31.12.10

Lembrei-me ... a tempo.


imagem: google

Life is all about timing... the unreachable becomes reachable, the unavailable become available, the unattainable... attainable. Have the patience, wait it out. It's all about timing.” - Stacey Charter.

Lembro-me de ter pensado “Eu não tinha hipótese. Não tive culpa nenhuma. Podia fazer tudo, nada, muito, pouco – podia ter virado o mundo do avesso que não faria diferença. Nunca tive hipótese. Não tive nem tenho culpa”, enquanto ouvia quem me ia falando.
Lembro-me de ter arregalado muito os olhos, de me ter pendido a boca, secado a garganta e parado a respiração.
E depois lembro-me de sentir os olhos a sorrir enquanto dava voz ao pensamento anterior, de braços abertos e meio a tropeçar naquelas palavras todas enquanto se apressavam para sair da minha boca, todas ao mesmo tempo.
Lembro-me de me terem olhado e sorrido, como quem consente à verdade do dito.
Lembro-me de ter respirado fundo como há já muito tempo não respirava.
Lembro-me de ter sentido, em simultâneo, um peso a ser levantado e outro a ser colocado de e no mesmo assunto. Liberto e preso ao mesmo tempo. Sem fuga possível.
Lembro-me de me ter ido embora, ainda meio espantada com a realização tida, e de ter apanhado rápida imagem do meu sorriso no espelho retrovisor.
O timing não podia ter sido melhor.
Ano limpo e lavadinho, de cara nova e de fatiota posta para a devida vénia no final da festa de despedida.

2010? Ahhh… sim.
Que vá pela sombra… branquinho como agora está, sobressai mais.

29.12.10

Vai andando que já lá vou.


imagem: google


Ahhh, 2010. Esse belo ano da História da Humanidade e afins.
Vou, por tradição criada agora e de forma a evitar o vomitar de alma que foi o ano passado (Lembram-se? Não? Cambada de esquecidos. Ver aqui), fazer uma espécie de balanço de acordo com o que o maravilhoso ano merece. Parece-me justo e bem.
Vamos lá a isto.
2010. O que há para dizer? Veio depois de 2009 e está prestes a ser substituído por 2011.
(Vou só buscar um copo de água que estou com sede… esperem).
Onde íamos?
Ahhh! 2010! Sim!
Tem um “2”, dois “0” e um “1” todos bem organizadinhos. É polivalente! Dá para ser escrito com números (2010) ou, então, por extenso (dois mil e dez). É daqueles anos, redondinhos e bem posicionados, que todos gostamos de ter no calendário! Fico sem palavras perante magnanimidade de tal ano!
(Vou só fazer uma sandocha que já é tarde e tenho fome… já venho!)
Pronto. Já cá estou! Muito melhor! Que larila!
Desculpem-me, mas distraí-me um cadito a ver um documentário na televisão sobre o ciclo de marés do Mar Morto. Muito interessante! E ainda dizem que o sal faz mal!
Ai, merda. Acabei de sujar o teclado com mostrada da sandocha. Foda-se. Teclado branquinho cheio de pintas amarelas! Heheheheheh!! Faz-me lembrar aquela canção do biquíni amarelo, só que versão teclado branco… “She had an itsy-bitsy-teeny-weeny-yellow-polker-dot-keyboard”! Hehehehehehehehehe!!!  Não rima, mas também não faz mal. Há coisas piores. Partir uma perna, por exemplo. Ou três! Hehehehehehehehehehe!!
Por falar em biquínis! E o frio que tem estado? Já viram isto? Quer dizer, por cá tem estado frio. Os cabrões dos Gregos tiveram temperaturas a rondar os vinte e poucos graus. Em Dezembro! Isto anda tudo baralhado! Os gajos devem pensar que fazem parte do hemisfério sul, só pode. Devem ter a mania. Ladrões!! Ladrões!!!!! Alguém sabe como se diz “ladrões” em Grego??? E “vão barda merda e apanhem escaldões no alto da pinha”? Não? Oh, well.
Bem, mas voltando à vaca fria… 2010… sim. Sim, 2010!
Já agora, e por falar em vacas, nasceu uma ninhada de coelhos lá no Farmville 3D. Estúpida de merda da Coelha-Mãe destruiu o ninho depois de fazer nova vista ao Coelho-Pai (gajas, pá… não podem levar com ele que se esquecem logo das prioridades mesmo prioridades). Só sobreviveu um. Um de oito! É o Chico. Tem quase quinze dias. Teimoso que nem cabeça de girassol em dia solarengo! É o Coelhinho do Natal! Hehehehehehehe!! Coelhinho do Natal! Para a Páscoa, estamos a pensar gamar uma rena. Hehehehehehehehehehe!! Mas foda-se, a essa não damos biberon de três em três horas. Que coma ervas e mato. Livra! Tem cornos!!! E deve marrar! Chiça punico!
Mas vá, pronto.
2010. Esse belo ano. Tanto para dizer! Tão pouco tempo!
Esperem.
Acho que não há net.
Oh, merda. Não há mesmo! Como é que eu vou escrever o resto disto sem haver net?! Também são daquelas pessoas que não sabem estar a um computador caso não haja net mesmo que não a estejam a utilizar?? É como tudo: podemos não precisar, nem usar, nem gostar, nem querer, mas é nosso e só tem que lá estar e mais nada! Cabrões da Zon (outra vez!). Mas isto agora não deve dar para resolver. Já é tarde e tal. Aliás, eles nunca resolvem nada. Ou quase nada. Ainda no outro dia tive um problema com a porra do router e foi um outro serviço qualquer de uma outra empresa qualquer que me resolveu o problema. Também lhes disse, qualquer dia ainda ia trabalhar para eles! Já começo a perceber mais desta merda de configurações e etcs do que o que percebo de tostar pão! E olhem que eu faço uma bruta de uma tosta mista! Meto uma data de coisas! Mais parece uma pizza enclausurada. Muita bom!
Ai desculpem! Já estou a deambular, né? Peço desculpa!
2010. Sim. Pois.
Que vá pela sombra.

Bom ano novo, minha gente. Bom ano.

22.12.10

Imortais


imagem: google

Há uns tempos (curtos) atrás, tive o privilégio e honra de ouvir ser-me dedicada uma das coisas mais bonitas que alguma vez alguém me disse (em minha humilde opinião, claro está).
Disseram-me, em traços largos, o seguinte: As memórias são a força da vida. Tornaste-te imortal no meu coração, e nele vais viver para sempre.
Admito que, no momento em que o total significado de singela frase me aterrou no cérebro, senti o enorme peso da responsabilidade que me tinham acabado de atribuir. Para aquela pessoa, para ele, de ali em diante, eu faria parte das suas memórias, seria lembrada e pensada, existiria mesmo que não estivesse, seria sempre mesmo que nunca mais fosse.
Fiquei com uma certa falta de ar, com uma certa cara de parva. Fiquei como que meio paralisada perante tal realização, perante tal oferta de imortalidade, quase sem mais nem menos.
Passado o susto e devolvida a capacidade raciocinar, respondi a única coisa que podia e que sabia: Também tu és agora imortal em mim. Mas terei saudades tuas. Tal como acontece a todas as boas memórias que protegemos em nós, sentirei a tua falta e terei, para sempre, saudades tuas.   

Este pequeno episódio, nascido de uma estranha mas inevitável amizade daquelas que apenas muito raramente temos o privilégio de viver, fez-me reflectir sobre esta coisa das memórias e na forma como permitimos que as mesmas nasçam e vivam em nós.
Nem todas as pessoas na nossa vida são lembradas pelas melhores razões; nem todas são lembradas sequer. Mas há sempre aquele pequeno leque de pessoas que, para nós, nos enche os pensamentos e o tempo das recordações e dos desejos para o futuro.
Podendo até nem parecer algo de maior relevância ou importância para o dia-a-dia dos habituais afazeres e vivências, esta coisa de criar memórias é, de facto, o que passamos a vida a fazer aos outros e o que os outros passam a vida a fazer a nós. Tudo o que passou apenas poderá voltar a ser em estado de memória, de recordação, de lembrança. Todas as pessoas, todas as experiências, todos os sentimentos bons e maus ou assim-assim, tudo se transforma em algo que lembramos, ou não (“A memória é a melhor das artistas e erradica da nossa mente tudo quanto não seja necessário” -  Maurice Baring).


Não vos desejo um feliz natal. Muito menos um bom ano novo cheio daquelas coisas giras que os votos e desejos impessoais abarcam. Merecem mais do que isso.
Faço-vos antes um pedido.
Que, seja nos próximos dias, nas próximas semanas ou durante anos e anos, apenas construam e ajudem a construir boas memórias em vós e em todas as pessoas que vos enchem o coração.
Não é delas que a vida se vai construindo? Não é a elas que recorremos quando tudo dói ou tudo sorri?
Espero que esta época vos traga muitas e muitas oportunidades de partilhar todas as boas memórias que têm com quem as tenha ajudado a criar. E que sintam saudades, saudades daquelas mesmo boas de se sentir, sempre que o façam.

Aos Imortais que somos e que temos em nós.

Boas festas.

16.12.10

E por fim, O Fim.


imagem: google

Bem, onde é que nós íamos?
Prossigamos, senhoras e senhores que time, he is a wastin’!!

E então, após incursão para verificar estado anímico do receptor, artista entra numa nova fase do projecto artístico. Basicamente, e a partir daqui, é fazer-se o que se quiser. Seja com língua, com uma mãozinha a ajudar… o essencial é haver movimento e afinco e convicção (fonte de informação baldou-se à reunião, foda-se.).
No fim, receptor há-de agradecer tamanha peça de arte e artista há-de ficar feliz por estar contente e podem-se aninhar nos braços um do outro e agradecer aos deuses terem inventado línguas e lábios e coisas afins! (parva da gaja… a deixar-me pendurada… não há direito! É só gente irresponsável, ós cornos!).
E prontes! Basicamente, é isto! (estúpida de merda… foda-se para isto, oh pá…).

14.12.10

Aham... Desculpem... Mas...


imagem: google


Então e, eu já vos contei que fui passar uns dias às Chickens e que andei a carregar lenha e a fazer pão e a dar de comer à passarada e a apanhar solinho bom e que me fartei de cortar ervas para dar à bicharada e que deixei cair uma cavaca em cima do pé (‘tá fixe, mas bolas, ainda me dói) e que só tinha quatro canais e me vi obrigada a ver umas cenas maradas sobre uns animais esquisitos e o camandro e que entretanto e minha Mummy Dearest fez 50 anos (Appí Dia do Pássaro!!! – Birthday-birday… ha-ha-ha…) e que houve uma galinha que fugiu e que foi apanhada com um camaroeiro (don’t ask) e que o Big corre atrás dos patos e eles não lhe ligam nenhuma e que o X’Quim sabe umas palavras novas como “’Tou?! ‘Tou?!?!?” (quando nos vê de telemóvel ao ouvido) ou então “Mau!! Mau!!! Fica!!” quando o cão se arma em parvo (o que ele é) e que houve um pinto que nasceu tão grande, tão grande, tão grande que quase que dava para ir logo para o forno (baptizei-o de Francisco… Quico para os amigos) e que as manhãs lá são lindas e solarengas (quando não está a chover ou com nevoeiro) e que não há nada melhor do que comer pão acabado de fazer em frente a uma lareira enquanto se discute a qualidade dos vinhos do Ribatejo vs. Alentejo?
Não?
Agora, já!
:)

13.12.10

A Arte de se fazer Arte de Ponta - Desenvolvimento


imagem: google


Quer se queira, quer não, há razões que levam Homens e Mulheres a não praticarem o tal dito Sexo Oral. Seja por questões de higiene, por questões de educação, por questões de pudor, vergonha ou até nojo (e receio quando há demasiado material a brochar…), há todo um variado leque de razões mais ou menos plausíveis que levam à eliminação da coisa da lista de To Do’s da semana.
Mas antes de procedermos com tais questões, decerto mais que sabidas por todos nós, vale a pena abordar, de forma mais profunda, o assunto aqui em mãos. Ao que parece, o descritivo aqui apresentado anteriormente da tal arte de realizar a arte, é insuficiente e, até certo ponto, quase que desonra quem se preocupa em aperfeiçoar técnica. Deixemos, então, a cobra de um só olho em paz e avancemos, sem medos, para uma nova, e mais enriquecida, perspectiva desta arte de fazer arte.

Vai daí e lá se andou a pesquisar a coisa e, segundo fonte devidamente informada para disponibilizar tais dados, fazer uma demonstração de arte é algo que se deve encarar com toda a seriedade, carinho e perícia do mundo. Não pela questão de se providenciar prazer a quem o recebe, não. Mas sim por questões de não se correr o risco de se passar o natal e outras datas festivas na rua. Mecanismo de defesa, questão de sobrevivência, portanto.
E então, segundo fonte, uma boa peça de arte é aquele que começa por não o ser.
Inicia-se missão na boca do receptor. Beija-se e rebeija-se até estar tudo bem beijado. Passa-se para o pescoço e área circundante, não esquecendo os lóbulos das orelhas e pequenas mordiscadelas nos mesmos (nada daquela coisa de enfiar língua no ouvido – yuk).
E vai-se descendo. E descendo. Beijando e mordiscando e descendo.
Pára-se nos mamilos. Devem receber a devida atenção. Lambidelas, pequenas chupadelas, muito trabalho de língua. Continua-se a beijar e a descer enquanto mãos, por oposição, sobem. Sobem até peito do receptor e deixam-se por lá ficar até mais instruções.
Nos entretantos, deve passar-se a usar, em quase exclusivo, a língua.
Deve chegar-se ao umbigo e, com a dita, traçar linha recta até à zona púbica onde, como quem não quer a coisa, se volta a recorrer aos beijos para amaciar zona (que, estando depilada ou devidamente aparada, facilita em muito tal questão). É também aqui que se deve levantar o olhar para receptor da arte de modo a verificar qual o seu estado de espírito nesta fase do campeonato. É provável que possua um certo ar de apreensão ou que se apresente meio aflito, com testa enrugada e boca ligeiramente aberta. Caso não apresente nada disto nesta fase, em breve o fará, por isso, basta ir olhando para verificar.
Segundo fonte devidamente informada, a zona púbica deve ser explorada ignorando-se o que dela cresce. Deve ser beijada e lambida, mordiscada e sugada em toda a sua superfície. É importante ignorar o que dela cresce. O que dela cresce receberá atenção a seu devido tempo.
Da zona púbica deve passar-se para a zona inferior onde se encontram dois pequenos elementos tantas vezes ignorados em tais demonstrações artísticas.
Devem, com leveza e de forma gentil, ser lambidos e sugaditos, sem aleijar e sem provocar gritos (de dor) no receptor. Para quem se sentir mais confiante, a colocação de um destes elementos, por inteiro, no orifício bocal poderá representar uma chegada mais acelerada ao tal estado de testa enrugada e boca bem aberta. De qualquer das formas, deverão receber a devida atenção e é novamente nesta fase que se deverá realizar pequeno levantar de olhar para verificar estado do receptor.
E é a partir deste ponto que a arte se poderá, ou não, tornar mais artística.
Como já foi referido anteriormente, a zona púbica alberga estrutura maciça (e se não o estiver nesta fase, mantenham a fé que isso em breve deverá mudar de figura. Literalmente.) que, chegada esta fase, deverá ser o centro das atenções.
Deverá começar-se pela base da estrutura. Base deverá receber toque de língua e beijo de lábios com intensidade moderada de modo a que se assinale início da fase seguinte com a devida pompa e circunstância. Após esta nota introdutória, dever-se-á continuar a escalar a tal referida estrutura até se chegar ao topo.
A língua é agora chamada a entrar em acção, devendo a mesma, com rigor e, acima de tudo, paciência e vagar, fazer-se sentir, devagarinho, ao longo da estrutura alvo da arte. Língua deverá ser utilizada apenas na sua extremidade ou na sua forma mais achatada (ou seja, aí meia língua) e capaz de abordar mais área. Esta fase deve ser desenvolvida com a maior das calmas, a maior das graciosidades, a maior das paciências. Caso receptor demonstre falta de paciência, termina-se logo ali a demonstração artística e mai’nada. Na arte, há que aprender a dar e a receber.
Chegados ao topo da estrutura e, recordemos, ainda com as mãos no peito (ou lá perto) do receptor (eventualmente a agarrar-lhe braços e a cravar unhas nos mesmos de modo a que não se mexa), ponta deverá ser abordada de forma eclética.
Primeiro, pequenos toques com a ponta da língua, suaves, mal-sentidos, tão, tão, tão leves que irrita, mesmo na pontinha da estrutura. Depois, pequenos círculos em torno da mesma de modo a que a mesma fique bem lubrificada. Esta actividade poderá ser desenvolvida durante uns bons segundos até se passar à fase seguinte que poderá passar por relamber toda a estrutura de novo até à sua base (e voltando ao topo após essa breve incursão) ou então por, com os lábios devidamente humidificados, envolver a ponta da estrutura, de forma suave mas com a devida pressão. Após breves segundos, lábios deverão abrir ligeiramente de modo a que, de novo, língua entre em acção e volte a realizar pequenos círculos no centro do centro das atenções desta fase. Esta seria também uma boa altura para realizar, de novo, pequena missão de reconhecimento visual do estado anímico do receptor de modo a que se possa fazer ligeira avaliação intercalar do andamento da demonstração artística.
E agora, após esta pequena amostra do que aí poderá vir, vamos, caros espectadores, para brevíssimo intervalo. Voltaremos em breve para a segunda parte desta empolgante peça artística à lá mode. Não se mexam dos vossos lugares! Até já!

9.12.10

A Arte de Domar a Cobra de Um Só Olho – Introdução



imagem: google

Como o prometido é de vidro, butes nessa pagar a minha penitência por me meter em assuntos nos quais não tinha nada que me meter (Me and my big mouth…).
Portantes…
Sexo oral. Felácio. Mamada. Chupada. Broche. Etc.
Os Homens adoram; as Mulheres também. Não pelas mesmas razões, mas toda a minha gente gosta de uma boa chupada ou de levar os parabéns por ter realizado uma boa mamada (pelo menos, é o que consta).
É um talento, dirão alguns; uma nojeira, dirão outras.
Sendo ou não um requisito que certos Homens definem no momento de bem escolher em que boca continuarão a depositar os seus parentes, é certo e sabido que gaja que é gaja não se melindra perante a “cobra de um só olho”, enfrentando a mesma com toda a coragem e técnica possíveis e necessárias ao bom desenrolar do caso. Mas, como é certo e sabido, há cobras que enfeitiçam, e depois há outras que, infelizmente, lançam certas donzelas numa correria dos 100 metros barreiras sem olhar para trás.
A arte, técnica, talento ou puro caos com que se abocanha a cobra de um só olho é algo digno de poemas e enormes dissertações desde os primórdios dos tempos. Ainda no tempo dos Homens das Cavernas, eles podiam não saber o que queriam para o jantar, mas porra, sabiam muito bem que dar de comer à garina da cave do lado era algo muito melhor do que ir ao cú à desmazelada da cave ao fundo da rua (gostos!).
A cobra de um só olho é algo fácil de decifrar. Chupa-se aqui, esfrega-se ali, mordisca-se algo pelo meio, lambe-se acolá, sacode-se um pouco para cima, outro tanto para baixo, aperta-se um bocado algures ali pela ponta e, basicamente, segundo consta, é isso. É um trabalho mano-bocal que envolve apenas um pouco de coordenação motora de modo a não se fechar a boca quando se a deve abrir e vice-versa. Segundo também consta, o único mau broche é o que nunca chega a ser feito. Até os que ficam pelo caminho (os conhecidos brochinhos ou mamadinhas), chegam sempre a algum lado… por muito que não saiam do lugar.
Ora, sendo, segundo consta, algo de enorme facilidade e que os homens, de qualquer dos modos, e independentemente da qualidade da técnica aplicada, gostam e querem sempre, porque é que as mulheres, ainda que nem todas, claro, recusam a sua prática?
Simples meus caros. Simples.

(mas fica para outro post… Vá… não queiram tudo de uma só vez… devagarinho… devagar… shhh… não mexe… ahhh… Desculpem. Desculpem. Distraí-me...).

7.12.10

O que se diz por aí...


imagem: corbis 

Ao que parece, post anterior mereceu a atenção do meu (cruzes-credo-salvo-seja-passe-a-piada) mais que querido e beloved Vitaro (total e completo exagero da realidade, mas vá…).
Não, afinal não morreu nem foi engolido por tribo de anãs ávidas por banhas e calvície de quinta qualidade… Não.
Ele vive. Para mal dos meus pecados (por muito bons que tenham sido…), ele vive.

Entre outras barbaridades, escreveu ele isto:

“…
Vocês até poderão ser um poço de virtudes e mais difíceis do que a escalada dos Andes, que se forem chatas no dia a seguir vão de carrinho. Vocês até poderão ser moralmente umas autoridadezinhas, que se no dia a seguir nos exigirem coisas que não estamos dispostos a dar, vão pregar moral para outra freguesia. Vocês até podem ser difíceis, mas se não souberem fazer um broche, vão com certeza passar o Natal na rua.
…”

É óbvio que não me vou deixar ficar sossiquieta enquanto elemento do machedo disserta disparates sobre o gajedo. Era o que faltava.
Por isso tudo e alguma coisita mais que agora não é para aqui chamada, incluindo aquela de se considerarem abertas as hostilidades e tal, o próximo post vai ser sobre Broches.

Obrigada.