Oh eu a receber mimo!
O que eu gosto de receber mimo!
É claro que este receber de mimo tem regras… é claro que as vou ignorar por completo (faz parte aqui da política do estamine ignorar as regras…).
Tankiú Sílvia Maria!!! TANKIÚ!!!
Mas já que estamos nesta coisa do mimo… elaboremos um pouco sobre o assunto…
O mimo é como a água benta… cada um… coiso e tal. Pronto. Já ‘tá!
Vamos ao que interessa.
Tenho para mim que isto do mimo, e da respectiva possível falta do mesmo, em nada se compara às quecas e possível falta das mesmas (viram esta cuidada manobra de passagem ao assunto pretendido? Elegantíssima, foda-se!!!).
Todos sabemos que a falta de mimo não é coisa que dê cabo do mundo a alguém, até porque há sempre mecanismos de compensação que auxiliam na devida … ahhh… compensação. Agora, falta de queca ou falta de qualidade da mesma, isso sim é problema nefasto que arruína a vida a todos quanto entrem em contacto com ser não ou mal fodido (sim, a minha falta de compaixão por gente que não anda a ter nenhum é nula… especialmente quando deixam que isso influa nas vidinhas dos restantes seres quecados ou não do planeta…).
Essa gente, a que não tem ou tem mal e porcamente (ainda que haja quem goste assim…), parece conseguir arranjar sempre mecanismos de introduzir o assunto no seu dia-a-dia, espalhando momentos sexuais por tudo quanto é canto e recanto da sua vidinha e da dos que têm o azar de co-habitar a terra na mesma década/ano/mês/whatever. Arranjam sempre forma de dar fodas nos outros, mesmo que para esses a coisa mais pareça momento de puro enrabanço sem lubrificante do que prazeiroso momento de partilha de ooohhhs e ahhhhs.
Gente mal fodida topa-se à distância. São os que nos dão olhares doces e melosos enquanto o lábio de cima se arremelga só o suficiente para mostrar dentinho afiado. São os que nos passam a mão pelo ombro enquanto nos olham de alto a abaixo, estudando a melhor forma de nos chegar ao cu. São os que passam a língua pelos lábios de forma sensual, iniciando desde logo a sessão de sexo oral com as falinhas mansas e cuidadas que sabem meter-nos a prestar atenção.
Já vêm com a queca estudada. Trazem todos os sex-toys no bolso. Já vêm com strap-on posto. Já se vieram só de pensar na foda que vão dar, qual teenager a preparar-se para o primeiro encontro com a boazuda lá da escola através de sessão de dar ao punho, não vá a moçoila apetecer-lhe um cadito de rambóia e ele estar demasiado cheio para se aguentar à bomboca durante mais do que 30 segundos.
Nunca descuram os preliminares. Nunca. Querem-nos sempre bem preparados para o que aí vem. E nós ficamos. Sentimos a tensão sexual no ar mal pomos a vista em cima do ser sexual. Ficamos com pele de galinha. Os sentidos apurados. Apertamos o ânus involuntariamente como se o dito cujo adivinhasse o tamanho do strap-on por de trás daquelas roupas inocentes. Passamos a ouvir melhor. A ver melhor. A cheirar melhor. Ficamos focados, focadíssimos, antecipando o que aí vem. Rebolamo-nos naquela sensação de perigo, naquela sensação de não sabermos bem por onde vai ser, mas seguros na certeza de que o momento chegará em todo o seu esplendor. Olhamos a língua a passar pelos lábios já humedecidos, vimos as mãos a ajeitar as cuecas através da roupa, ouvimos a voz meio assoprada e doce, melódica, que nos vai chegando aos ouvidos em doces ondas que convidam ao mergulho. Involuntariamente, metemos as mãos no cinto das calças, cruzamos as pernas, tentando lutar contra o inevitável. Fazemo-nos difíceis, qual boazuda lá da escola que sabe que vai mandar uma com o borbulhento do bonzão mas que também sabe que o segredo é a alma do negócio. Fechamos os olhos, esperamos pelo impacto. Sabemos que aí vem. Deixamos cair as mãos para o colo, anuindo à pura força do momento. Lutamos contra a vontade de nos pormos de pé e de nos dobrarmos sobre a mesa, de regueifa bem arregalada e exposta a tudo quanto lhe estiver destinado. Mordemos a língua, evitando assim gritar as palavras “Ai, fode-me, fode-me!! Fode-me!! Isso!! Aí!! Fode-me com força!! Mais!! Mais!! Mais!!! MAAAAAAIIIIIS!!!!!!!!! FOOOODEEEEE-MEEEEEE!!!!”. Ficamos ali naquele torpor, naquela espera tortuosa, envoltos em cheiros, imagens e palavras de foda. Arrepiamo-nos só de pensar se será tão bom como da última vez. Ficamos com a pele a arder… todo o nosso ser suplica pela estucada final que dará azo à tão aguardada explosão de prazer… Agarramo-nos à mesa, trancamos os pés nas pernas da cadeira, damos uma última olhadela ao relógio para podermos situar tão delicioso momento no tempo…
E depois… PUUUMMM! PUUM-PUUUUM-PUUUUUUUUUUM!!!
Ahhhh doce libertação! Ahhhh delicioso abandonar de corpo!!! Ooohhh tão aguardada foda que nos mete a voar por entre as nuvens, escaldando os pelos do cu devido à proximidade do sol! Ohhhhh finalmente receber o prometido!! Parece que cada terminação nervosa da nossa pele ganha vida, explodindo uma por uma numa espécie de jogo do dominó que começa entre as nalgas, espalhando-se com a força de um vulcão até todas as extremidades do nosso ser. Ardemos! Abandonamo-nos por completo àquela sensação de estarmos a ser fodidos com toda a força por ser superior e forte e conhecedor das melhores técnicas para, do modo mais eficiente e eficaz possível, mandar foda com o mínimo de estragos, deixando-nos sempre em condições para as que vierem! Oh admiração! Oh veneração! Oh entrega! Oh caralhos que vos fodam, porra.
Bem sabemos que é isso que querem – que caralhos vos fodam, mas o resto do pessoal lá tem alguma culpa de não os haver ou de não os haver em qualidade suficiente?
Uma coisa é um linguadozito… um apalpão… um belisco aqui e ali... um espreitar pela camisa abaixo uma vez por outra. Outra completamente diferente é um momento sexual puro e duro, digno de bolinha vermelha ao canto do ecrã que nos deixa com andar novo durante dez dias seguidos.
Caralhos vos fodam e rápido que isto não há cu que aguente!
Mas sim, mimo é bom e eu gosto. Muito.