durante essa passagem do penúltimo dia para o último dia do ano que tive perante mim um dos momentos mais deliciosamente bonitos de que me lembro. Agarrei-o, tomei-o para mim, fi-lo meu. O ano de 2009 teve um início auspicioso, com garantias de que nunca mais nada seria como dantes. Voltei a conquistar o respeito de quem deixara de o ter por mim. Voltei a respeitar-me. Levantei a cabeça, fiz peito ao mundo, gritei um “vai ser preciso mais do que isso para me deitar abaixo” e cá estou.
Com o dinheiro da venda do apartamento (lembram-se?) dei entrada para outro e fiz a escritura no passado dia 2 de Março.
Com o que sobrou, enchi o meu cantinho com tudo o que preciso para lá viver. Tudo a estrear. Tudo. Sem excepção. Um verdadeiro início. Fiquei lisa, lisa, lisa, mas vale a pena. Vale sempre a pena. Não me falta (quase) nada, ou pelo menos nada que não possa esperar… Com as dores e sofrimentos do passado fiz um embrulho que enterrei algures onde sei que nem eu nem ninguém alguma vez vai passar novamente. Com as coisas boas e felizes, fiz bandeirinhas e sempre que há brisa, deixo-as voar. “Eu até te dava um beijo daqueles filha da puta de bons, mas…”, disse-lhe eu na madrugada de 31 de Dezembro. Ignorou-me e beijou-me com a convicção de quem tinha a certeza absoluta do que estava a fazer e queria. “Vai para o caralho”, respondi-lhe. Riu-se tanto que o tive de beijar novamente. E nunca mais parámos. Tudo a estrear. Tudo.
Este ano faço 30 anos. E vou celebrá-los como se fosse a primeira e última pessoa a fazê-los. “Apenas desejo a tranquilidade e o descanso, que são os bens que os mais poderosos reis da terra não podem conceder a quem os não pode tomar pelas suas próprias mãos” - Descartes

129 comentários:

VF disse...

Olha, devo dizer-te que apesar de tudo ninguém te daria mais do que 35!

Paulo Carrasco disse...

Olha... eu faço 36 este ano e estou muito contente. São 36 anos a estrear, 0 Klms, com vista. A ver se dou umas boas voltas até ter de os trocar pelos 37. :D

Anónimo disse...

Miga
Gostei de ler este texto.
Não serei a única a dizer que vê pedacinhos da sua vida em algumas linhas.
Porque trambolhões pelo caminho que a chamamos vida, todos nós damos!
Eu dei...
Perdi o meu rumo e magoei algumas pessoas pelo caminho!
Mas também eu me encontrei e nunca estive tão feliz como agora!!
Já agora, eu vou fazer 36!

Beijoca

Cem disse...

e quantas vezes não temos de voltar atrás para retomar a estrada certa...?

Ahhhh! e nesse dia que não nos (te) falte a patuscada!!

;)

L. K. disse...

Estás a entrar na idade da mulher Balzaquiana ;)

Os trinta anos, essa decada que se vive, acredito que o seja feito com certezas relativas de quem já tem um báu de recordações, onde se encontram as mais variadas experiências e os respectivos desfechos, bons e menos bons.

Acredito igualmente, que é a decada de colheita, muito se percorreu, muito se aprendeu e está na hora de pôr em prática no plano real e prazeiroso. Com certeza haveram outras quedas, outros espinhos mas também outros sorrisos e caminhos. A resposta/ reacção aos mesmos é de quem já formou personalidade por completo e está no meio caminho da auto-descoberta...das certezas relativas ;)

Me, deixa-me bastante satisfeita saber que o teu 2009 está a ser tudo e muito mais, mas também nunca duvidei que assim seria :)

Aproveita, desfruta, tranquiliza-te, vive o teu sorriso, vive o sorriso de quem gostas e os dias serão de certeza muito mais solarengos.

A entrada nos trinta será, sem duvidas a continuação e reafirmação da excelente etapa iniciada ;)

Cristiana disse...

Me,
Muito bom!

Trinta anos assim vividos vale a pena, já aprendeste uma boa porção de coisas que fazem falta na vida, a vida não é feita só de coisinhas boas ... as más, ou menos boas é que nos dão a noção das boas e saber isso antes dos trinta parecendo que não ... facilita! :)

Anónimo disse...

Este post és tu. Não é possível comentá-lo, porque as pessoas não se comentam.


Olá, Me...

Me disse...

Vítor,
Pena não se poder dizer o mesmo de ti… Mas não te preocupes… há cirurgias para isso…

Inconformado,
Pois… também duvido que a ti te dêem essa idade… ‘Tas bem conservadinho!! :)
Gosto desse teu conceito de troca… Gosto.
Beijos :)

S,
Pois é. Há caminhos que têm de ser percorridos. Só depois é que sabemos onde estamos. Devagar se vai ao longe… Fico contente por te saber feliz. Gosto disso nas pessoas. (36 parece ser uma boa idade!!)
Beijo para ti :)

Cem,
Claro… fazer caminhos sem “picnics” não tem piada…
Comamos senhores… se há-de ir para os porcos, comamos nós primeiro! (saudades de quem tantas vezes dizia isto…)
Cem beijos, Cem ;)

Lizard King,
Com que então nunca duvidaste, huh? O que é que tu sabias que eu não sabia? Ahhh… não vale a pena ir por aí porque, por norma, e como se viu, eu sou sempre a última a saber… ;)
Obrigada pelo teu comentário. Se há pessoa que eu goste que entenda estas coisas sem eu as ter que dizer, és tu.
Beijos para ti :)

Cristiana,
Aprendemos sempre… Mas digo-te, há certas coisas que aprendi e que preferia não as ter aprendido como aprendi…Mas pronto. Assim não as esqueço.
E sim, parecendo que não, mas uma gaja chega aos 30 e parece que deixa algo para trás… Pelo menos comigo está a ser assim… É só largar pesos mortos… :)
Obrigada, linda, pelo comentário. TANKIU!

Me disse...

Olá, CT… Voltei ;)

Que bom ter estas boas-vindas.
Beijo-te.

Anónimo disse...

Este ano faço 37... e não estou preparada. Queria estar a fazer 27 ou algo assim... e assim poderia dizer que ainda tenho tanto pela frente.
Este ano, daqui a menos de 2 meses, cumpro os 37, e não sei o que fazer com o dia todo que vou ter pela frente, porque fazer anos ao fim de semana só é bom para quem gosta de festejar. Eu não faço questão.

Pois é... vou estar a 3 anos dos 40 e o saldo da minha vidinha é triste... desculpa lá o desabafo! Eu sou mais entusiasta do aniversário das outras pessoas.

Beijinhos!

Me disse...

PKB,
Podias dizer que ainda tens tanto pela frente? E agora não tens?

Duvido que estejas a fazer bem esse saldo... deves estar a fazer mal as contas.
Linda, não sei que te diga. Estás numa idade linda (vê só quem mais com essa idade passou por aqui). Estás na idade da afirmação da Mulher. Em que o que se aprendeu e viveu dá frutos. Há é que saber colhê-los.
Eu não sou nem mais nem experiente do que ninguem. Gosto é de onde estou agora. E sei perfeitamente que há-de vir muito mais bom e muito mais mau pela frente. faz parte!

Linda... Arrebita.
Beijos

K disse...

Eu vou fazer a bela idade de 33. Posso passar o ano a dizer 33 que gosto muito. Diga 33. Também como tu agradeço tudo o que me aconteceu. Também como tu esforço-me por aprender e evoluir com o que aconteceu (e com o que me acontece). Mas é por isso que te gosto tanto!

Anónimo disse...

Não há mulher mais bela que a mulher de 40 anos...

Gata2000 disse...

Eu vou a caminho dos 35, foram 34 anos de coisas boas e más, maravilhosas e hediondas, de risos e lágrimas, tristeza e felicidade. Se teria feito de outra forma caso fosse possivel? talvez, mas tenho por lema de vida nunca me arrepender do que faço, seja mal ou bem, apenas aprender com os erros que cometo. Não estou na melhor das fases, mas já estive bem lá em baixo, começo a re-erger, lentamente a tomar as rédeas da minha vida, e a aprender a lidar com uma realidade que todos os dias sofre metamorfoses.

Anónimo disse...

The way you are;
The way you do
The way you breath
The way you play
The way you feel
The way you touch
The way you entered in to ...my mind

I love you...

The way you smile;
The way you talk
The way you kiss
The way you love
The way you look
The way you walk
The way you entered in to... my mind

I want you...

No matter what you do...and no matter where you go

I know...I love you

Anónimo disse...

"O problema é que um dos parceiros não viu o outro como um ser humano. Em vez disso, ele criou um ideal mental e o impôs ao outro. E a verdadeira identidade dessa pessoa revelou-se, e decepcionou muito. A solução seria parar de buscar um ideal e procurar apreciar o outro do jeito que ele é, pois só assim se obtinha o melhor dos relacionamentos."

Mea Culpa.

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=ZR4Cm0v3VUQ

Anónimo disse...

Aprendemos muito. Pena que fosse pelo caminho mais torto.

Descansa guerreira, mereces, sabes bem que sim... até eu... mas tu mais ainda.

No Hard Feelings.

Selfish Love...

Raw disse...

Hellooo!

bem, que grande resumo!(nao digo em termos de numero de palavras! lol)
Esta é aquela parte em que eu me sinto um puto, que em parte sou...

quando acabei de ler lembrei-me de um texto que escrevi em agosto de 2007 e que por vezes me obrigo a le-lo, so para nao me esquecer de certas cenas que ja passei e como superei isso. Acho que deves guardar este texto e le-lo daqui a uns tempos quando esta fase ja nao estiver tao fresca na tua memoria.

gostei do que li, mesmo sendo o relato de algo que não entendi a 100% por nao te conhecer, é interessante saber um pouco por trás de "outra merda qualquer"!

...e agora fala novamente o puto: orgulha-te do que és e do que fizeste, cada um tem a sua vida e tu conseguiste ultrapassar os problemas até aqui, mais conseguirás de certeza! Não é nada facil Recomeçar...

:)
continua a escrever!
continua a viver!

Me disse...

K,
Minha cereja com sabor a chocolate... (hihihihihi!!), mais nada a dizer a não ser que te gosto em igual proporção e em igual dimensão à tonta linda que és
:)

Anónimo,
Hmmm… as de 40 anos, huh? Bolas… ainda me faltam 10 anos para lá chegar… Pelo menos sei que quanto mais perto, mais apetecível me torno. Já agora, isso é assim para os gajos mais novos ou para os mais velhos?? É que isso vai influenciar a coisa, entendes? Entendes.

Gata 2000,
E pode-se pedir mais a alguém? A não ser que reerga e continue em frente? Se as rédeas estão lá, devem ser para nós, não é? Mais ninguém vai pegar nelas (lembro-me de há uns tempos ter ido andar de cavalo com um amigo meu que dá aulas de montar… montei-me… e após uns segundos para me inteirar do estava a fazer, vai ele e diz-me: pega nas rédeas com força, ele só vai para onde quiseres… relaxa. E não é que é verdade?)
Um granda beijo para ti. Se precisares de uma mão (e o braço que vem apegado), tenho duas…

Me disse...

Anónimo,
À medida que ia lendo o que aqui deixaste, vieram-me duas coisas à cabeça.
Primeiro, esta frase de uma letra da canção “Soulmates” da Natasha Bedingfield por causa do texto que deixaste:
“Who doesn't long for someone to hold
Who knows how to love you without being told”

Acho esta frase um espectáculo. Não é isto que todos procurámos? Alguém que nos ame sem ser preciso dizer como, quando, onde, etc.? É mais difícil do que parece. Deixar que nos amem assim não é fácil; amar assim é mais difícil ainda. Deixar alguém entrar em nós ao ponto de nos conseguir decifrar cada vontade, cada desejo… Conseguirmos fazer isto, olhar e ver, ver e entender… sermos capaz de nos entrosar tanto com alguém ao ponto de já lá estarmos quando nos dizem para onde gostavam de ir… A capacidade de entrega, a capacidade de receber. Sem merdas. Sem fantasmas, sem “traumas”. É olharmos alguém, aceitarmos e seguirmos em frente sabendo que havendo coisas de que não gostamos (há sempre, bolas… somos humanos), essas ou são contextuais ou então, negociáveis (sem necessidade de requerimento ou exigência). Dar e receber. É tão simples, foda-se. Tão simples. Entender isto, viver assim, é tão ridiculamente simples que até dói. É preciso encontrar com quem se possa viver isto, ok. É preciso estarmos dispostos a, ok também. Mas porra… tenho para mim que não é assim tão raro como tudo isto. Se duas pessoas se gostam, se adoram, se amam, basta. O resto vem por acréscimo.
Não quero, de forma alguma, romantizar esta coisa toda. Sou bastante terra-a-terra em relação a estas coisas. Talvez seja isso que ajude (porra, uma gaja que manda um gajo para o caralho assim daquela forma só pode ser terra-a-terra… isso e ter um excelente – modéstia à parte – sentido de humor…)
Um dos maiores “elogios” que já me deram e que, de alguma forma, resume a maior parte do que aqui disse, foi “Se tu fosses uma gaja traumatizada, nunca estarias comigo”. Não sei se dá para entender o significado disto, mas, para mim, foi uma prova em como eu dou e recebo. Em como aprendo, em como aprendi e fiz uso da lição. Em como isto que digo não são balelas… é mesmo assim que penso e que ajo. Nisso podem vocês sempre contar. Não vos minto… não há necessidade… trabalhos me dessem!

(continua)

Me disse...

Anónimo,
A segunda coisa que me veio à cabeça, e esta por causa da música e letra que deixaste, é a letra e música de uma canção dos LIVE (eu peço desculpa pela insistência, mas acho que já todos perceberam que eu gosto mesmo destes gajos…).
Segue link de concerto ao vivo num sítio deslumbrante… só o cenário vale a pena (faz lembrar… assim ao longe… assim por alto… um certo sítio que tive o prazer de conhecer em Madrid…)

http://www.youtube.com/watch?v=g9wyvyvVDfA

Segue a letra… É uma espécie de descanso da Guerreira… Acho que todos merecemos este “descanso”. A minha necessidade não é maior que a tua, nem a tua maior que a minha, ninguém merece isto ou aquilo mais ou menos que o próximo. Não acredito naquela coisa da compensação por… se assim fosse, depois de se sofrer um cadito, havia prémio. E todos sabemos que não é assim que funciona… Acredito é que haja equilíbrios possíveis de atingir. Isso sim. Mas temos de passar por elas primeiro. Se estamos a fazer algo que não está a resultar, então algo se passa… há que mudar de “estratégia”… não é pela insistência que lá vamos. Daí aquela expressão que em equipa vencedora, não se mexe… E assim, em equipa que não vence, mexe-se. Simples.

“Dance with You” – LIVE

sittin' on the beach
the island king of love
deep in fijian seas
deep in some blissful dream
where the goddess finally sleeps
in the lap of her lover
subdued in all her rage
and I am aglow with the taste
of the demons driven out
and happily replaced
with the presence of real love
the only one who saves
I wanna dance with you
I see a world where people live and die with grace
the karmic ocean dried up and leave no trace
I wanna dance with you
I see a sky full of the stars that change our minds
and lead us back to a world we would not face
the stillness in your eyes
convinces me that I
I don't know a thing
and I been around the world and I've
tasted all the wines
a half a billion times
came sickened to your shores
you show me what this life is for
I wanna dance with you
I see a world where people live and die with grace
the karmic ocean dried up and leave no trace
I wanna dance with you
I see a sky full of the stars that change our minds
and lead us back to a world we would not face
in this altered state
full of so much pain and rage
you know we got to find a way to let it go
sittin' on the beach
the island king of love
deep in fijian seas
deep in the heart of it all
where the goddess finally sleeps
after eons of war and lifetimes
she smilin' and free, nothin' left
but a cracking voice and a song, oh lord
I wanna dance with you
i see a world where people live and die with grace
the karmic ocean dried up and leave no trace
I wanna dance with you
i see a sky full of the stars that change our minds
and lead us back to a world we would not face
we would not face
we would not face
we would not face
we would not face
we would not face

(continua)

Me disse...

Anónimo,
A parte que mais gosto:
“I wanna dance with you
i see a sky full of the stars that change our minds
and lead us back to a world we would not face”
Voltar aos sítios que dantes nos recusávamos a encarar… mostra crescimento… mostra amadurecimento, mostra força.
Essa coisa do No Hard Feelings… Só depois de lá se voltar e se encarar o que se fez e o que nos fizeram, só depois de conseguirmos retirar todo o lixo associado e vermos as coisas pelo que são é possível não guardar rancor. Seja em relação a nós, seja em relação aos outros.
Exercício fodidamente difícil. Demora tempo. É preciso querer. É preciso desistir de certas coisas, desistir e largar certas coisas para podermos, de mente limpa, seguir em frente. Às vezes é muito mais fácil agarrarmo-nos a uma dor do que a um amor… Dá menos trabalho. Tudo serve para a alimentar. Ao amor? Não… esse precisa ser trabalhado… amado…
Realmente, se eu fosse uma gaja traumatizada, não teria nunca feito metade das coisas que fiz e faço na vida.
Obrigada pela visita e pelos comentários. E agradeço também teres-me “inspirado” a dizer estas coisas. Obrigada.
PS: Não há amor sem egoísmo. É o que nos faz ser melhor, é o que nos faz dar… é o que nos faz receber. Há que ser egoísta mesmo. Há que dizer: “Amo-te, foda-se … e porque sou egoísta, não te largo, aceito-te, quero-te pelo que és, pelo que foste, pelo que serás, pelo que me fazes ser, pelo que sou tendo-te na minha vida. Sim, sou egoísta e amo-te porque só assim me consigo sentir plena. Nem precisas fazer nada, existe apenas.”
Mais ou menos isto.

(CT… e assim chegamos àquela tua definição do amar ser ficar sem palavras e de para se ser amado, bastar existir… bonito isto.)

Anónimo disse...

Por vezes temos de passar pelos tempos maus, para chegar aos bons.

Parabéns pela tua postura de vida!

Me disse...

Irremediavelmente Inconformado,
Porra, pá. Lá havia necessidade de escreveres o que escreveste?? Deixaste-me assim como que meio “sensibilizada”… digamos :)
Finalmente a explicação do teu nick… Agora percebo. Entendo. Não é “frase feita”, é feitio mesmo.
E não, nunca te achei nem acho um puto… sabes que a idade nada tem a ver. O que fizeste, como disseste no teu post, requereu um força e uma vontade que a idade em nada ajuda (nunca se tem idade para pegar e sair da nossa zona de conforto assim…). É algo que nasce connosco. Quem não arrisca, não petisca…
Obrigada pelo teu comentário… Em especial a parte do saberes agora mais um cadito do que está por trás do Outra Merda Qualquer… Podes não saber os pormenores, mas diz lá se o resultado não é bom? Eu orgulho-me dele, e do teu também.
Um beijo daqueles com sabor ao sítio em que te descobriste.
:)

Me disse...

Miss G,
Oh Mulher, obrigada.
Mas acredita que não é coisa para se dar os parabéns... quer dizer, depende do ponto de vista... Oh esquece. Eu entendi-te.
:)

Obrigada pela visita. beijos!

Anónimo disse...

Eu existo.

Anónimo disse...

... e tu também.

Me disse...

Anónimo,
Então há esperança para ti!

(oh gente, vamos lá parar com esta cena dos Anónimos, sim? às tantas já ninguem se entende com qual anónimo ou anónima se está a falar oh caraças... mau, mau)

Me disse...

Anónimo,
Pois existo.
Também para mim há esperança...

(mau, mau, mau)

VF disse...

Ora então por onde posso começar?

Bem se calhar por escangalhar aqui um pouquinho deste textozinho tão bonito e que a metade da sua leitura eu estava a escolher uma quina de mesa para bater com a cabeça até os neurónios pedirem asilo político no Benin.

Mas os comentários acabam por fazer esse trabalho por mim. Curioso que à medida que publicas posts serenos as pessoas que aqui vêm visam dar-te animo, dar-te umas palmadinhas nas costas e dizer "eh pá estamos contigo nessa nova etapa", ou então "Força, avança e depois diz como é que foi para sabermos se merece a pena!"

Eu, não!
Ao invés disso eu apenas te digo que nunca te faltem as forças, e conserva bem perto de ti uma garrafinha de aquarius!

Me disse...

Oooooohhh... Vitáro...
Então butes lá então...

Não vejo palmadinhas nas costas... não vejo nada dessas coisas. Vejo desabafos de pessoas (nem todas claro) que se olham, comparam e chegam às suas próprias conclusões sobre si mesmas...
Às vezes, vejo inveja... vejo uns "foda-se para esta gaja" escondidos pelo meio de palavras benignas... Mas, como deves calcular, 'tou-me a cagar.
O blog continua a ser meu, continuo a meter cá o que quero! Quem não gostar ou que se sinta mal, que vá a outro (como o teu...) para ver o que é sofrer... :)

Vitáro, eu e tu (e mais alguns...) fazemos parte daquele grupo de gente que sabe que é preciso haver a tal garrafinha de Aquarius... Há quem não saiba... Entendes a diferença, sim?

A ti, minha quina de mesa exilada, não preciso explicar certas coisas... seria ser mais papista que o padre...

Digo-te Tankiu.
:)

(vá, e não estragues este momento tãaaaaaao bonitinho, tá? vá lá...)

Anónimo disse...

Tirando o 1.º comentário "Anónimo" da mulher dos 40... todos os outros são de outro Anónimo.

A esperança é sempre a última a morrer... enquanto há vida, há esperança...

Esperança em fazermos sempre tudo de melhor, esperança em aprender, esperança em chegar mais além, esperança de sermos felizes, esperança de ver que nos quer bem e que nós queremos mais ainda, melhor.

Só isso é mais que gratificante, vale mais que todas as fortunas, vale mais que Amor "palpavél".

É um outro Amor que nem todos conhecemos e bem poucos virão a conhecer... o que é pena.

A vida é assim, e os anos passam por nós, sejam os 30, os 40, os 50, os 200... sejam os que forem.

Não interessa a idade, interessa a aprendizagem, e essa, mesmo sendo velhinhos, essa nunca se afasta de nós.

Os aniversários não contam, conta que por cada ano que passa, a nossa personalidade, sái reforçada, o nosso crescimento continua e a nossa vida... é uma simples passagem.

Guerras, discussões e erros... facilmente acontecem... é mais fácil errar que acertar, é mais fácil discutir que Amar, é mais fácil sermos duros que humildes... e para quê??? Para deitarmos tudo a perder? Para perdermos TUdo?

A vida não é eterna... mas nós mesmo assim, sabendo disso pensamos que somos eternos.

No fim de tudo, esta nossa passagem a quem todos chamam vida... é tudo menos isso, é um inferno e a culpa não é de mais ninguém senão de quem faz mal a quem não merece.

Porra! Alonguei-me...

Anónimo último mas sem ser o das quarentonas... :|

VF disse...

Ok.
Hoje não te estrago mais isto!


Mas amanhã...

Anónimo disse...

Minha querida amiga, fica desde ja sabendo (e tu sabes o bem) que tenho muito orgulho de ti e de ter estado presente nesse dia que marcou o inicio de uma nova etapa na tua vida! E desde ai nunca mais te largamos, não te deixamos fugir e é sempre as vezes bom dar segundas oportunidades! ;)

Beijos Grandes
Ass. E.M.

Me disse...

Anónimo último mas sem ser o das quarentonas,
Ninguém é eterno… exactamente. Esta noção permite ver as coisas da tal forma ridiculamente simples que falei antes. Se somos finitos, porque carga de água vamos desperdiçar o nosso tempo em merdas sem jeito nenhum? Porque é que não fazemos tudo para andarmos bem? É preciso engolir sapos? Eh, pá. Que seja. Passar anos numa última fila quando se pode estar num camarote… optarmos pelo seguro, pelo fácil porque dá menos trabalho… ficarmos quietos sem nos mexermos porque alguém há-de aparecer para resolver as merdas… Isso é que torna esta tal passagem num inferno!
Never settle for second best. Never! Seja em relação ao que for. O segundo lugar é o primeiro dos últimos… O conformismo… o hábito… o facilitismo… isso apenas leva a que haja hordas de gente a chegar a velho e a arrepender-se amargamente pelo que não viveu, pelo que deixou de viver pura e simplesmente porque se tinha um medo ou um receio qualquer. Há que ser firme, há que viver na convicção que estamos a fazer o que é melhor para nós, nunca apenas o que é suficiente para nós.

Vivemos cheios de medos… cheios de remorsos… cheios de se’s na cabeça. Vivemos pensando no que se merece, no que se devia ter sem nunca se olhar para o que se tem. Eu sinceramente, nem gosto desta palavra “merecer”. Só se percebe que alguém não “mereceu” algum mal que fazemos depois do acto, porque durante, nem se pensa nisso. Durante, não há “merecer” que valha. Desliga-se uma qualquer válvula e segue-se para bingo. É tal como o “merece”. Só atribuímos esse merecer a alguém depois de fazermos algo. Se a pessoa reagir bem e validar o que fizemos, mereceu. Se não o fizer, não mereceu. Ehhh. Balelas. Não gosto desta palavra aqui pelo meio deste assunto.
Fazemos o que fazemos porque queremos. Porque assim decidimos. Se ignoramos as consequências, ignoramos. Se considerarmos as consequências, consideramos.
Temos de ser donos das nossas decisões e das respectivas consequências sem metermos a questão do merece e não merece pelo meio. Se formos a olhar, eu, pela boa rapariga que sou, mereço ganhar o primeiro prémio do euromilhões todas as semanas… mas, se calhar, se comparar com outros, não mereço sequer a oportunidade de jogar. Ehhh.
Temos de aceitar o que fazemos. Temos de aceitar o que nos fazem. Mesmo que faça doer, mesmo que mate. Não há mais nada a fazer a não ser aceitar e passar à frente. Enterram-se essas coisas. Talvez, quem sabe, um dia mais tarde, se consiga olhar para trás sem surgir um nó no peito, um aperto na garganta?
Somos finitos. Morremos. Deixamos de existir. Duas gerações depois de nós, já ninguém se vai lembrar que existimos sequer neste mundo.
Do que é que vale andarmos a fazer merdas que sabemos serem mal feitas para nós? Se sabermos que não vamos conseguir viver com elas? De que vale estar com alguém de quem não gostamos pura e simplesmente porque o medo de estarmos sozinhos é tão grande? De que vale sermos mesquinhos e pequenos de alma quando sermos grandes e belos dá igual trabalho?

Oh foda-se. Agora pareço o dalai lama…
Ehhh.

Como queremos ser lembrados pelos outros? Como nos queremos lembrar de nós?
Cada um que responda por si.
Amí-amá-amú.
Foda-se.

Me disse...

Vitáro,
Gosto tanto de ti!
E amanhã tb vou gostar!!

:)

Peace & Love!!! LEGALIZE!!!!
:)

(atreve-te... olha que tenho teclado novo...)

Anónimo disse...

"Somos finitos. Morremos. Deixamos de existir."

Para quê estarmos sózinhos?

Durante muito tempo iremos estar com 7 palmos de terra em cima.

Em vez de "medo de estarmos sózinhos" deve-se dizer "Aproveitar o que a vida nos dá, agradecer o que nos deu e lembrar o que nos tirou."

Me disse...

E.M.,
Olá!!
Sabes uma coisa? Segredo… não contes a ninguem…
Quando me lembro daquela data, vem-me sempre à memória uma mesa cheia de gente... aquele grupo de gente que esteve e está presente e que não deixa ninguém cair.
Lembro-me de ter feito o caminho até lá à pressa, sem dinheiro no tlm para avisar que estava atrasada... como se isso fosse novidade… e de receber msg atrás de msg a perguntar onde andava. Lembro-me de ter ido carregar o tlm, à chuva, para que tal não se repetisse. Lembro-me de passar à janela do restaurante e de ter parado, capuz na cabeça, cabelo emaranhado, acelerada até à última casa, e ter visto uma data de braços no ar a assinalarem presença. Lembro-me de se desatarem a rir quando entrei e, ainda meio perdida, decidi sentar-me no único sítio sem prato (caredo…). Lembro-me de me terem dado um copo de João Pires Branco e de ter feito cara feia quando o provei. Lembro-me de ver o cascalho do marisco que não cheguei a tempo de comer e de ter pensado, foda-se… isto assim não pode ser. Não posso deixar esta gente à minha espera… perco demasiado.
Lembro-me de ter acalmado um cadito e de ter olhado à minha volta, de ter olhado para cada pessoa e de ter dirigido um pensamento individual a cada uma. Vocês não ouviram, mas eu falei-vos. Sorri. Viram e perguntaram-me porque raio sorria. Respondi com outro sorriso. Simples.
E agora vou-me calar se não… oh, pá.

:) GOSTO-TE, PORRA!!!!
(e de João Pires Branco também, descobri eu mais tarde...)

Me disse...

Anónimo,
Porque às vezes, mas só mesmo às vezes, não é a companhia que nos impede de nos sentirmos sós... E quando assim é, não vale a pena sofrer esse desgosto (ou fazer a outra pessoa passar pelo desgosto de saber perfeitamente o que se está a passar).
Mas isso sou eu.
Cada um sabe de si.

Prefiro-me só do que ter alguém só porque o destino final são os tais sete palmos. Mas cada um justifica e explica as opções que toma da melhor forma que puder. Desde que se sinta bem com a decisão, oh my friend, siga que se faz tarde!
Live well.

Anónimo disse...

Adorei amiga, é a mais pura das realidades e depois dessa grande noite veio cada vez mais momentos bons, cheios de alegria e a criarem cada vez mais raizes entre as nossas amizades!
Somos pessoas de apoio não deixamos cair ninguem, ate mesmo quando vão a cair já com os copos a sempre alguem que deita a mão para não acontecer a queda, ou mesmo quando tra prestes a fazer das suas!;))

Ass.: E.M.

Me disse...

E.M.,
E o que ‘tá para vir??? UI!!!
:)

Haja saúde e gasóleo!!!!
;)

Anónimo disse...

A pois é!!!! Só agente é que sabe, o que vem daqui para a frente e claro que vai haver tudo e com fartura!;)

Ass. E.M.

Anónimo disse...

"Live" muito "well" mesmo eu.

Raw disse...

Me, sabes qual é o sitio?

London... how I miss my lovely london!

beijinhos para ti tbm, sra forte! :p

Me disse...

Anónimo,
Especialmente tu.
Vive e vive bem. Esquece os sete palmos por agora. Vais ver que de repente ficas com muito mais tempo nas mãos.
E nunca, mas nunca, desperdices algo de magnífico por algo de razoavel. mereces (agahagrgahgar!!!!) mais. Tens é que acreditar nisso. Que mereces (agrhrgagrghahgra esta palavra!!!)mais do que aquilo que tens. Não te conformes com o suficiente. Espera que chegará a ti o melhor.
O passado que fique lá atrás no lugar dele.

Vive bem e muito.

Me disse...

Irremediávelmente Inconformado,
Pois.. London tem esse efeito no pessoal. Já visitei a cidade algumas vezes e digo-te, até o ar é diferente...
I understand completely
:)

Welcome Home, mesmo assim.
Beijos!

Anónimo disse...

agahagrgahgar?????

Anónimo disse...

É o que tenho feito e o melhor... está mesmo a chegar!

Me disse...

Anónimo,
O "agaahgrgagahag" era por causa do uso da palavra que eu detesto... mas há falta de melhor palavra, olha! usa-se o que se pode!

O melhor está mesmo a chegar? Que seja rápido então e que seja tudo quanto esperavas. Que não haja aí nenhum "mas" pelo meio.
:)

Anónimo disse...

Os "MAS" já eram... mas adiante que a conversa já se alongou mais do que eu queria...

Espero que tenhas gostado da música que te enviei, achei que servia o propósito dos teus 30 anos, ou seja, imaginei-a como se fosse cantada, pelo mundo que está todo á tua frente, que te "agahagrgahgar", te ama, adora e quer.

Tem força esta música e leva-nos para pensamentos mais além. Mostra que de vez enquando aparecem estes sonzinhos que nos fazem viver e acreditar que vale a pena estar vivo.

30 anos! Também já os tive, nunca me preocuram...

Não vou esquecer esta década, este periodo da minha/nossa vida.

Quer queiras, quer não queiras, a tua felicidade é topo de gama para mim, longe de todos os assuntos que possas imaginar, fico feliz por estar contente (que saudades de quem diz isto) por saber que estás bem :) eu tb estou :)

Me Forever.

Anónimo disse...

preocuram... = preocuparam...

é da idade :)

Me disse...

Anónimo,
Gostei pois. Conheço bem aquele "estilo" de música e da força que pode ter. Obrigada por teres enviado. E olha que vale sempre a pena andar por cá... mesmo sem "soundtrack"... até mesmo dois pauzinhos fazem som!

E sim, temo-nos alongado bastante... menos mau. podia ser pior. podia não haver nada para dizer... ou vontade de dizer sequer.

Vermos os outros bem faz com que fiquemos bem.
Se estás bem e a caminho de ficares melhor, também eu fico feliz por estar contente. Gosto de ver bem quem decide ficar bem. E acredita, é uma decisão.

E não te preocures ;) isso da idade bate a todos.

Stay well. BE you forever.

Anónimo disse...

Over and Out.

Me disse...

Roger.

Anónimo disse...

:D

Cem disse...

eh pá e de repente fazes-me esta "desfeita" de ter de deixar de te chamar miuda

nem pensar!!

e quando fizeres 40 que continues tu mesma, miuda!!

Me disse...

Cem,
Desfeita fazias-me tu a mim se deixasses de me chamar isso...
:)

Beijos!

Insomnia disse...

E ainda tão novinha !!!

Toze disse...

30 !!!

É triste quando se passa essa barreira, mas não tenhas medo !

Me disse...

Insomnia,
Tão novinha?
:)
Sempre fui muito precoce... Sou uma versão condensada...

Não sou tão novinha assim... quando se tem 20, 30 é novinho? e quando se tem 60? é, pois.
Tudo uma questão de perspectiva.
I am what I am what I am.
:)

Obrigada pela visita e comentário.


Finúrias,
Triste? Barreira? Oh, pá. Brigadinha, porra.

:P

Toze disse...

Isto depois dos 40 não presta para nada!

(deve ser efeito do desemprego, talvez )

:)

Me disse...

Boa, Finúrias.
Tu sabes animar o pessoal.
Chiça Punico!!!

Qual a melhor idade para o suicídio então????

:P :P :P :P :P

Cem disse...

oh Finúrias tu não me assustes

olha que eu estou quase aí!!

(e agora vais-me dizer que não presto p'ra nada?! heim?!)

Ai esses efeitos, c'um caneco!!

Dá-lhe nas orelhas ME
isto de andar p'raqui a assustar o pessoal em vez de trazer o tintol... ai ai ai!!

Brindemos!!

Me disse...

Cem,
Brindemos mas o Finúrias bebe água!

Estraga prazeres do caraças.

Eeu que achava que chegava aos 40 e tinha mais saída com os de 25... ehhh... agora fico a saber que vou para o desemprego ou coisa que o valha... eventualmente limpar escadas. Boa, mikezinho Finúrias. BOA.

Toze disse...

Ok, peço desculpa!

Para que não se deixem levar nas minhas tretas aqui deixo um Espumante Rosé fino e delicado, com bom equilíbrio entre o açúcar e a acidez, frutado qb.

Para vos adoçar o palato e quem sabe os...sentidos!

Me disse...

Com a minha idade, não posso beber dessas coisas. faz-me mal ao reumatismo.

Cem disse...

Oh foda-se o reumatismo
e a idade!!

Tchim Tchim!!

Toze disse...

Ok, Me

E se for uns pasteis de milho com caril e cominhos ?

Me disse...

Úlcera gástrica. nopes.

Toze disse...

pãozinho sem sal ?

Me disse...

pega-se à dentadura.

Anónimo disse...

Me

Não me digas que tu é mais papas de sarrabulho!?

eheheheh

Já se bebe por aqui?? Estou com uma secura!!

Anónimo disse...

Finurias

Umas notitas de 500 Euros vinham bem a calhar!!
ehehe

;)

Cem disse...

heim?

falaram em buída?!

até já vejo notas de 500€!!

(rais parta este sol, faz cá uns reflexos!)

Me disse...

S,
Papas de serrabulho?? isso leva carne de vaca. Nahhh. non mi gusta.

Eu já não 'tou é a ver nada. Raio dos olhos pá. 'Tou cada vez mais vesga.
ATCHIM.

Anónimo disse...

Me e Cem

Esta dos 500 Euros está no meu tasco!!
Para perceberem tem de lá ir!!




Mas como é já abriram o Rosé ou falta o saca rolhas???

Cem disse...

mas qual saca rolhas

agita
agita!!

(estou já a ir!)

Anónimo disse...

Cem

Agitar é que nem pensar, depois sai por fora, já viste o desperdício!

Cem disse...

Desperdicio?

Depois lambe-se!

Me disse...

Eu gosto de palhinhas. Babo-me menos.

Anónimo disse...

Cem

Eu gosto de lamber, mas garrafas nem por isso!!

Me disse...

gelados. gelados são bons para lamber. eu gosto.

Cem disse...

S.
Lá por isso agita-se com força que molha tudo à sua volta!

ME
Babas-te menos ou xupas melhor?!

;)

Oh valha-se-me os santíssimos todos!

Anónimo disse...

E chupa chups...

Me disse...

Cem,
Também, também.
Sempre se vai matando saudades, né? com esta idade... já ninguem me quer a chupar nada...

Anónimo disse...

Cem

Tudo à volta!!??
Eu até posso não ser esquisita, mas a minha lingua é!!

Cem disse...

bem que disseram que vai arrefecer!

Anónimo disse...

Me

Não digas asneiras!!

Espera até te cairem os dentes e tu vais ver!!

Cem disse...

S.
é claro que há que seleccionar o que se lambe, né?!

;)

ME
Olha que ainda ficas surpreendida!!
ai ficas ficas!

Me disse...

Ahhh no meu tempo... no meu tempo!
chupidelas de fazer encarquilhar as unhas dos pés... agora já não posso comer Magnums... ehhh. Médico diz que têm demasiado açucar. Olhe os diabetes, diz ele.
Olhe a sua calvicie e impotência, penso eu. Mas pronto.

Me disse...

E também já me cairam a maior parte das unhas dos pés... é mais fácil calçar-me de manhã quando tenho os pés mais inchados.

Cem disse...

mas essas de encarquilhar as unhas dos pés não fazem mal à saúde

são sem açúcar!!

Chupemos!!

Cem disse...

Ouve lá oh ME
eu já não te disse p'ra deixares de fumar dessas merdas?!

'Tás aqui 'tás a levar uma ducharada de água fria!

Me disse...

Chupemos uma ova!
Ahhh! ovas! como eu gosto de uma saladinha de ovas bem temperada com azeite e vinagre!
Agora? Agora só mesmo o azeite para esfregar as cruzes.

Anónimo disse...

Me
E tu ainda vais ao médico, eu até tenho medo de lá ir, que o gajo ainda me interna!!

Me disse...

Fumar dessas merdas??? AHHH! que saudades! No meu tempo, quando era menina e moça, era com cada cachimbada! agora não. depois não posso conduzir o andarilho...

E duches também não. Não me aguento de pé... quer dizer, até que me aguento, mas como já estou tão curvada, ou lavo a cabeça ou o cu. os dois ao mesmo tempo já não dá.

Anónimo disse...

AHAHAHAHAHAHHA


Beijos miúdas
Fui...

Me disse...

S,
Beijinhos!!

:)

Cem disse...

ahahahah

andas a treinar o pessoal para as gargalhadas

sua malandreca!!

ahahaha

Me disse...

;)

:)

Cem disse...

a tremer dessa maneira nem precisas de agitar

a garrafa, claro!!

Me disse...

Ai os tremores... esses são mais que bem vindos... não fosse a minha falta de visão e de sensibilidade nas extremidades e até que poderia aproveitar melhor a coisa...
agora só mesmo para fazer ovos mexidos. para quem não se importar com as cascas...

Cem disse...

vá MEzinha eu já te vou fazer o cházinho para acalmares

ahahahah

:)

Me disse...

Não te esqueças da palhinha... e umas bolachas maria, sff... coçam-me as gengivas...

Me disse...

e uma mantinha para os joelhos... e muda o canal para a RTP que vai começar o programa daquele rapazinho gordinho que eu gosto tanto de ver... tem uma piada! O que eu não me rio com ele e as babuseiras dele! Vejam lá que ele acha que um um quilo de arroz custa mais que dois tostões!! Ai aquela cabecinha de alho chocho!!

Cem disse...

tu gostas mesmo do rapazinho gordinho porque ele ocupa mais pixels no ecrã, não?!

:)

vou buscar-te os óculos!

Anónimo disse...

Tchééé´... este blog é um espanto! Vale pelos textos e depois pelos comentários! =)

Só vim mesmo fazer uma visita e dar-te uma beijoca!

Me disse...

Ai 'miga... se eu tivesse os meus óculos até que te dava uma bejufa!!!
Chega lá mais perto pra eu te ver melhor... Quédê os meus óculos?!?!?!

Cem disse...

Olha minha coisinha fofa e tremelicadeira

Tenho de ir andando

Deixo-te tapadinha, com o cházinho, a respectiva palhinha, bolachinha Maria

(ai tanto "inha" que me vou baralhar)

Até amanhã Mezinha!

Beijokinha!

Cem disse...

oh linda mas já os tens na mão!

Fuuuui!

Me disse...

Ahhh magana! pensava que eram as bolachas! bem me pareceram mais rijas que o costume!

Vai, vai que eu fico aqui sozinha! entregue ao meu próprio destino!
Já ninguém quer saber de mim!
Ai de que é velhinho!

Quem é que me tira os óculos da chávena que eu não vejo nada!?!?!!?!

Toze disse...

(o que eu fui dizer !!!)

Cem disse...

Anda lá minha linda

já são horas de ir dormir para a caminha

Vá que amanhã é outro dia!

Ok, Ok, eu vou buscar os remédios!

Me disse...

Finúrias,
Pois.
:P

Cem,
Ehhh... já não há remédia que me valha... o médico diz que devia ser operada... mas meter uma anca nova é caro... a operação às cataratas demora montes de tempo e a que teria de fazer por causa da sinusite é esquisita.
Se vais trazer remédios, que seja Valium... esses eu gosto muito!

Cem disse...

Olá minha linda!!

Renovada?!!

Me disse...

cofff! cofff!!!

renovada!?!?

só se foi pelo ataque de caganeira que tive há bocado por ter comido os óculos.

ehhh.

morcego persistente disse...

Eu ando por aqui não penses que te abandonei=)
30 anos penso que seja uma idade linda de se fazer...pode ser que lá chegue=)

Esta não está a ser uma semanita fácil espero para a próxima vir com garra...beijinhos

Cem disse...

arrre foda-se ME

lá vou eu ter de te arranjar mais um par de óculos

Eu já não te disse que aquelas lentes positivas, embora de espessura reduzida, com 10 dioptrias não servem para coçar as gengivas?

Bem, enquanto vou e venho, toma lá os Valium e deixo-te também estes coloridos podes tomar os que quiseres!

(os gajos da óptica bem devem de se perguntar que faço eu a tanto par de óculos!)

Me disse...

Ahhh foda-se! Saí de casa ontém bem cedo pra ir comprar pão e perdi-me. Só agora encontrei o caminho de volta a casa...
Merda para isto.
Alguém sabe quanto custa um bilhete de autocarro de Torres Novas até aqui? Não. Pois. Eu agora sei.
Ehh.

Fernando K. Montenegro disse...

Olá Me

Antes de mais, parabéns pelo texto. Puras reflexões, escritas de forma, e isto é um elogio, quase, sim mas quase, naif...Mas com tanto de quintessência.
A verdade é que os vintes, são sempre vividos "à pressa"; a ânsia, a falta de paciência, a quase nula tolerância, são evidentes, mas também...preponderantes. Alguém me disse um dia, que é nos trintas que começamos realmente, a saborear as melhores coisas da vida no seu pleno e todo. É bem possível que assim seja. Mas só o fazemos, porque vivemos aqueles vintes da forma como o fizemos. No limiar da não ponderação em quase tudo, onde um "Live fast die young" nos impulsiona para a maior das correrias em busca de algo, que nem sabemos muito bem o que é, porque nem é preciso que seja algo, absorvemos tudo em bruto. Mais tarde vem o processo de "lapidação". Costumo dizer que, sem todas as histórias trágicas, sem todos os sofrimentos que vivi, sem todos os "erros" que cometi (erros não existem), não me conseguia conceber neste preciso momento. Tudo o que de menos bom que me aconteceu, fez de mim aquilo que sou hoje. Fez de mim, aquela pessoa que sabe agora, ver e analisar as questões essenciais da vida, de outra forma - mais rica. Tudo faz parte de mim, e também é pilar de mim. Sem elas, a minha estrutura faltar-me-ia. Não digo que sei estar como me é conveniente, de forma a não cometer "falhas". A vida sem "falhas" é uma estagnação à evolução.
Não foi egoísmo da tua parte. Foi apenas centrares-te em ti. Quando o fazemos, a tendência dos outros, é logo dizer que somos egoístas. É normal. Mas quanto mais te centras em ti, mais probabilidades tens em ajudar verdadeiramente os outros, porque te conheces muito melhor, e sabes exactamente como agir perante determinadas situações. Fizeste o que precisavas de fazer por ti, e hoje, colhes os resultados das tuas escolhas. Estás feliz com o teu canto, e como dizes, sentes-te a estrear tudo. Também temos a tendência de atirar para cima dos outros, tudo o que nos é devido. Em diversos sentidos - até. As culpas de algo que correu menos bem, a "responsabilidade" da nossa felicidade, etc., quase tudo "está" nos outros, quando na verdade tudo isso, reside e está ao alcance de nós.
Essa "coisa" do altruísmo, não é linear e é bastante discutível...

"Há caminhos que têm de ser feitos"

Bem verdade. A vida coloca-nos sempre onde temos de estar. Descobrir o seu propósito, é caminhar e "girar" no seu sentido. Sem resistência, e quando assim é, é natural que nos sintamos de alguma forma, não só a crescer, como também a suprimir o que no passado aparentemente nos consumia até ao fim dos dias. Esse "obrigada" ao Universo, esse agradecimento é cada vez mais importante; reclamamos e blasfemamos imenso, em inversão - agradecemos muito pouco. E é engraçado porque na maior parte das vezes em que amaldiçoamos algo, na realidade devíamos amaldiçoar a nós próprios, porque somos criadores de tudo, mas mesmo tudo, o que nos rodeia.
Parabéns, uma vez mais, por este texto que nos dá tanto para pensar.

Agradeço a tua partilha.

Me disse...

Olá Lorenzo,
Depois de ter lido o teu comentário, tive que voltar a ler o post… ter a certeza de que estávamos a falar da mesma coisa (estávamos).
As dores de crescimento… doem mais são necessárias. É o que nos permite ver que houve um “antes” e que agora há um “depois”. Sem elas, nada ficaria impresso na memória, por assim dizer. Não haveria aprendizagem (e esta é sempre um processo de ruptura… sempre).
Ao contrário de ti, eu acho que os erros existem. Eu já tomei uma data de decisões erradas (ir por aquele caminho do “decidi com base no que sabia na altura só sabendo à posteriori se foi boa ou não” é terreno escorregadio) e sei que foram erradas porque quando as tomei já sabia que o eram. Isto faz sentido?
Também já cometi erros em si. Em vez de por A, fui por B. Errei. Falhei. Fracassei. Não fiz o que era necessário para obter o resultado que queria. Classifico isso como sendo um erro.
Tenho alguma facilidade em aceitar as “pagas do universo” pelo que faço, ainda que me seja mais fácil aceitar os “castigos” do que as “recompensas”. Tenho uma mente muito lógica. Exemplo parvo: se só é permitido andar na auto-estrada até ao limite de 120 kms/hora e eu for apanhada a 150, pago a multa, não pergunto nada, não refilo e não penso mais no assunto. Acção-reacção em total consciência. Não deixa de ser erro… certo? Fiz mal ao não cumprir e fui castigada pelas regras que ditam que se deve cumprir sob pena de…
Nunca fui de culpar os outros ou responsabilizar os outros por coisas pelas quais não sejam de facto culpados ou responsabilizáveis… Tento ser justa. Penso que o consigo ser. Ajuda-me a não guardar rancor (mesmo que guarde mágoa… entendes?). Ajuda-me a ser bem resolvida…
Concordo contigo quando dizes que os vintes são os anos das ânsias, das correrias, das pressas. Queremos tudo e já. Achamo-nos capazes de fazer e acontecer. Esquecemo-nos que teremos um dia mais que vinte anos. Esquecemo-nos que um dia olharemos para trás. Não digo que se deve ver olhando sempre a coisa sob esta perspectiva (o que se deixaria de fazer… o que se deixaria de viver, vosso deus… seria uma pena), mas acho que há sempre uma altura em que se decide que já chega. Que outros valores se elevam, estando esses valores fundados naquilo que antes vivemos, claro. É impossível fazer tábua rasa do passado, os reinícios são isso mesmo: uma repetição de um início… re-início.
Não sei se estou num reinício (pelo que disse acima, é possível que não sejam possíveis…) ou se estou numa continuação com outro rumo, agora que penso nisso… mas penso que seja mais a segunda do que a primeira. O tal caminho que tinha de ser feito trouxe-me até aqui. Tenho a cereja de poder ter tudo a estrear, dando a sensação de que é mesmo tudo novo (e é!). Não te sei explicar, mas uma coisa simples como ir para uma casa nova e ser mesmo tudo a estrear (desde o garfo até ao tapete da casa de banho) quase que nos torna em pessoas novas… Foi uma coisa muito importante que decidi fazer numa altura muito atribulada da minha vida (a tal coisa de não perder a sanidade mental tem as suas vantagens).
Eu não sei o que o futuro me aguarda, mas sei que agora não o vou apressar, não o vou espremer, não o vou exigir. O meu presente há-de me levar até ele. E sim, temos de passar pelas coisas para podermos aprender e viver melhor o que temos para viver (seja lá o que for que signifique este “melhor”… poderá apenas ser diferente…).
Agradeço-te o comentário e a tua partilha. O texto era para dar que pensar, mas admito que não pensei que fosse em relação a mim própria… o meu pensamento, supostamente, já estaria feito e escrito. Cresceu. Agradeço-te.
Obrigada pela visita.
:)

Fernando K. Montenegro disse...

Me

Na medida em que rotular as coisas é um hábito, o erro, de facto existe. É apenas um rótulo. Eu gosto de "trabalhar" a linguagem que uso, porque a linguagem que usamos e os pensamentos, são o princípio de tudo o que fazemos na vida...

Não acho que seja erro quando os resultados das nossas escolhas, não nos favorecem. Essa questão do erro, do bom, do mau, e tudo o mais, é o nosso instinto natural de julgamento para com os outros, e connosco próprios, que nos leva a fazer essa adjectivação. Encaro as escolhas perspectivando os seus resultados. Nem sempre os conseguimos prever, é bem verdade, mas também temos de admitir que raramente nos debruçamos de corpo e alma na análise da escolha. E lá está, a idade traz isso...Aquilo que chamamos de erro, é na realidade tudo aquilo que não nos convém. É assim que prefiro ver as coisas. Tenho a opção de escolher, mediante o que é ou não, conveniente para mim. Costumo dizer, que no fundo, bem lá no fundo, nós já sabemos tudo, ao que acedemos por um processo intuitivo. Se a própria leitura não é clara, é porque há grandes probabilidades de estarmos a cometer o tal "erro". Obviamente que não sabemos tudo, conscientemente é claro, mas estamos em constante mutação e aprendizagem.

"Eu já tomei uma data de decisões erradas (ir por aquele caminho do “decidi com base no que sabia na altura só sabendo à posteriori se foi boa ou não” é terreno escorregadio) e sei que foram erradas porque quando as tomei já sabia que o eram. Isto faz sentido?"

Não é a questão de fazer sentido ou não, mas se já sabias que era errado, porque escolhes esse caminho? Lá está...Não classifico isso de erro, porque se sabias e escolheste essa via, é porque de facto querias que fosse assim. Sendo assim, não considero isso erro. É uma escolha que te traz consequências menos benéficas. ..Apenas isso. Melhor de tudo, é que esse "erro" , provavelmente deu-te a oportunidade de te "re-criares" e sentires então, a tal sensação de seres uma "nova pessoa".

São perspectivas. Ninguém está mais certo do que ninguém.O importante mesmo, é cada um de nós, viver de acordo com as suas crenças e com o seu coração. O que daí vier, é nosso, seja o que for.

Olha, se um entrar aqui em contradição ou incoerência, não me leves a sério. Eu não acho graça à coerência. Ela traz-me estagnação, e elimina-me as perguntas que me coloca perante a minha dualidade de sentimentos. Essa dualidade, incentiva-me a explorar-me cada vez mais.

Eu é que agradeço. Muito.

Fernando K. Montenegro disse...

Quanto aos "castigos":

A vida não perdoa. Mas somos nós que decidimos isso.

Me disse...

Lorenzo,
Não fosse aquele parágrafo que deixaste no final do comentário... É justo.
Sinceramente, não é por uma acção ser consciente que dixa de ser erro. Tal como o bem. Não deixa de ser bem se for intencional, tal como não o deixa de ser se não o for.
Os erros e os tropeções são o que nos permitem criar um momento de ruptura para aprendermos algo de novo. Só assim aprendemos. Se não houver essa ruptura, continua-se na mesma (não nasce a tal "nova pessoa" como disseste).
Todos erramos. Todos vamos contra algo ou alguém, magoando ou ofendendo algo... por exemplo. É o que é, é certo. Espremido e no grande contexto das coisas, vale muito pouco. Se não considerarmos um erro magoarmos ou fazermos algo de mal, então tudo bem. Isso, como disseste, depende de cada um e do que cada uma acha como sendo certo. Eu posso achar que erraste e tu achares que fizeste uma coisa boa...

Vais-me desculpar se te pareço meio obstinada em relação a esta questão, mas os tais rótulos são o que nos permitem aproximar as semânticas das palavras (daí existirem) para que todos tenhamos um entendimento mais ou menos homogeneo em relação a um mesmo assunto. São identificadores (como de resto são os rótulos em si).

Ahhh os castigos... às vezes são tão deliciosamente discretos que quase que nem nos apercebemos.
Nem tudo é merecido (novamente, palavra esquisita e de complicada aplicação correcta... não gosto dela), mas tudo deve ser recebido, sim.
What doesn't kill you, makes you stronger.

:)

yensung disse...

Ok, eu sei que já passou algum tempo, mas não podia deixar de comentar este teu texto.

Se bem me lembro, comecei a ler-te na altura das tropelias do apartamento. Muito me ri, sem nunca te comentar. Hoje leio o desfecho e sorrio: sim, desculpa, sorrio. Vejo uma história que me é familiar contada com outros tons, outros riscos, mas com a mesma "moral": tarde ou cedo, e cagando-nos de alto e de repuxo para o que "as pessoas" acham ou deixam de achar, o que interessa é vivermos de acordo com as Nossas verdades e com os nossos quereres. Gaja de coragem. Parabéns por te dares outra oportunidade.

E depois há a vertigem do livro em branco: parece quase insano que na dor se possa sentir alegria, mas é mesmo isso que acontece. Nós não deixamos de ser o conjunto das nossas experiências misturadas com uma argamassa de "mais qualquer coisa". Nós não nos podemos fazer reset. Mas a qualquer momento podemos de facto, dadas as circunstâncias apropriadas, seguir outro caminho que não o óbvio. O caminho mais difícil?... Talvez. Mas sem dúvida um caminho em que sabemos que a recriação e o Ser Mais pode estar ao virar de qualquer esquina. Basta estarmos atentos.

Que os próximos 30 te tragam tudo aquilo que verdadeiramente precisas Me. Felicidades. Do fundo do coração.

Me disse...

Yensung,
Comecei a escrever-te uma resposta… e vou continuar a fazê-lo, mas não a deixo aqui.
Tocaste-me. E como já te disse, e mesmo não sabendo bem porquê, só tu me metes num certo estado de divagação e abertura… Só tu. Por isso, a resposta é também só para ti.

Agradeço as tuas palavras. Sinto-as mais do que as leio.
Retribuo tudo, no dobro ou mais ainda. O que couber em ti.
Beijos

Nuno T disse...

Pelo que leio, não te dava mais que 28. :)

Mas vá, daqui a 4 anitos também chego a essa faixa etária tão bela.
Até lá, vou aproveitando o facto de me darem sempre 22-23...

Não precias que te digam isto, mas uma gaja de 30 anos mete as pitas todas no bolso! :p

Me disse...

És um querido Nuno!!
Ohhh!!!

Claro que as meto no bolso... e agora vou resistir à tentação de ser ordinária... ahhh, que se lixe.
Claro que as meto no bolso... nem que seja pelos gajos me olharem e terem a certeza (possível) de que já passei por certos e determinados processos de aprendizagem...

;)

TANKIU pela visita!!!!