26.10.06

Só por causa das merdas.

Só por causa das merdas… mais uma entrada! Mais de mim! HA! Agora têm de levar comigo, quer queiram, quer não! Disse que hoje não era dia para falar de santinhos, não foi? Pois, mas isso já foi há bocado e como eu não prometi que não ia falar sobre os santinhos hoje… Atão, vamos lá a isto. Não sou crente. Lamento informar (alguém surpreendido com esta notícia? Sim? Então é porque não me ando a esforçar o suficiente…). Não acredito, nem consigo acreditar em deus, em santos, no além, no up there, no down below… nada. E não pensem que não tentei, porque eu tentei. Teimei. Quase que apostei. Mas esta seria em vão. Uma luta perdida à partida (e nessas eu não me meto… fraquinha eu sei. Mas viva.) Já me pus a pensar no porquê disto tudo, claro. Não consigo arranjar uma única boa resposta. Não acredito e pronto. É como as pessoas que acreditam. Acreditam e pronto. É assim, ou não? Sei (por experiência) que seria muito mais fácil acreditar. Que a vida me seria mais fácil, que tudo me pareceria mais calmo, mais controlado, mais belo até. Quem sabe? Já pensaram na quantidade de coisas que eu podia entregar nas mãos de deus? Bolas! Que alívio! Mas não. Nem mesmo naqueles momentos em que parece que não existe mais nada no mundo a não ser aquela filha da puta daquela dor que não passa nem morre, nem vai nem vem, que apenas existe em nós, feliz e contente por ter hospedeiro que a acolha. Nem mesmo nesses consegui dizer, “eu acredito. Agora, salva-me”. Não consegui. Não consigo. Não vou conseguir. Mas tenho pena, de certa forma. Inveja também, às vezes. Será que esta minha falta de religiosidade (reparem que não disse fé… fé tenho muita… e em muitas coisas) é uma crença, só por si? Será este o meu culto ao divino? Não reconhecê-lo? É esta a minha ligação com a divindade? Se houvesse alguma coisa out there, os descrentes como eu não seriam os primeiros a ser alvo da sua fúria/amor/compaixão/compreensão/aceitação, etc? Não nos cairia um raio na tola só para não sermos parvos? Não sei. Talvez não haja interesse nisso. Talvez isto seja mais interessante com gente como eu. Pelo menos há mais discussão. E entradas no blog… O meu divino é outro. Os meus santos são outros. As minhas santas? Lindas! Todas elas. Mas outras, novamente. As minhas preces? São para serem feitas a quem mas pode conceder. Às vezes sou eu. Outras, nem por isso. Mas não há problema. É justo. Não posso acudir a tudo e todos, nem estar em todo o lado ao mesmo tempo, sempre, pois não? Porra. Esta é que foi uma bela duma promessa que fizeram. Quem pode, pode. Quem não pode, bate palmas. É assim ou não? Bom fim-de-semana.

2 comentários:

puku disse...

conheces a minha opinião sobre este tema

"sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras, e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos (...). Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem principio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos"
Miguel Sousa Tavares in Eternamente

eu acredito em ti

Felipe Lopes Kuti disse...

http://aprendendomecatronica.wordpress.com/