8.6.09

Há? Há.

imagem: google
Todos somos inseguros. Todos temos pontos fracos, fragilidades que defendemos e protegemos para que nada as atinja e nos faça sofrer. Todos temos feridas que mantemos escondidas do mundo, não vá alguém lembrar-se de enfiar lá o dedo e escarafunchar para ver no que dá. Todos temos as nossas cicatrizes de feridas passadas, cicatrizes essas que servem de lembrete do que já foi, do que não poderá voltar a ser. Vamos vivendo, vamos aprendendo. Vamos olhando e vamos vendo cada vez mais e melhor. Vamos tocando aqui e ali e às tantas já podemos dizer que sentimos. Vamos provando isto e aquilo e chega ao ponto em que podemos dizer que saboreamos. Vamos amando e odiando até que um dia conseguimos ver que não era bem amor, que não era bem ódio, que era outra coisa qualquer para a qual não tínhamos palavra adequada na altura, para a qual não tínhamos discernimento suficiente para saber interpretar. Vivemos, aprendemos. Vamos passando por fases menos boas pensando que são as piores; vamos passando por fases boas pensando que não haverá nada melhor. Enganamo-nos propositadamente para podermos bem encaixar tudo quanto nos está a acontecer, procuramos razões para que as coisas tenham significado para nós, cavamos palmos e palmos de terra até encontrarmos algo que faça valer a pena tanto esforço. Depois a coisa passa e quando olhamos para trás, já em posse de mais vivências e de mais aprendizagens, vimos as coisas de forma diferente, damos novo sentido a tudo quanto houve, retiramos alguma carga emocional daqui e dali, carregamos nela aqui e além e quando adormecemos, equacionamos tudo, revemos o cálculo feito nas nossas cabeças e concluímos que a conta está bem feita, tudo no sítio, podendo depois adormecer sabendo que, sabendo-se o que se sabia, era tudo quanto se podia esperar. Paz de espírito. Fabricamo-la aos potes. Olhar para trás não é fácil. Confrontamo-nos com uma versão de nós que nem sempre é bonita de ser ver. Que nem sempre nos orgulha, que nem sempre nos deixa felizes. Olhar para trás implica ver e saber onde estamos para podermos bem contextualizar onde estivemos e para onde vamos. Se andarmos perdidos no agora, o passado e o futuro pouca ou nenhuma distinção têm, reviravoltando-se tudo numa espécie de nevoeiro turvo que nos deixa cegos e ainda mais perdidos, vivendo cada dia numa espécie de ânsia, numa espécie de confusão mental em que se torna difícil saber o que fizemos ontem e o que temos para fazer amanhã. O hoje é apenas o final do ontem e o início do amanhã. O hoje é a espera de ver no que deu o ontem, no que irá dar o amanhã. Passamos metade da vida a tentar viver de acordo com aquilo temos vindo a aprender, com aquilo que temos vindo a integrar em nós como sendo o caminho que queremos. Passamos metade de vida a fazer contas de somar e de subtrair e de multiplicar e de dividir, procurando a fórmula mágica que justifique o caminho percorrido e as decisões tomadas; que autorize o caminho por percorrer, que valide o lugar onde estamos. Passamos metade da vida a procurar algo que não sabemos como se parece e a tentar esquecer outros algos com nomes, caras, cheiros… outros algos que identificamos e atribuímos de imediato classificação ou ferida ou cicatriz, procurando nos novos algos algo que seja melhor, pior, maior, mais pequeno… seja o que for. Passamos a vida a comparar o que temos com o que tivemos ou podíamos ter, sem darmos a devida atenção ao que seguramos nas mãos. Ou é melhor, ou é pior, nunca é apenas o que é. Esta busca-busca-mata-mata põe em causa tudo quanto se teve, põe em causa tudo quanto se poderá vir a ter mas, mais importante, ignora tudo quanto se tem. Uma vez, perguntaram-me se eu estava chateada porque esperava mais da situação. Se estava chateada porque já tinha tido mais do que aquilo que estava a ter naquele momento. Após 2 segundos de silêncio, percebi que não e disse-o. Não espero nada hoje tendo por base o que já foi ou o que já tive. As coisas mudam, os contextos são outros. Até eu sou outra. Estava chateada, admiti eu a mim mesma nos tais dois segundos de silêncio, porque o contexto não me satisfazia. Era o contexto que eu tinha percebido ser o menos bom para mim. Não o que poderia esperar dele, não o que tive noutros contextos, não o que poderia ter se o mesmo fosse diferente. Wrong place. Simples. É tão mau admitirmos isto? Que fizemos opções que nos colocaram em sítios onde depois descobrimos que não queremos estar? Nada contra a qualidade das opções, nada contra a intenção com que foram tomadas, mas será assim tão mau olharmos à nossa volta e decidirmos que pura e simplesmente não pertencemos ali? Gostava que houvesse mais coragem neste mundo para que cada um de nós pudesse levantar amarras e seguir viagem para onde realmente se tem de estar, se quer estar, se deseja estar. Conheço demasiadas pessoas agarradas a decisões feitas em determinados contextos, não querendo dar o dito por não dito, ou pura e simplesmente vivendo de acordo com a máxima do “é o que há” sem olharem noutras direcções, sem se darem ao trabalho de ver além do que há para haver. Há mais. Há sempre mais. Mexam-se. A paz de espírito fabricada desmorona com as primeiras chuvas do ano. A que existe mesmo, a que é real e sentida, dá-nos vontade de dançar nessa chuva, de nos molharmos até à raiz dos cabelos, independentemente das molhas que possamos ter apanhado no passado. Sabemos que esta é outra, que está não vem compensar outra qualquer. Que não dançamos hoje por podermos não vir a fazê-lo de novo no futuro. Há sempre mais. Mexam-se.

36 comentários:

V!tor disse...

Cara MÉ!

Ao contrário daquilo que tão bem escreves neste "enorme" post, eu acho que as pessoas hoje se mexem demais, é esta impaciência pelo que está para vir que nos inibe de perceber que aquilo que temos é se calhar melhor do que aquilo que ainda não chegou. É evidente que não me custa concordar com a metáfora da dança da chuva, aliás é por concordar com ela que digo que muitas das vezes o mérito não está em seguir para um local diferente, mas fazer algo de diferente no local em que estamos.
Durante séculos confundiu-se o impaciente com o viajante. O incrédulo com o descrente. A inquietude com o movimento. Ora apenas os mais destreinados "viventes" podem, ancorados na imprecisão, pensar que mexer, ou mover é o mesmo que fazer diferente, querer outra coisa, alterar o futuro.
Por isso, às vezes - grande parte das vezes - não é a forma como vamos, ou o local para onde queremos ir que nos faz inquietos, mas sim a forma como estando num local aparentemente sem nos mexermos conseguimos ainda assim mudar.

Todos nós queremos o que está para vir, sem perceber que isso não é querer viver, mas sim antecipar aquilo de que temos medo.

Me disse...

"Passamos a vida a comparar o que temos com o que tivemos ou podíamos ter, sem darmos a devida atenção ao que seguramos nas mãos."

O "mexam-se" era em relação a isto também. Em relação ao párar, olhar, escutar e só depois atravessar. Dançar porque sim e não porque se quer recriar alho ou prevenir a falta de chuva no futuro.
O "mexam-se" é uma espécie de "sosseguem". Decidam, assumam. Mas pensem bem primeiro. Se, depois de todos os cálculos a coisa mesmo assim não bater certo, então aí aim, mudem, mexam-se para outras paragens. Mas até lá... Shhhhh... calminha! Devemos a nós próprios estar bem, sim. Mas não é por avistar a primeira nuvem que nos vamos atirar para a varanda com panela e colher em mãos para dar ritmo à coisa. E isto aplica-se ao bom e ao mau.
Andamos sempre em tumulto. Sempre. E não há necessidade.

Gosto do novo nick. Tu e os pontos de exclamação ;)

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

K disse...

Minha MEzinha adorada. Quando comecei a ler lembrei-me da nossa conversa...nem sei se tem algo a ver com isso ou não, e gostava de poder comentar mais este texto mas sabes bem que estou a passar por uma fase de tumulto interior (e esta é bem necessária) à espera que a neblina se dissipe e a luz apareça.

Se por vezes sou demasiado impaciente a querer agarrar o que não tenho e gostaria de ter, muitas vezes danço à chuva grata pelo o que a vida me dá.

Enfim...não andamos em boa fase para abordar assuntos interiores. Não estou mal, longe disso, porém tenho as entranhas como se estivessem numa máquina de lavar em centrifugação máxima e não lhe estou a ver o fim do programa de lavagem! Mas sei que vai chegar!

Eu quero é Agosto pá!!!

L. K. disse...

Às vezes o que seguramos nas mãos por mais voltas que lhe tentemos dar, por mais colorido que o tornemos não chega, não é suficiente.
Não adianta movermo-nos porque se o que continuamos a levar somos nós próprios as coisas irão manter-se iguais mas noutro sitio. Também não adianta procurar no agora o que tivemos no passado pois jamais será igual ou semelhante: não somos os mesmos, a realidade não é a mesma e os contextos também não. O amanhã? É bom planificar e projectarmo-nos no amanhã mais que não seja por termos a capacidade de nos projectarmos...e outras vezes porque é o que nos faz acreditar no hoje, o que nos dá força de vontade para seguir em frente e temos mesmo de o fazer. O Aqui e Agora é expressão máxima de vivência saudavel quando intenso e verdadeiro. Hoje em dia o tempo dado para essa experiência é diminuto e por vezes vimo-nos obrigados a adiar até o 1º sorriso do nosso filho, mesmo que nos mintamos, acreditando que recuperaremos esse momento. Nunca mais se repetirá.

Quantas vezes não vivemos o hoje em prol de um futuro que se sabe ou pensa ou poderá ser incerto. Novemente temos o medo a condicionarnos no disfrutar das acções, sentimentos e desejos presentes. Mas amanhã? Amanhã terei o que comer? Terei para sobreviver?
E nos sentimentos as acções são similares: os tempos podem ser desencontrados e o medo de ficar só, de não ter o amor de um outro torna-se terrorifico e apavorante porque não se pensa o agora mas o daqui a 10 anos, às vezes a um anos e juntam-se seres fabricados num medo comum de solidão e acaba-se em solitude. Vivem duas pessoas juntas que apenas sobrevivem no saudosismo egocentrico e privado do que um dia se teve e como seria se ainda se tivesse ...e talvez ainda se venha a ter. Perdem-se vidas, desperdiçam-se oportunidades e não há uma projecção real no futuro ou uma memoria fidedigna do passado. Apenas memorias ecrãs e o Aqui e Agora perde-se por entre roupa para passar, louça para lavar e outras quantas merdas que servem para distrair do momento presente. ou seja, talvez nem toda a gente queira aproveitar ou "ver" o que tem no hoje. Talvez só o tenha porque não usufrua em plenitude, não possa usufruir porque raras são as pessoas capazes de sarar as cicatrizes completamente e deixa-las apenas como bonitas recordações de uma historia pessoal e intransmissivel que os levou onde estão hoje.

Não sei sinceramente. Também não sou a pessoa indicada para opinar sobre o assunto, vivo de mais o hoje...ou talvez não.Logo encara isto como mera dissertação sobre o assunto :)

Flyer disse...

O miúda do Blog “merdoso”: Por mim, acho que és uma avançadinha mental. Mas quem sou eu... :-)

É sempre um prazer ler as tuas “merdices”. Tive um "MÓMENT ÓV ZEN" ao ler estas tuas divagações!

Puseste em sobressalto a minha "trampa" mental que anda em pousio.

Acrescentaria apenas: Mexam-se ... porque quem fica parado é poste!

Gajo disse...

Quer dizer, que nunca se tenha receio de mudar, mesmo sabendo que depois, seja quando for, poder-se-á ou, mais ainda, ter-se-á sempre de mudar mais uma vez e assim sucessivamente.

Não deixar criar muito musgo.

Estás numa de Rolling Stone?

Seja como for, concordo.

Me disse...

K,
Andar para a frente, ficar para trás… acelerar o passo, abrandar… tudo faces da mesma moeda. Acho que baralhamos muito esta coisa dos ritmos. Tanto andamos a mil como andamos a zero. Mexer, no sentido de ver e olhar e respirar e pensar e sentir, é algo que pouco fazemos. We take things for granted… E depois, de tão garantidas que achamos que estão, acabamos por fazer merda. E isto muitas vezes aplica-se a nós próprios. Tomamos decisões que achamos que se manterão para sempre porque tomamo-la em consciência, pensamos nela, porque sabíamos perfeitamente o que estávamos a fazer. Não há nada de mal em olhar para trás e pensar: Porra, pá. Se fosse hoje, iria por outro caminho, mas, estou bem onde estou, vou ficar. Também não há nada de mal em olhar para trás e pensar: Porra, pá. Se fosse hoje, iria por outro caminho e é esse mesmo que ainda estou a tempo de fazer.
Adiamos as coisas… ignoramos as coisas… seja para ficarmos quietos, seja para nos metermos a andar. Subestimamo-nos. Subestimamos os outros. Somos egoístas e nunca nos lembramos que não estamos sozinhos. Olhamos à nossa volta e apenas conseguimos ver o que nos deram e dão, nunca o que demos e podemos dar. Os outros é que mudaram… os outros é que já não satisfazem. Ou os outros é que não mudaram, os outros é que ainda não satisfazem.
Temos falta de pensamento crítico. Tal como tu disseste, esperas que a neblina se dissipe, que a luz apareça. Porque não a procuras? Porque não a enfrentas?
Eu sei. O que tu acabaste de pensar, linda. Eu sei.
Boa viagem de regresso… no more roaming… :)
Beijos adocicados e repenicados. Gosto-te.

Me disse...

Lizard King,
“Perdem-se vidas, desperdiçam-se oportunidades e não há uma projecção real no futuro ou uma memória fidedigna do passado.”
Traímo-nos a torto e a direito… seja por não cumprirmos com o que tínhamos pensado, seja por não pensarmos nada para que não haja surpresas. Somos preguiçosos: mais vale um pássaro na mão que dois a voar. Somos egocêntricos: Seize the Day!!!
Passamos a vida a refrear e, logo de seguida, a ter pitis por não termos coragem de correr para a frente. Se arriscamos, não o devíamos ter feito; se não arriscamos, devíamos tê-lo feito. Arrependemo-nos de nos arrependermos.
Todos somos a pessoa indicada para opinar sobre o assunto. Tu à tua maneira, eu à minha… Todos nós sentimos um apertão no peito quando pensamos nestas coisas.
Tu, que estás em época de balanços… faz bem os cálculos. Vais ver que o saldo é mais que positivo. Apesar dos apesares.
:)

Me disse...

Flyer,
Antes de mais, quero dizer-te que acho fantástico que tenha sido este o post que te fez comentar… Fantástico mesmo :)
Trampa mental? Pousio? Para quem se atira de aviões sem mais nem menos, tal não me parece lá muito conducente com a tua personagem… Tu ao menos ainda tens exemplos próprios para seguires! SIGA!!! Seja para ficares sossegado, seja para te meteres a caminho, SIGA!!!!
:) Obrigada pela visita. É sempre um prazer de merda ter-te por cá (hehahehaheha!!)

Me disse...

Gajo,
Não deixar criar muito musgo? Hmmm… Não é bem isso, pázinho!
É sabermos ao certo se queremos ou não o musgo! Se não deixarmos criar, que não seja por uma daquelas sensações de insatisfação constante provocada por não sabermos o que queremos. Se deixarmos criar, que não seja por preguiça, por conveniência, porque dá menos trabalho. Entendes? Passamos demasiado tempo nestes entretantos… a pensar no que podia ser, no que já foi, e não olhamos bem para o que é. Nem que seja apenas e só para descobrirmos que o que é, não serve. Há quem se atire à água só porque ela lá está e não porque se quer refrescar. Há quem nem lá perto chegue que depois molha-se, tem de se secar… chatice e trabalheira do caraças.
Há que saber sossegar. Há que saber estrebuchar. Mais ou menos isso… com ou sem musgo.
Tankiu por comment :)

K disse...

Olha amor, não sei se isto já é chover no molhado, contudo penso que sabes que penso assim. Também tenho para mim que sei mais em teoria do que em prática. A única coisa que não concordo é na questão dos outros. Conquanto nos meus momentos mais irracionais possa eventualmente pensar assim - que são os outros que mudaram ou não, que satisfazem ou não - sou apologista que todos temos os nossos caminhos e embora esses por vezes se toquem não significa que não se tornem divergentes. Por exemplo, nós somos estas melgas adocicadas uma com a outra porém isso um dia pode acabar; podemos mudar, podemos de deixar de ter pontos em comum, podemos deixar de ter o que dizer uma à outra e deixar de fazer sentido. O que por vezes me torna egoísta, por me magoar, é quando nada disso acontece e as pessoas afastam-se - já me aconteceu com uma amiga minha de quem tenho muitas saudades e continuo a gostar imenso. Claro que é pelas suas razões, pela sua vida, pelo whatever. Contudo de início custa sempre; custa perder a companhia de quem se gosta; custa deixar de dar e receber. Depois só me resta respeitar. Talvez um dia perceba. Adiante que acho que já levo a conversa para outros campos.

Penso que a mim não me falta pensamento crítico. Aliás, penso que o tenho em demasia. Penso que parte dos meus problemas é querer-me num estado de perfeição que em consciência sei que não existe. Sou demasiado exigente e severa comigo. E não me perdoo facilmente os erros e as falhas e os defeitos. Sou muito mais branda com os outros. E sim, já tomei muitas etapas como garantidas, como se tivesse chegado a uma meta, como se fosse a mudança absoluta, como se não houvesse mais caminho a percorrer, esquecendo-me estúpida e arrogantemente que nos encontramos em constante devir. Eu acredito na mudança, sou apologista da mudança, e acho que devemos tentar sempre alcançar mais e melhor.

Quando disse que estou à espera de a neblina se dissipe e a luz apareça não disse que não andava em busca da saída, pois não? Só que lá está, são daquelas coisas que ficaram ignoradas durante demasiado tempo, que remeti para canto, que fingi não ver, e que estão de tal maneira enterradas, que me levaram no caminho tão denso e tão fundo dentro de mim, que o caminho de volta para a luz é penoso e complicado e exige esforço e lidar com não sei quantos monstros mitológicos pelo caminho. É aquilo que eu chamo de dores de crescimento. Não que tenha uma adoração por elas, mas prefiro-as ter porque sei que me levam a algum lado. E porque sei, já há algum tempo, que não há mal que sempre dure nem bem que perdure. Ou qualquer coisa assim. A vida é isso mesmo, feita de momentos melhores, menos bons, piores. Feita de ciclos. Feita de descobertas. Também feita de ilusões e desilusões mas isso já é culpa minha.

Bem, isto já vai demasiado longo. Mais uma vez agradeço permitires-me usar a tua caixa de comentários como confessionário. És linda! Ti voglio bene! Baci mille!

E agradeço o no more roaming pá!!!

Me disse...

Oh, Mulher,
Tu estás a falar com a Mestre da Negação... com a Mestre em fechar os olhos e fingir que está tudo bem. Mas também te digo uma coisa... basta-me abrir apenas um dos olhos, uma nesga só, para me meter naquela dos pitis até estar satisfeita. São as tais dores de crescimento que falas... A mim, as dores metem-me a mexer. Mesmo que seja quase tarde de mais... mas nunca o é realmente.
Podes ter demorado, mas vais chegar lá e tu sabes disso perfeitamente
:)
E nada a agradecer... Nada mesmo. Gosto destes insights teus... Adoro-os.
Baccis e coisas assim italianas para ti também!

K disse...

Mas tu queres ver que vamos ter que lutar?!? A mestre da negação sou eu pá!!! É giro como às vezes sem mesmo abrir os olhos sabemos o que temos a fazer, né? Mas sim, é preciso abrir realmente pelo menos um deles para que se chegue à acção, para que se realmente se mude.

Querida, eu sou aquela que costuma dizer que melhor que a frase "mais vale tarde do que nunca" é a frase "ainda bem que aqui cheguei"!

Me disse...

:)

Eu tenho outra... Não é por ter escolhido eu a viagem que não me possa queixar da porra do caminho e dos buracos e das curvas e das subidas e descidas... Resmungo, mas é até ao fim.
:)

Butes brigar!!! Butes!!!
;)

Anónimo disse...

Pontos fortes
Qual é sua especialidade? Exponha seus pontos fortes e quaisquer elementos da sua estratégia que darão ao seu produto uma chance melhor no mercado. Se seu negócio estiver consolidado e já tiver uma posição segura em uma parte do mercado, então é onde você pode fazer a diferença. Explique as particularidades do negócio que o direcionaram para o ponto em que está agora (seu plano de marketing, prestação de serviço excepcional ao cliente ou a introdução de produtos novos e inovadores).

Pontos fracos
Por outro lado, por mais difícil que seja, descreva os pontos fracos que sua empresa pode enfrentar no mercado. Provavelmente, isso pode ser corrigido. Observe também que pontos fracos são inerentes ao próprio mercado. Pode ser que eles não sejam corrigidos tão facilmente, mas lembre-se de que a concorrência também deve lidar com eles. Lembre-se também de observar quaisquer ameaças possíveis ao seu produto, como problemas com regulamentação ou preocupações ambientais.

Gajo disse...

Foda-se!

Este Anónimo, enquanto se despe, ainda é capaz de fazer uma análise SWOT para tentar perceber se vale a pena...


Me, miúda, percebi bem a tua opinião.

Bom f-d-s.

L. K. disse...

Tens toda a razão, o meu saldo é mais que positivo: tenho saúde e os que amo também. As merdas que me chateiam não são de vida ou morte, não são cruciais ao meu bem estar e os queixumes que acarreto posso mudá.los de maneira relativamente fácil uma vez que tenho a perfeita consciência de ganhos e perdas que a mudança acarreta. Nunca dei nada como garantido, antes pelo contrário qualquer dia sou fã fundamentalista da realização de professias..lololol...até porque as certezas, as verdades, os contextos e as realidades são mutáveis e evolutivas. Não há mal que nunca acabe, nem bem que sempre perdure...toda a razão: o balanço é positivo dependendo do ângulo com que o vemos. Tenho uma amiga que me diz constantemente que penso de mais, que avalio todos os prós e contras das coisas e sei que ela tem razão mas não gosto de queda-livre sem paraquedas.

No entanto, e apesar dos apesares, o balanço é mais que positivo :)

Bom fds e excelentes mini ferias ;)

PKB disse...

Não sei que te diga... o único que sei é que cada vez tenho mais feridas, cada vez ergo mais muros e tenho medo de deixar a vida passar sem eu dar por isso... estou a tentar viver melhor, saborear os momentos, mas há dias em que tudo é tão complicado que só me apetece fugir. As hormonas também não ajudam... help!

Me disse...

Anónimo,
Os brazucas sabem-na toda, pá.


Gajo,
:)
Está a ser… Bons feriados e fds para ti tb.
Beijos.


Lizard King,
Ai as quedas livres sem pára-quedas… Haverá mesmo quem se tenha metido por esse caminho neste mundo? Hmmm… É impossível não equacionar nada, impossível não pesar as coisas… E isso é bom. Só não é bom quando pensar atrapalha e, como tu disseste, se perdem boas oportunidades.
Bom descanso, Guerreira. Chega de balanços e introspecções por ora.
:)


PKB,
Mas lá se pode pedir mais? As hormonas não ajudarem é a maneira que o Universo arranjou de te manter os pezinhos no chão… keep it real…
:) Beijos para ti, Passaroca.

César disse...

Resumo as tuas palavras a carência

Me disse...

César,
Obrigada pela visita.
Resumo o teu resumo a incapacidade interpretativa. O terreno das tais ditas "carências" é vasto. Cada um com as sua. A minha? Carência de pachorra para resumos.
Obrigada novamente pela visita.

K disse...

Olha que giro! Eu também sou uma resmungona de primeira! E concordo plenamente contigo; o facto de termos sido nós a escolher o caminho não nos impede que nos queixemos!

Queres porrada é? Se fosse a ti não me metia por aí...olha que te podes aleijar!

PKB disse...

Eu estava era a precisar de sol, de praia, das amigas, de mar, de água fria! Ah...belos feriados! Beijocas, minha querida Me!

Me disse...

K,
E eu lá brigaria contigo?
:)

PKB,
Oh... acho que é disso que também ando a precisar... MESMO!!!

K disse...

Vá, em lutas verbais nós metemo-nos! Não estavamos a falar literalmente de porrada!!

Oliveira da Serra disse...

Não passo por aqui há muuuuuuito tempo. Hoje foi bom passar por cá. Um post certeiro (em cheio na testa). Tenho saudades tuas.

Me disse...

K,
Oh minha pincher anã dos blogs, fosse a briga física, 'miga, e nunca me apanhavas que eu corro muita depressa;)

K disse...

Ó minha cavalgadura, tendo em conta a fraca amostra aqui não precisavas fugir!

Me disse...

Oliveirinha,
E depois, de vez em quando, há momentos que me deixam sem ar. Ver o teu comentário foi um deles.
Há muito mesmo que não passas por aqui. Nem eu por "aí".
Saudades? Meu lindo... mais que muitas. De ti? Sempre.
Um grande, enorme, gigante (mas mesmo enorme!!) beijo e abraço para ti (e para o resto da tua gente toda).
Vou-me só ali recompor um cadito
:)

Me disse...

K,
E eu lá iria querer sujar minhas mãos??? Partir minhas longas e fantásticas unhas??? PFFF!!!!

K disse...

Ó querida, seria das superfícies mais limpinhas que tocarias!!! E chamar unhas a essa queratina micótica parece-me um claro e desnecessário exagero!

Me disse...

Oh minha franja de caniche,
Isso dizes tu. Limpinha, my ass!
E por acaso uso sempre as unhas bem curtinhas. Ajuda a não arrancar teclas do teclado...

K disse...

Vá, confessa que isso é para evitares coçares constantemente essa tua pele sarnenta!

Me disse...

Nada disso.
É para evitar ter que coçar a sarna dos outros...
:)

K disse...

Não brinco mais contigo, foda-se! Não sabes brincar!

Me disse...

looooooololol!!!!!

:))))))))