10.12.08

Bardajona

imagem: google
O conceito de Bardajona é relativamente recente, mas encaixa na perfeição a um sem número de gajas. A Bardajona típica é aquela que se rege única e simplesmente pela inveja que tem dos outros (normalmente outras) e que faz tudo quanto tem a fazer para ter/fazer/ser o que essas outras têm/fazem/são. Também conhecidas por Vacas, Putas, Cabras, Putéfias e afins, são um flagelo da sociedade moderna. As Bardajonas conhecem bem o terreno que pisam. Informam-se dos pontos fracos, evitam os pontos fortes. Procuram as feridas e qual frasquinho de água oxigenada envenenado, apresentam-se como a cura para todos os males, infiltrando-se na ferida enquanto sussurram palavrinhas mansas como se não fosse nada com elas. As Bardajonas são as que choram em casa, encolhidas no sofá, por estarem sozinhas e serem vazias. São as que se levantam, maquilham, metem o tal decote em acção em saem em missão para salvar a pouca dignidade e amor-próprio que ainda lhes resta no meio das vidas abandonas, fodas mal dadas e palavras mal escutadas. São as que dão o corpo ao manifesto na esperança de que lhe peguem pelo coração e as levem ao paraíso. Normalmente levam com mãos na cara porque há alguém que as quer mandar para o inferno. São as frustradas que elogiam os namorados/maridos das outras, apelando ao ego masculino (coisinha ruim), enquanto distribuem sorrisos e arremessos de cabelo pelos ombros fora. São as que moem e destroem as defesas deles, a paciência delas e que metem um casal em alvoroço devido aos ciúmes que provocam (nas legítimas). É a senha de entrada. As Bardajonas são as que sabem que o ego feminino é também ele fraquinho. Sabem que basta uma insinuação para nessa noite haver briga entre os medos dela e a descrença dele. Sabem perfeitamente que basta um olhar mais atrevido para criar uma fissura no ar. Que basta isso para a Mulher ou Namorada entrar em modo de “Urgência”, avisando o respectivo do que a Bardajona realmente quer enquanto abana a cabeça ao ouvir as garantias ocas do respectivo. As Mulheres e Namoradas também conhecem bem o terreno… o desconforto por verem tentativas de invasão é tão forte que reagem metendo as garras de fora. Os Homens, inicialmente orgulhosos de si próprios (ego fraquinho tão facilmente satisfeito) por verem essas manifestações de ciúmes, depressa se cansam… depressa começam a virar a cabeça… depressa abrem os portões do terreno… nem que seja apenas para o campo da hipótese… depressa dão razão de ser à insegurança da respectiva (mesmo que ela inicialmente não tivesse razão nenhuma). Tudo estragado. As Bardajonas são aquelas que os Homens dizem “Foda-se! Alguma vez!!” mas que depois acabam por ser traídos pela tal coisinha ruim do ego. As Bardajonas são aquelas que as Mulheres e Namoradas olham com desprezo enquanto tremem por dentro por saberem exactamente o que as Bardajonas também sabem: os Homens são uns fracos. As Bardajonas são as que foram abandonadas pelo “amor da vida delas” ou que nunca tiveram um amor assim e rapidamente querem compensar tempo perdido, fazendo com que a única razão de viver passe a ser a busca desse amor nos “amores da vida” das outras. Os Homens são uns fracos. O amor mais fraco ainda. As Bardajonas são aquelas que são fodidas por um qualquer Homem anteriormente descrente no poder delas a toque de memórias e lembranças da Mulher ou Namorada que está algures a pensar na vida e em como tudo é maravilhoso com aquele amor da vida delas. As Bardajonas sabem que são fodidas a toque de memórias e com esperanças de esquecimento rápido. Sabem-no. Sabem que não é a cara delas que eles vêem naquele momento, que não é o toque delas que eles sentem na pele… Sabem perfeitamente. Sentem-no. Mas não faz mal. Ganharam a batalha. As Bardajonas são a versão triste e abandonada daquilo que deve (e pode, foda-se) ser uma Mulher. São as que argumentam com a honra feminina quando o Homem as larga por nunca terem tido intenções de mais nada senão uma foda noutro corpo (fracos, fracos, fracos). São as que ainda são capazes de tentar apelar ao coração dizendo que ele é igual a todos os outros que as foderam e largaram (pudera… quem pega numa pêga?). São as que deixam o carro estacionado à porta da casa deles… mesmo que não lá estejam. Sabem que pode haver quem veja… e conte… e acrescente um ponto… As Bardajonas são o lixo que sobra das Mulheres inseguras, mal amadas, mal resolvidas e mal fodidas que não gostam da vista que têm da lixeira que é a vida delas. Bardajona. Um novo conceito para designar algo que há muito que existe e que sobrevive sugando aquilo que o ser humano tem de pior: a insegurança. (post dedicado à G., que mesmo com garras e dentes e murros e pontapés e fé não conseguiu ser segura o suficiente para dois, mas que agora anda direita, segura na certeza que um amor pelo qual se tenha de lutar até à morte não é amor que valha a pena levantar um dedo sequer. Descansa, Guerreira. Descansa.)

34 comentários:

Isabel disse...

Diz-lhe que pelo amor não se luta. Ou se tem ou não se tem. E quando não se tem, temos que ter nós por nós próprias. E isso é o mais importante.

Me disse...

Isabel,
Ela vem cá... por isso, disseste tu... :)
e tens toda a razão. toda.
obrigada pela visita e pelo comentário.

Eduarda disse...

Eu nessas merdas tanto é o ladrão que fica a porta como o que vai la dentro ... o tema tem linhas muito tenues, fronteiras pouco delimitadas, mas ainda assim seja qual for o territórias essas putas não deixam de ser putas e os cabroes não deixam de ser cabrões... e tu descascaste o tema muito bem... a meu ver só mandavas mais 1 paulada ou 2 aos meninos que no final de contas não são menos bardajões...

Me disse...

"O conceito de Bardajão é relativamente recente, mas encaixa na perfeição a um sem número de gajos..." Vem a caminho... já se estava a vestir e tudo... Sou uma gaja justa, porra! ;)

E eu mais que concordo contigo... Mas há sempre dois lados. E, desculpa-me, mas nesta "guerra", as Bardajonas são muito mais astutas... Ou isso ou então as Mulheres têm total desrespeito pela inteligência masculina, conseguindo fazer deles o que quiserem... Talvez um misto das duas coisas? Não sei.
Me espera.

Eduarda disse...

Mainada!!!!

PKB disse...

A última vez que lutei por manter o meu amor, lixei-me. Agora têm de lutar por mim.
Os homens são muito fraquinhos, sim.

Beijocas!

v. disse...

E eu a pensar que eram aquelas que não sabiam combinar cores...

Já cá volto para partir isto tudo pelo meio.
Olha onde te foste meter, carissima!

PKB disse...

Ui... tens seguro, Me?... =/

Anónimo disse...

Bardajonas... tema bastante actual e "karma" da mulher segura que segue a sua vida na certeza de quem tem ao seu lado...até perceber que miraculosamente apareceu uma bardajona que tem tempo suficiente disponivel para fazer tudo o que nao podes e ainda por cima é fodida e despachada mas sempre com um sorriso na cara (compreensiva à exaustão da compreensão)...porque talvez assim ele fique...e ele nunca fica e antes da partida ela já o sabe...ele olha-a de "cima para baixo) e quem manda na situação é ele (finalmente manda em alguem..ufff) esse ele que não merece a ex- respectiva, porque afinal percebeu-se que ela não era o que ele procurava...simplesmente é o dobro do que ele merece :)e fugiu acobardado por não ter estomago de "2ªajuda"..nem sequer de rabejador..ehehehehehe..
Mas fodido mesmo, e isto a bardajona não conta, são as comparações e a necessidade de parecer "bem" que ele tem para não melindrar quem deixou no passado...tema polémico de homens inseguros que não sabem lidar consigo próprios e de mulheres desesperadas mal resolvidas que levam uma vida inteira a tentar ter o que a outra (respectiva) tem/teve. No entanto esquece um pequeno (grande) pormenor: se a relação era o que era, com os contornos que lhe despertaram a atenção...apenas o era porque eram aquelas duas pessoas...e se alguem lhes pergunta-se porque se amavam, a resposta seria unicamente: porque era ele e porque era ela...por isso a relação desejada/invejada pela bardajona será sempre uma utopia procurada e inalcansada...porque as relações nunca são iguais, é o outro que desperta sentimentos, sensações e reacções em nós e idem aspas...e todas as relações que vieram antes ou surjam depois, nunca mais serão iguais...aquelas duas pessoas já não formam um "NÓS" e isso é intransmissivel...e no meio de toda esta espiral de dor e desilusão a única coisa que não se perde é a auto-estima e o amor próprio...porque esse já tinha de existir antes da perda (senão tambem não aparece)...auto-estima não pertence ao "NÓS", pertence ao EU...é de dentro para fora e nunca o contrario.
O grande problema das bardajonas desse mundo é que não amam "o outro"...amam o "NÓS" e isso nunca vão conseguir, porque o "fantasma" do elemento abandonado...não abandona...

v. disse...

Ora então cá vai disto!

Carissima companheira ME.
Conheci em tempos pessoa estudiosa do assunto, que escrevia que as mulheres eram sempre a mesma. Pintavam-se. Vestiam-se. Mas eram sempre a mesma. A minha impreparação da altura para entender estas palavras, aparentemente misoginas, levavam-me a acreditar que o moço dizia isto porque entendia a Mulher como ser limitado, incapaz de se suplantar em diversos niveis de personalidade. Depois conheci essa coisa da ironia. Foi num bar às tantas da manhã, já eu ... espera essa não foi a ironia. A ironia conheci ao mesmo tempo que fui tentando conhecer as mulheres, que é mesmo que dizer que fui desistindo de as perceber. Mas depois de conhecer a ironia, percebi que aquela frase nada tinha de misogino, bem pelo contrário. O que ele dizia era que as mulheres têm todas as mulheres dentro delas. A Mãe. A Amante. A Companheira. A Puta. Todas, numa só.
Evocando a bardajona, estás também a sublinhar uma característica das mulheres, todas, sem excepção poderão ser aquilo que aqui tão bem descreves (bom se calhar "bem" é exagerado, fiquemos por um suficiente) e desconstrois. Naturalmente que a capacidade de escolha do boneco com que saem de casa é sempre delas.
Todavia é praticamente certo que existe o personagem negro da história, a bruxa má. Ou seja o Homem. O homem que apresentas não tem escolha, e tendo-a exerce-a da forma mais estúpida que existe. O homem que aqui trazes é um ser menor, que se deixa embeiçar por aquilo que vê, e pior, julga ver. No homem, começa e termina a aventura da bardajona, e com isso a aventura da mulher.
Não podias estar mais equivocada minha doce (claro exagero) companheira. O homem não é mais do que a projecção da alma da mulher. Se ele se deixa enfeitiçar pela bardajona é porque não conheceu até aquele momento uma mulher que tenha as mulheres todas dentro dela.
Não vamos pelo cliché de dizer que só se procura fora de casa o que não se tem. Eu, tu, os duendes do pai natal e uma quantidade enorme de individuos sabemos que isso não é assim tão linear. Acontece que dá jeito pensar dessa forma. É de alguma forma confortavel pensar que a culpa é do desejo, ou dele, ou dela - da bardajona - e não nossa.
É por isso que não acredito na fidelidade. As pessoas não são fieis, quanto muito podem estar fieis, mas ser, é muito complicado, e aliás dúvido da sua utilidade.
Aquilo que existe é uma forma de nos sentirmos reconfortados, a fidelidade não passa de um sofá em que gostamos de adormecer, mesmo que depois tenhamos uma valente dor de costas...
As bardajonas sabem-no!
Os homens, esses... se o sabem, conhecem as bardajonas.


ou então uma coisa muito parecida com esta, mas em bom!

S. G. disse...

na minha singela opinião discordo na censura que fazes da bardajona no que toca à sedução dos homens comprometidos ou casados.

acho que uma mulher tem de ter a certeza que se o homem gosta dela, então não quererá saber de mais ninguém, muito menos de uma bardajona (embora seja a que maquina as mais interessantes fantasias). (e se quiser é sinal que a relação está no fim, ou pelo menos o amor)
se o homem (marido) cede nessa tentação, então a culpa é só dele.

a ingenuidade dessas mulheres parece ser o tónico geral da raça (ainda acreditam num certo amor que não existe - ou não conhecem) e por isso parece-me legítimo procurarem o que querem.

tanta palavreado para dizer que me tornei assiduo leitor/admirador das tuas palavars (faltam palavras desmistificadoras do amor metafísico)


bj

Me disse...

Eduarda,
Ahhh pois é bebé (esta pode também ser para a Passaroca…)

PKB,
Os Homens, no geral não são fracos… nopes. O problema é que é mais fácil moê-los… desgastá-los. Eu acho muito bem que agora queiras que lutem por ti… Isto de andar sempre em guerra por coisas que só nós queremos é uma merda… Que tenhas um Lutador à tua altura, ‘miga.

V.,
Combinar cores?? Ui se sabem… (já te respondo ao resto… oh desconstrutor…)

PKB,
Seguro, apólice em dia… e um segurança pessoal que fica de pé ao meu lado todo o santo dia e que me vai buscar cafés e que de vez em quando me faz umas massagens nos ombros para eu relaxar depois de receber comentários do V…
PFFFF!!! :)

Me disse...

Lizard King,
“O grande problema das bardajonas desse mundo é que não amam "o outro"... amam o "NÓS" e isso nunca vão conseguir, porque o "fantasma" do elemento abandonado...não abandona...”
Ora nem mais.
Querer o que não se pode ter… Viver o que se quer e deseja com base no que os outros têm… a inveja… os ciúmes… o que isso consegue levar uma pessoa a magicar para conseguir o que se quer. É claro que nem sempre se consegue (há alvos impossíveis de abater…) mas de vez em quando lá se vai acertando uma flecha ou outra.
De quem é a culpa? Sinceramente, nem vejo isto como sendo uma questão de culpa. No final de contas, cada um é dono do seu nariz, faz o que quer… tomamos decisões a cada milissegundo… Depois só nos temos de aguentar a elas. Tomar responsabilidade (é diferente de assumir a culpa…).
De certa forma, e dando aqui uma visão diferente da coisa e que se aplica a todos, o que fazemos deveria depender da forma como queremos ser lembrados por alguém (e da forma como queremos lembrar essa pessoa em si). Esta questão devia ter mais peso nas decisões que tomamos. Quero ser lembrada como? Como a gaja que x e Y? Ou como a gaja que A e B? E como é que me quero lembrar de alguém? Como a pessoa a quem fiz X ou Y? Ou a quem fiz A ou B? E é disso que o pessoal se esquece (é fodido pensar assim no futuro… é difícil, custa).
Mas sim, os “nós” são pessoais e intransmissíveis. Venha quem vier, faça o que fizer, não há forma de reproduzir o que apenas aquelas duas pessoas podem, sabem e querem viver uma com a outra. E isso, depois de tudo, é o que talvez ainda custe mais… É sabermos que se deitou tudo isso fora para um momento de “esquecimento de consequências futuras” em que depois tudo quanto há a fazer é tentar recuperar o passado. Seja por o presente não ter importância suficiente… seja por o futuro ainda não ter chegado… seja pelo que for. Confuso? Se não fosse…
Obrigada pelo comentário, Lizard King. Obrigada :)

Me disse...

V.,
Antes de mais, e como sabes, cansas-me. Falaste de coisas que eu fiz um esforço enorme para evitar… Tentei ao máximo não confundir ou baralhar as coisas, mas já que insistes… Butes nessa.
As Mulheres, tal como os Homens, TÊM de ter todas essas coisas dentro delas. Já dizia o outro… puta na cama… É isso, o Eu completo e o Tu completo que se completam um ao outro. É o Nós, em que duas pessoas vão vivendo de “faceta” em “faceta”, confortáveis com o vêem e vivem. Simples. Ok. Há sempre facetas que saem mais do que outras… Todas temos uma Bardajona dentro de nós. Todas. Umas mostram mais, outras menos. Ela pode surgir quando vemos um casal apaixonado e pensamos “Foda-se, mas porque é que eu não tenho aquilo? É AQUILO que eu quero!” mas também pode surgir de uma forma mais assertiva, digamos, que obriga a agir sobre esse tal pensamento. Vai-se atrás. Faz-se por. São coisas diferentes. Há quem fique pelos pensamentos; há quem parta para as acções.
Tentei, no que escrevi, não falar na parte dos Homens porque, como é óbvio, é claro que a decisão é deles. É sempre deles nestes casos. No momento da tomada de decisão, não está lá mais ninguém. Só eles. É solitária a decisão. Se vão, se ficam, se fazem ou não fazem. “It takes two to tango…”. Não sou do tipo de Mulher que vai atrás da Bardajona pedindo satisfações pelo que “obrigou” o Homem a fazer… Essas sim reduzem o Homem a uma insignificância enorme. As que fazem cenas de ciúmes… São as que não confiam, as que acham que se não estiverem sempre com a trela na mão, o gajo foge… Nem sequer as culpo, responsabilizo, whatever. Mas vejo-as na equação… Impossível não ver. Mas elas só conseguem o que querem porque lhes dão isso. Simples.
Já disse isto a tantas pessoas e tantas vezes que me chateia: eu não tenho de confiar em mais nenhuma mulher deste mundo; tenho é de confiar no Homem com quem estou. Elas podem aparecer nuas, com notas e minis a saírem-lhes de todos os buracos, não interessa. A Fidelidade, esse desporto com tantas modalidades que se torna difícil dizer a palavra sem ser entre aspas, é, se quiseres, a segurança dos inseguros (também evitei falar nisto porque não queria baralhar as coisas, mas enfim…). É a bandeira que se ergue para fazer lembrar algo. Pode ser o tal sofá do conforto. Mas não é por termos a tal dor nas costas que, de um momento para o outro, se renuncia a esse “estandarte”. Não há desculpa. É uma decisão consciente. É pensada. É tomada. Não acontece sem mais nem menos. Não cai do céu. Não nasce da terra. Não. A Fidelidade é uma decisão. Tal como a Infidelidade o é. Há quem diga que é uma vocação… E cada um considera e tem em atenção o que quiser e bem entender para ser um ou outro.
As Bardajonas sabem-no? Claro que sim. Procuram os pontos fracos. Evitam os pontos fortes. São culpadas? “Não”. Instigam? Sim. Ganham? Nem sempre. Existem? SIM! Aos Homens, não os vejo como vítimas. Tal como não vejo como vítimas as Mulheres que caem nas “redes” dos Bardajões. Não. Seja por fraqueza, seja pelo que for, há situações que só ficam mal depois de haver outra pessoa que entra e destrói. Provoca o caos. Faz acontecer.
Resta a questão: como é que queremos ser lembrados? Ao menos que isso ajude a tomar as tais decisões.

‘Tás a ver? É o que dá. Tenho aqui pelo menos 5 posts… Cansas-me.

Me disse...

S.G. Ex-Fernando Pessoa,
Antes de mais… Olá!
Acabei por responder um pouco às tuas questões na resposta que dei ao V., mas, vá lá então…
Censura? Hmmm… Achas que censurei? Falei delas… Nem sempre falar ou referir algo é censura ou crítica… Penso eu de que...
É claro que tens razão quando dizes que uma Mulher só tem é de confiar no Homem que tem (a tal coisa que eu estou cansada de dizer… a cenas da notas e minis…). Não concordo contigo quando dizes que cair nos braços (e áreas circundantes) de uma Bardajona seja sinal de que a relação esteja no fim. Nem sempre. Muito menos essa é a atitude a tomar se o estiver. Tenho um problema com o meu Namorado logo vou traí-lo para ajudar a resolver? De uma forma ou doutra, acaba sempre por resolver, né? Pois. Ou se “perdoa”, ou se acaba. Mas não é solução. Há que enfrentar os problemas, não acrescentar mais lenha à fogueira… Haja ou não haja amor. Que haja, no mínimo, respeito. Que se resolvam as coisas como deve ser. Que, pelo menos, não fique a lembrança de “eu até queria tentar resolver, mas o gajo foi e traiu-me…” Entendes?
Legítimo fazerem o que fazem? Hmmm… Então para isso todos os estalos e bofetadas que levam na boca também são legítimos… “All is fair in love and war”… Ou não?
Todos nós temos direito a ir atrás do que queremos. Claro que sim. Mas quando o que queremos não é bem a pessoa… mas sim aquele tipo de relação, é legítimo “atacar” a “presa” na esperança que sucumba à tal tentação? E depois? É legítimo uma Mulher andar atrás do Homem de outra? É legítimo um Homem andar atrás da Mulher de outro? Não cobiçarás… (sei que andas chateado com o gajo lá em cima… mas pronto…) Ou não? Legítimo seria os três, juntos, cartas na mesa. Legítimo, honesto, sincero e sem merdas. Não concordo contigo nessa coisa da legitimidade… Conceito complicado… Traz demasiada água no bico… Mais 5 posts para escrever… ai!!

Obrigada pelas tuas palavras. Não sei se desmistifico… Acho que tento é tirar alguma da poeira que às vezes não nos deixa ver as coisas como deve ser… Não sei!
Tankiu pela visita e comentário. E parabéns pelo teu blog (quem não visitou que visite oh faxavôr – Blog dos 5 Pês).

:)

S. G. disse...

(só mais uma replicazinha)

infidelidade nunca. ponto final. eu o que disse é que se o homem não resiste às notas e às minis (eu não resisto, mas é a ver a bola) então é porque o amor não é suficientemente forte. daí que diga se houve traição não me parece que haja lugar para grande remendo. para uma bardajona que seduz isso é irrelevante. ela quererá o troféu (não saberá pois que há reflexos imateriais do sexo com alguém que se ama)...

(embora não seja legítimo andar atrás do homem de outra)

acho um piadão à dedicação com que escreves :-) eu tenho por hábito responder a todos os comentários, mas tu, para além de tirares a poeira aos assuntos, aina deixas a casa arrumada :-)

see you

Me disse...

Of course, segue a minha replicazinha também… :)
Infidelidade nunca? Não praticas ou não aceitas que pratiquem contigo? Serias incapaz de “perdoar”? Tentar esquecer? Sabendo que tinha sido um bardajão… que tinha sido um momento em que a tal falta de amor que falas levou a uma situação limite em que depois de instalado o arrependimento (partindo do princípio que o haja), se abrem os olhos e se vê o que realmente se quer? Em que se redescobre o amor? Quando o abanão mete tudo o sítio? Infidelidade nunca como? Não há mesmo remendo? Isto, levar-nos-ia a outro post: quem trai e quem é traído… E a outro ainda: resistir a trair ou pura e simplesmente nem admitir? Oh, pá. Vês o que digo? Impossível falar nestas coisas sem irmos por tantos caminhos que às tantas está tudo embrulhado…
Insisto. A falta de amor leva ao fim da relação (se assim for), não a uma traição. Sejamos frontais, sinceros, honestos e decentes, porra. Não temos de recorrer a uma traição para encostar alguém à parede e terminar algo que, talvez de outra forma, não teríamos coragem de fazer. É um trunfo sujo. E sim, o que resta depois disso, os espólios, nada interessam às Bardajonas e Bardajões. Eles já conseguiram o prémio que queriam… já ganharam a tal batalha… mais uma medalha para meter ao peito vazio. Mais uma memória para os acompanhar no sofá… sozinhos.
Ai achas piada? Bolas. Realmente, acho que me estico até dizer chega. Não gosto mesmo nada de equívocos. Gosto de me fazer entender e de entender. Sei que exagero… Mas pronto. É feitio, não defeito… (e ai de quem me diga o contrário!)
Essa coisa de deixar a casa arrumada… Não é tão bom viver numa casinha bem arrumadinha? Tudo no sítio? Não é tão bom recusarmos o caos e os espirros provocados pela desarrumação e excesso de pó? É como tudo na vida… Todos temos um cadito de Swiffer dentro de nós ;)

PKB disse...

Por vezes é mais fácil simplificar estas coisas. As coisas não são assim tão lineares.
It takes two to tango e a merda é essa...

Me disse...

Passaroca,
Nunca são e sim, a merda é essa...
*suspiro*
Beijos

S. G. disse...

minha querida,

(agora sou eu que abuso :P)

fidelidade não, nunca fui infiel (sempre terminei as relações antes de avançar para outras aventuras), não sei se alguma veztenha sido traído (ñão posso assegurar - julgo que não - mas isso só consultando as ex) e não vejo razão para tal. queres uma relação segura, namoras ou casas. não queres, ficas solteiro. nestas coisas das relações as coisas são muito simples, ou aceitas um compromisso, ou não há compromissos e assumem isso frontalmente. nada como o "acordo" ser muito claro. é isso que eu procuro.
(nisto parece que estamos de acordo. ou estamos a divagar tanto que nem nos entendemos? :-)

para mim depois de uma traição pode haver tentativas de reconciliação, mas deve ficar uma desconfiança intransponível (não sei. só falo do que sei)

tu o que consegues com a tua conversa é põr as pessoas a pensar em hipotéticas e estranhas formas de vida. confessa lá, adoras pôr o pessoal às voltas com os teus textos, não é ribatejana

:P

(desculpa lá o abuso)

Me disse...

Meu Abusado, :)
Sim, parece-me que estamos mesmo de acordo. Divagar fez-nos ver que nos entendemos. Quando não se quer, que se termine. Conversar é bom.
Eu, e agora vem um segredo… Shhh… acredito pia e totalmente nisso em que concordamos porque... Segredo: eu sei e acredito porque já traí. Eu sei e acredito porque já fui perdoada. Eu sei e acredito porque já fui traída. Eu sei e acredito porque sei que é imperdoável (o que é diferente de ser uma desconfiança intransponível… há quem recupere e muito bem… mas nunca se chega a perdoar… não verdadeiramente). Aliás, tão imperdoável que não perdoo a quem me perdoou… Não o devia ter feito. Eu aprendi a lição… Mas… fiquei com o “prémio”… Lixado. Muito lixado. Mete-nos no nosso lugar. Acredita. É mesmo do tipo: fodaaaaaaa-se. E quando o arrependimento é sincero, bolas. Cai-nos tudo em cima... sai tudo para fora. É impossível de descrever. Mesmo não fazendo ele mais parte da minha vida… foi a melhor/pior coisa que me pôde dar: o perdão. Esquisito, huh?
Isto da vida vai-nos dando umas belas lições. Vamos aprendendo às nossas custas e às vezes levámos os outros atrás. As dores de crescimento fazem doer não só a nós mas também a quem nos é próximo.
Nesta coisa das infidelidades, já estive de todos os lados da barricada… E nenhum é bom. Escolhi e decidi pela torre: ser fiel. Ponto final. É uma escolha. Uma decisão. Uma luta? Não. Quando é, é natural… não há esforço nenhum. É MUITO simples. Tão simples que parece uma anedota. Mas pronto.

Sinceramente, e em relação aos meus textos, não gosto de pensar que alguém lê aqueles assim mais sérios e desata numa de crise existencial… Valha-me Caredo! Quem sou eu!? Ninguém. Muito menos dona da verdade dos outros.
O que eu gosto é de saber o que pensam as pessoas. Informação é poder. Talvez para validar o meu ponto de vista? Talvez. Não que seja preciso… Mas pronto. Sabe bem. Já disse antes: às vezes considero-me um bicho… e depois desabafo aqui e vejo que não. Mas sim, gosto de “lutas”… Não fosse eu Ribatejana :)

‘Tas desculpado, oh SG – actual Abusado.
:)

Nuno T disse...

Apesar de estar a adorar a troca de ideias, quero só acrescentar que estou triste.
Porque para mim, Bardajona sempre se resumiu em 2 ou 3 palavras. Uma frase no máximo, vá.

Mas agora já tou contente, porque da próxima vez que disser: "epá, tens mesmo ar de bardajona", sei que estou a classificar a pessoa com todos os termos usados neste post.

Anónimo disse...

A troca de ideias gerada por este post, deixa-me fascinada, porque todas as opiniões são válidas mas a ausência de "impimgimentos" é mesmo o que me seduzzz...mas voltando a esse extenso tema: Bardajonas..penso que o asssunto está a ser um pouco reduzido a Classe bardajona/bardajão que nos f* emocionalmente e minha cara Me o que mais abunda são as Bardajonas (ões) que nos "atacam" nos locais de trabalho...ahh pois é, quem de nós nunca teve um(a) excelente colega hiperprestavel, sempre pronta a ajudar-nos (a ouvir-nos de enviezado) e depois...depois a cama do chefe(a) abre-se e a nossa promoção (quando não o proprio trabalho), esvai-ze em fumo. A bomba rebenta-nos na mão e não sabemos como sair porque nem sabemos como entramos :/
E aqui a culpa é de quem (se é que este termo pode ser aplicado)??? Do nosso chefe(a) que nos devia "proteger" e defenir-se quanto ao que quer??? ou nossa que (FELIZMENTE) não temos mentes obsessivo/paranoides e apesar de não confiarmos tambem não desconfiamos...pois é mas a logica é a mesma... com a diferença que nas relações afectivas doi mais, leva mais tempo a passar...e se no emocional se tenta perceber o lado da bardajona, justificando como ausencia de amor do fulano pela deixada...então no trabalho como se justifica??? Mau profissionalismo de quem até ali nunca falhou ( e muitas vezes desenrascou a bardajona na ingenuidade do termo "espirito de equipa" eheheheeheh)...aiai nada fácil e com pano para mangas, e Me se fores ao fundo descobrirás que o termo bardajona é mais lato do que aqui conseguimos aprofundar...
Ninguém é santo e todos temos "uma bardajona" dentro de nós, a diferença está em fazermos uso dela ou não...é nisso que se avaliam os nossos valores e personalidade..Quem queremos ser?? Comemos os restos ou fazemos uma refeição de raiz??

Me disse...

Nuno T.,
Conhecimento é poder. E há que chamar os bois pelos nomes... E as bardajonas também :)

Lizard King,
Claro. É claro que as Bardajonas e Bardajões existem por tudo quanto é sítio, provocando estragos que podem doer tanto ou mais que um coração partido... Mas, vê lá... começamos em Bardajonas e já vamos no tema ser ou não fiel... Isto tem de facto pano para mangas. Porque, o que na realidade estamos a falar, e como bem dizes, é de comportamentos, de atitudes. O fazer o certo, fazer o correcto, o confiar, o não mentir, a honestidade... Aplica-se a tudo e a todos. Nós depois damos é nomes a quem não cumpre estes princípios...
Como eu já sabia que ia acontecer, começamos no A e de repente, já vamos no X(iiiiiii).

Em resposta à tua pergunta: prefiro fazer a refeição de raiz. Até as minhas pizzas levam com massa feita de raiz... :)

Nada fácil ser-se humano e viver em sociedade... às vezes parece que nunca saimos mesmo da gruta...

Beijos para ambos

PKB disse...

Para mim a fidelidade tem a ver com amor-próprio e respeito por si mesmo (o que vai dar ao mesmo).

Andar aí a saltar de cama em cama não abona em favor de ninguém. É sinal de grande falta de respeito.

Dito isto, diria que há muita gente que acha que a sua cotação aumenta porque consegue ter mais do que uma pessoa ao mesmo tempo.

*WRONG*!

S. G. disse...

minha querida :-)

segredos? ui que lisonja, não sou merecedor dessa honra, mas já que insistes, eu agradeço(não sei como adinhaste que eu sou a pessoa certa para guardar segredos)

deixa-me que te diga que há certas coisas que não precisas de experimentar para saber que não são boas. muitas mesmo. mas dás-me razão na minha teórica ideia que as traições não são boas (dos dois lados da barricada) ou então tu és uma pessoa com valores e a consciência pesa a quem se digna a tê-la.

e também acho que ser fiel não dá trabalho, o amor sim. decididamente há sempre fases numa relação em que tens dúvidas e aí a solução não é procurar outra pessoa, mas sim lutar pela relação. contudo, e apesar dessa luta, haverá alturas em que não se podem enganar os sentimentos, nem os teus nem os do companheiro. e o fim é a saída.

enfim, quando há vontade de falar, nunca mais acabam as "cerejas" nas conversas.

ainda bem que fiz uma citação do teu blog, foi maneira de encontrar alguém que me explicasse o significado mais lato de bardajona :D

bjs

(abusado)

Me disse...

Passaroca,
Podes crer. Respeitinho é muito bonito. Já todos fizemos merda... já todos cometemos erros. Ao menos que sejamos "decentes" o suficiente para aprender com eles. Ao menos isso.

SG,
Ahhh bom! Eu sabia que te podia confiar um segredo!
Nós de facto não temos de passar por elas para crermos nas coisas. Claro que não. Mas às vezes precisamos sentir na pele... ou se confirma o que acreditamos; ou se desfaz.
E sim, ainda bem que fizeste a citação ao meu blog... Nunca fui tantas vezes a Braga na mesma semana... ;)

Beijos para ambos

S. G. disse...

ora então,

só isto, bom fim-de-semana.

bjs

Me disse...

E também isto,
Igualmente :)
Beijos

Toze disse...

Uma grande verdade!

"um amor pelo qual se tenha de lutar até à morte não é amor que valha a pena levantar um dedo sequer"

Me disse...

Olá Tozé,
Oh, pá. Tenho andado tão desleixada com os meus comentários no teu blog... desculpa-me...

E sim, mesmo que tenha escrito aquilo do "coração", acho que só percebi mesmo o que disse depois...

Obrigada pela visita
:)

Gata2000 disse...

Adorei a minucia, até porque já todas as Mulheres, se cruzaram um dia com uma dessas "senhoras" (desculpem-me as Senhoras)

Me disse...

Gata 2000,
Daí a minúcia... Sou boa ouvinte... Sou boa observadora... Sou Gaja. Como temos vindo a ver até aqui, todas nós (até mesmo as Senhoras), têm uma Bardajona dentro delas. Nem que seja quando dizemos a uma colega que não, não temos uma caneta para emprestar...
;)

Tankiu pela visita e comentário
:)

isabela martins disse...

Após ler tudo isto concordo contigo as bardajonas são o lixo da sociedade. Como costumo dizer ás minhas amigas até para se ser puta tem que se saber, as bardajonas são umas frustradas que têm como objectivo estragar a vida dos casais estão a cagar-se se existe uma família construida ou não, provocam os homens até mais não e os fraquinhoas caem na conversa só por uma quequa.
Na maioria das vezes essa quequa estraga-lhe a vida os otário caem direitinho na conversa da bardajona.
Já conheci algumas e pergunto-me, o tempo que andam para aí a estragar lares porque não se prostituem? Assim ganham guito e fodem á vontade, pois mas elas são tão bardajonas, que chamar-lhes prostitutas era ofença para as mulheres que trabalham no ramo que por vezes estão lá porque não têm alternativa.