- Está cá hoje? Então? Não me diga que não gostou do telemóvel? (ele)
- Quero falar com a Gerente. (eu)
- Com a Gerente? Ela não está.
- Quero falar com a Gerente.
- Mas hoje vai ser impossível. Ela não está.
- Telefone-lhe.
- Só se for amanhã.
- Hoje.
- Ela não está!
- Mas, talvez eu possa ajudar? O que se passa? (diz outra)
- Pois, talvez possa. O telemóvel que comprei cá ontem está cheio de contactos e tem fotos tiradas. Não o quero. Quero o meu dinheiro de volta.
- Tem o quê? (ele)
- Contactos. De uma Soraia. Um Ivan. Tenho aqui os números todos.
- Ahhh! Mas isso somos nós! É do pessoal da loja.(a outra)
- Não me interessa. Quero o meu dinheiro de volta.
- Mas nós não podemos fazer isso. (a outra)
- Tente. (eu)
- Mas o telemóvel era da montra. Quem mexeu no telemóvel da montra?! (ele)
- Mas isso é normal! Quando o cliente quer ver o equipamento, temos de mostrar que funciona. (outra ainda, mais nova… menos tacto).
- Que apagassem o que fizeram. Eu, assim, posso não acreditar em nada disso e pensar que alguém andou com o telemóvel durante uma semana. Ou não? Deram-me razões para isso. Quero o meu dinheiro de volta. (eu, claro)
- Deixem estar! Eu trato disto. A Sra. comprou o telemóvel comigo. Eu trato disto (ele, começando a tirar notas da caixa e a contá-las)
- Não podes! Pelo menos fala com a XYZ. Não podemos! Sabes disso! (a outra)
(muito mexer em teclado… rato… papéis… enquanto fui atender uma chamada)
- O que podemos fazer é dar-lhe um Voucher ou então a Sra. ir buscar um modelo igual a outra loja nossa. (ele)
- Não. Quero o meu dinheiro de volta.
- Mas nós não podemos. (ele)
- Só se for na loja do Montijo.
- Ahh… temos nas Amoreiras, no Rossio, Odivelas, Loures…
- Não, não. Quero o meu dinheiro de volta e depois vou comprar outro onde eu quiser.
- Mas não pode mesmo ir a nenhum deste sítios? (ele)
- Não. Não me dá jeito. Porque não manda vir de uma dessas lojas para aqui? Amanhã estaria cá.
- Pois. Não é bem assim, mas posso tentar ligar para saber. (ele)
- Não é bem assim? As mesmas lojas. Tudo igual. Não consegue ter aqui o telemóvel de um dia para o outro? (eu)
- Há burocracias. (a outra… mas nova… menos tacto)
- Pronto. Daqui a dois dias, então.
- Dois dias? (a novinha)
- Sim. Dou-vos um dia para burocracias e outro para transporte.
- Como é que sabe?! Como é que sabe?! A Sra. não sabe. (a novinha)
- Pois não. Quero o meu dinheiro de volta.
- Mas nós não podemos… (ele)
- Então, quando é que o telemóvel aqui poderia estar?
- Sábado. Sábado ou terça. (ele)
- Desculpe?
- Estas coisas demoram. (ele)
- Estou a ver que sim. Então, eu voltaria cá mais uma vez no Sábado ou na Terça para o vir buscar, correcto?
- Sim. Se puder. Tem aqui o seu voucher para depois levantar o equipamento. É um crédito que tem aqui na loja.
(silêncio)
- Então, não me vai pedir o meu número de telemóvel para me avisar do dia em que chega o telemóvel? Não está à espera que eu venha cá sem saber, pois não?
(silêncio)
- Ahh… pois... (ele)
- Não há post-its (a novinha)
(ia-me engasgando)
- Pensei que já o tivesse pedido (ele)
- Não. (eu)
- Então diga…
(disse)
- Fico à espera que me telefonem para vir cá levantar o telemóvel.
- Esteja descansada.
- Obrigada (simpática, eu)
- Uma boa noite. Obrigada nós. (ele, enquanto a novinha me dava o olhar dela nº 43218)
A TMN e a Deco gostaram de saber da notícia.
Já fiz cartinha toda XPTO a reclamar.
Aguardam-se desenvolvimentos.
Cabrões.
1 comentário:
Bem, entreguei reclamação escrita na TMN e na Phone House. Vamos ver o que acontece. Ai vamos, vamos!
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