'Tou cheia de calma.

‘Tou cheia de calma. É uma coisa que, e quem me conhece pode já confirmar, me farto de dizer. Ok. Dizer é uma coisa, sentir ou fazer é outra. Mas, mesmo assim, não me considero uma pessoa com falta de calma. Tenho é impaciência a mais, às vezes. Mesmo estando calma, estou impaciente. Ou porque quero muito uma coisa. Ou porque quero muito fazer uma coisa. Ou porque nos enchem os ouvidos com coisas e nos metem a pensar em alternativas que nunca quisemos equacionar. Seja por que for. Mesmo calma, fico impaciente. E fico pior quando as coisas não dependem todas de mim. Aí fico impaciente e frustrada por saber que nada posso fazer a não ser dar voltinhas e mais voltinhas, sem sair do mesmo sítio, até mais alguém fazer a tal coisa necessária para eu continuar no meu caminho. É como se me sentisse presa, atada, abafada. Aí posso perder um pouco mais a calma. Admito-o. É a perda de calma que vem quando nos apercebemos que não há nada a fazer, não há nada a dizer, não há nada que possa acontecer que nos vá levar mais perto do que queremos. Resta-nos restabelecer-nos, abrir os olhos, respirar fundo e dizer: tem calma. Pois. Passei o fim-de-semana numa espécie de carrossel. Calma, expectativa, frustração, esperança, desilusão, impaciência, falta de calma, ser chamada à realidade, mais frustração, mais desilusão, uma cadinho de calma, uma cadinho de paciência, calma. A paciência que tiveram comigo. Imagino e agradeço! Não queria utilizar a palavra resignação porque não é disso que se trata, mas tive que me calar para me poder ouvir mais um pouco. Agora está tudo bem. Tudo tem remédio e o que não tem, remediado está. Tudo tem solução, não é? Mas eu queria que fosse agora!! ;) ‘Tou cheia de calma. Tenham calma. ‘Tou cheia de calma.