30.5.08

Bring it on!

imagem: google Farta desta merda. Mais farta ainda de pessoal que me insinua que as dificuldades de venda da minha casa têm a ver com razões esotéricas e espirituais e de karma e sei lá o quê. Mas que raio?! Parecem a Sharon Stone a dizer que terramoto na China foi mau karma pelo que os gajos fizeram e fazem com Tibete… Dasse. Como se o universo, o mundo e todas as suas forças não tivessem mais nada que fazer a não ser atrapalhar a venda de um T3 em Samora Correia. Ahhh! Não! Esperem! Já percebi! Sou eu! Eu é que tenho um campo de forças negativas e maléficas a rondarem-me a cabeça e a influenciarem tudo quanto faço e me acontece! Sou eu! Eu ando a fazer isto a mim própria! Ai, não! Esperem! Sofro de mau-olhado! Sofro de uma qualquer bruxaria ou mesinha com farinha amparo e bicos de galinha guisados em molho de tomate que foi cuidadosamente metido ao lume enquanto se pensava na minha boa fortuna! Sim! Deve ser isso! Há por aí uma pessoa ou um grupo de pessoas que meteram mãos à obra e decidiram que eu seria o alvo preferencial para fazer subir todos os espíritos maus dos confins do inferno para me persseguirem! E onde foram parar? À Imobiliária Filha Bastarda do Demo! Claro. GPS avariado, certamente. Não era mais fácil fazer cair um avião na minha sopa? Acabava-se logo a brincadeira de uma só vez! Incompetentes de um corno! Falta de planeamento, de visão, de objectivos! Valha-me caredo, minha gente. Ganhem juízo. Qualquer dia ainda me vêm dizer que tudo isto é castigo divino por eu não ir à missa, não comer todos os meus vegetais e por ultrapassar os limites de velocidade nas localidades… Por isso, e dentro do princípio da reciprocidade, oh Universo, tu que andas a conspirar contra mim, vai-te cagar pá. Vai. Te. Cagar. Podes perseguir-me o que quiseres, através de bancos, seguradoras, imobiliárias… o que quiseres. Vá! Bring it on! Tenho as costas largas. Eu aguento-me. Vá! Fixe, fixe era fazeres cair um avião lá no T3… pensa nisso. Muito mais eficaz… Mas faz isso durante o dia que não está lá ninguém no prédio… Vá. Dá lá esse jeitinho. Ahh! Já sei. Já sei o que tenho de fazer para inverter o cosmos! E que tal uns rissóis de língua de bacalhau com merda de galinha virgem recolhida precisamente às 22:34 horas numa noite de lua cheia vestindo fato de mergulho e cantando o tema do Simpson’s aos gritos, com raminhos de hortelã e salsa no cabelo, por baixo do capacete de mineiro e peruca feita de pelos de foca parideira da Argentina? Já ouvi dizer que é muito eficaz para combater esses espíritos maus… Têm medo que se fartam de galinhas virgens! Dasse!

28.5.08

Houston, we still have a problem.

Ela – O que é que tens? Estás tão triste… Não gosto de te ver assim… Eu – Nada. Ela – Diz lá, porra. Estás mesmo com ar triste… Eu – Desmarcaram-me a escritura. Ela – Ohhh! Mas porquê? Eu – A gaja é gorda. Ela – Hahahaheheheh!!! hihihih hahah!!! heheheh!!!! Não vá. Diz lá. A sério. Eu – A gaja é gorda. Ela – O quê? Eu – A gaja é gorda e totó. Deve ser a única mulher a dizer a verdade quando perguntam o peso. A seguradora agora quer fazer exames a tudo… Devem agravar o prémio do seguro… Ela – ‘Tas a falar a sério? Pensei que estivesses a gozar com a minha cara! Eu – (silêncio) Ela – Hahahah!!! Heheheheh!! Hhihihi!!! Hahahehahehah!!! Hahehahhihihhahehhihehaheh!!! Eu – Oh, pá. Só tu para me fazeres sorrir agora. Ela – Pensava que estavas a gozar!!! Hehahehaheha!!! Eu – Não. Não estou. Sim, minha gente. É mesmo a sério. É mesmo verdade. É mesmo assim. Eu devo ter uma vaca de uma estrelinha com um sentido de humor tão macabro e cruel que isto nunca vai acabar. Há-de a senhora fazer dieta e perder 20 quilos que a seguradora vai e faz análises na mesma… Não vá ela ficar magra demais… Houston, we still have a problem. Fix it. Now!

27.5.08

Houston, we have a problem.

imagem: google
Houston, we have a problem. Escritura foi desmarcada. A mulher do comprador, pelos vistos, tem peso a mais. Quando preencheu o questionário da seguradora, disse a verdade. Agora, querem fazer testes de esforço e análises ao sangue e tudo e mais alguma coisa. A seguradora não avança até estar tudo feito. O comprador, tendo em conta que tínhamos tudo marcado para dia 4, não vai estar em Portugal para nova data (agendaram-lhe trabalho para dia 4 à tarde… é camionista…). Logo, tem de se fazer procuração para alguém ir à escritura em nome dele. Em princípio vai ser o gajo da imobiliária. Gajo esse que também vai com a senhora fazer os exames agora na quinta-feira. Nova data? Não se sabe. Talvez lá para dia 11… Aviso a todos os camionistas e pessoas com peso a mais neste país: os bancos e seguradoras não gostam de vocês. Emigrem. Este país é para pessoas perfeitas. Com empregos perfeitos. Com corpos perfeitos. Com saúde perfeita. Com contas bancárias perfeitas. Tudo perfeito. Quem não o for, não leva nada. Emigrem. Talvez faça o mesmo. Sei perfeitamente que não me encaixo nestes padrões.
Emigremos.

26.5.08

Não consigo.

imagem: google Isto tem andado animado. Vou partilhar convosco uma das razões para tanta animação. Acho, sinceramente, que estou a atravessar uma espécie de fase de desencanto com algumas coisas. Por circunstâncias da vida, não sei bem quais, mas aconteceu recentemente estar numa situação em que pude testemunhar, de perto, a tomada de decisão talvez mais antiga do mundo: o que é verdade e o que é mentira? Verdade ou mentira? Que verdade? Que mentira? Há sempre vários tipos. Claro que há. Há ainda mais formas de ver uma mesma questão. Normalmente, vemo-la da forma que mais nos convém. Claro. Eu pude testemunhar a decisão nada fácil de uma pessoa bastante chegada que foi confrontada com a seguinte opção: continuar a viver sob uma pretensa/suspeitada mentira (ou não verdade) ou descobrir a verdade pura e absoluta. Não interessa o assunto em questão. Permanece a decisão. Eu, resoluta e firme na minha convicção de que vale toda e qualquer verdade sobre toda e qualquer mentira, talvez por ser insegura ao ponto de conseguir lidar melhor com uma verdade (que seja minha, claro, e não necessariamente para os outros ou para quem ma conta), por muito dura que seja, do que com a possibilidade de mentira. Detesto viver na dúvida em relação ao que for. Faz-me mal. Dá-me comichões. Consome-me. Enche-me de mal-estar e mágoa. Verdade acima de tudo. Mantenho-me firme nesta convicção. Saber a verdade é um mecanismo de defesa, se quiserem. Mas, como é óbvio, nem todas as pessoas pensam desta forma. Ou porque não precisam da verdade para continuar a viver, ou porque já tomaram as suspeitadas mentiras como sendo as suas verdades. Algo é verdade porque passamos a acreditar nela? Ou permanece mentira na mesma? Se for essa a nossa verdade e se for com base nessa informação que tomamos decisões e respiramos o ar que nos rodeia? É a nossa verdade? É. Mas, não penso que seja por nós acreditarmos numa coisa que ela passa a ser verdade naquela escala universal que diz se as coisas são verdade ou mentira. Se são reais ou inventadas. Isso são valores absolutos. Nada os muda. Nós podemos é não ter toda a informação de que precisamos para termos total conhecimento do que é verdade e do que é mentira. E se tivéssemos? Se tivéssemos a possibilidade de agir sobre uma suspeita de não-verdade ou mentira? Virávamos o nosso mundo de pernas para o ar em busca dessa verdade? Ou pesaríamos os prós e contras dessa descoberta? A verdade vale pela verdade ou vale mais se não trouxer dor e mágoa? Se tomar conhecimento dela não alterar o que já era? Pensar nas consequências de uma mentira faz-nos perder a vontade de a descobrir? Pensar nas consequências de uma verdade faz-nos perder a vontade de a descobrir? Tenho uma amiga minha que diz que as pessoas, no geral, gostam de viver enganadas. Gostam de viver sob alçada de uma mentira piedosa ou sob o chapéu de uma verdade não completa do que ter a totalidade de uma ou outra nas mãos. Ela diz que saber isto sobre o ser humano é meio caminho andado para o sucesso, para uma vida descansada em que sabemos, à partida, que as pessoas só vão crer naquilo que querem, que não vão fazer grandes esforços para descobrir nem uma nem outra. Que o meio termo é o ideal. Nem verdade nem mentira. Infelizmente, tenho de concordar com ela. Vejo isso todos os dias. Vejo isso com pessoas que me são chegadas e que preferem passar o tempo a debater as razões de busca de uma verdade ou mentira em que vez de se preocuparem que o simples facto de já estarem a debater isso é porque algo não está bem. Todos os dias assisto a pessoas que tomam decisões com base em informação seleccionada de antemão para melhor justificar aquilo que queriam e desejavam fazer desde o início. Já sabiam o fim que queriam; arranjaram os meios. Todos os dias vejo olhares incompletos, olhares vazios que se fecham perante a ameaça de algum pedaço de informação que possa obrigá-las a abri-los de vez. Pessoas que, cheias de medo, fazem tudo para evitar o sofrimento que a confirmação desse medo traz. Não sei se estou a ser boa amiga ou pessoa sequer quando digo que, para a busca e descoberta da verdade, incluindo as suas consequências, estarei presente a cada passo do caminho, mas que se for para continuar na busca de argumentos que possam, de alguma forma, minimizar ou fazer desaparecer as suspeitas de mentira, eu não vou estar. Não consigo, enquanto pessoa e muito menos enquanto amiga, alimentar a continuação de uma possível mentira arranjando formas de a negar. Quase como se todos os dias se tivesse de arranjar um pedacinho de qualquer coisa que poderá aniquilar aquele outro pedacinho de possível mentira. Como se fosse um puzzle a ser construído contra um quadro de suspeitas devidamente organizadas e arranjadinhas até estarem todas tapadas e esquecidas. Não consigo. É mais forte que eu. Simplesmente não consigo.

Porra, pá

Que merda de maneira de acabar um fim-de-semana de merda... Com uma merda de segunda-feira.
Caredo.
Não há, de facto, justiça no mundo.

25.5.08

Bosta de fim-de-semana

imagem: google
... e ainda não acabou.

23.5.08

Locked

imagem: google
Sinto-me como este poste. Para além de firmemente implantada no chão, ainda tenho um cadeado a impedir-me de sequer pensar em me mexer. ‘Tou assim. O que vale é que amanhã é fim-de-semana, vou entregar o IRS, vegetar no sofá, fazer de conta que estou de férias… O melhor de tudo é que cada dia que passa, fico mais perto do dia 4 de Junho. Vivo para esse dia. Se algum dia tiver filhos, vou fazer tudo para que nasçam nesse dia. Ai, vou. Bom fim-de-semana minha gente. Bom fim-de-semana.

19.5.08

Às armas!

imagem: google
Ontem vi uma reportagem na televisão em que jornalista e respectivo cameraman andavam pelas ruas de Lisboa à procura de sinais de apoio à selecção (mais especificamente, bandeiras portuguesas à janela, etc.). Não encontraram. Conclusão: os portugueses não estão a apoiar a sua selecção. Mas oh que grande merda. Eu gosto de futebol (já gostei mais). Sou benfiquista (já fui mais). A selecção há-de ser sempre a selecção (nem mais nem menos). Agora, por amor das bolinhas aos saltos, não me venham pedir que apoie um grupo de homens crescidos que ganham mais num mês do que eu em vinte anos porque tiveram a sorte de poder usar os pés em vez da cabeça para ganhar a vida e que, também por sorte (e algum mérito) representam um país como o nosso que, em abono da verdade, pouco mais tem a mostrar do que a tal predisposição genética dos seus cidadãos para dar chutos numa bola. Querem que eu, orgulhosamente, coloque uma bandeira na minha janela, como forma de mostrar àqueles senhores que “estou com eles”? Eles lá precisam de nós! Precisam do nosso apoio para quê? O trabalho deles é jogar à bola. Só têm é que fazer o melhor que sabem e podem. Não é por 10 milhões de bandeiras que vão, de repente, chutar melhor, posicionarem-se melhor, não cometer faltas, marcar golos. Deve haver muita gente a ler isto e a pensar que estou aqui numa de blasfemar tudo quanto é sagrado. Futebol. Sagrado? O que é que eles ajudam o país? Digam lá. Ajudam no quê? Em elevar o nosso orgulho nacional? Em relação ao futebol? Não há nada mais nobre do que isso? Oh Noruegueses d’uma figa! Tomem lá! O nosso sistema de saúde é melhor que o vosso!! Cof-cof!! Oh Suecos filhos d’uma granda Sueca!! O nosso sistema de segurança social é melhor que o vosso! Oh Alemães e Almôas! Querem ver? Nós temos melhores estradas e condições de trabalho do que vocês!! E melhores escolas! Oh Ingleses Come On’s! Nós somos mais bem educados que vocês, foda-se!!! E não cuspimos para o chão! E pedimos licença! E somos respeitosos! E pedimos desculpa! Desculpem lá qualquer coisinha! Eu sei que uma coisa não tem a ver com a outra, mas quando me pedem para apoiar uma selecção que representa um país, temos de ter noção do que estamos a apoiar. No nosso caso, o dos portugueses, estamos a apoiar uma data de rapazolas bem-parecidos, ricos, sem preocupações de maior na vida (pelo menos não tão térreas como a da maior parte de nós…), que, na maior parte dos casos, nem em Portugal jogam, que integraram um brasileiro (português, pronto) na selecção porque no meio de tanta gente não há nenhum portuga capaz de fazer o que ele faz. Oh por amor das bolinhas. Recuso-me a apoiar visivelmente (o que não significa que não veja os jogos, que não grite de frustração, que não chore de alegria…) este país (ou seus “representantes desportivos”), pendurando uma qualquer bandeira à minha janela. Recuso-me. Nós não merecemos. O que merecemos, aí sim, é o país que temos. E esse, não fossem as bolinhas bem apontadas para o fundo das redes adversárias, nem sequer seria conhecido desses mesmos adversários. Perguntem a um qualquer estrangeiro… Conhece Portugal? Sim! Figo! Eusébio! Cristiano Ronaldo! Tudo quanto somos resume-se a um campo de futebol. É esta a imagem da qual tanto nos orgulhamos. Às armas my ass.

16.5.08

Aleluia

imagem: google
Tenho uma má (péssima, quiçá) notícia para todos. A escritura da casa está marcada para dia 4 de Junho, por isso, vão terminar as divagações aqui da Je em relação a este assunto. Devo dizer, em abono da verdade, que vou ter saudades. Não há nada como contactar com gente totó umas duas ou três vezes por semana para podermos dar valor aos que nasceram genericamente pré-dispostos para a inteligência. Gosto mesmo de pessoal inteligente. Passei a dar muito mais valor às pessoas inteligentes, trabalhadoras, competentes… úteis ao mundo e universo. E pronto. Em breve os Senhores da Imobiliária Filha Bastarda do Demo vão pertencer ao passado. Aleluia.

13.5.08

Pirilampos

imagem: google
Ontém à noite. Eu e o Saxo. E não só…
Eu – (esfumaça, esfumaça, esfumaça…) Saxo – Radio comercial! Blah-blah-blah! Yeah, yeah, yeah… Eu – Chega-te para trás… Estás muito perto de mim… (olhando pelo retrovisor)… Estúpido… Chega para trás… (encostei um pouco à direita… deixando-o passar… Não passou, mesmo não vindo ninguém de frente). Saxo – La-la-ri-ir-la-re-li-lo-ro-la-la-la Eu – Ai o caralho… Passa, porra! (cheguei-me novamente para a direita… Nada). Saxo – Blah-blah-yeah-yeah-la-la-li-ri… Eu – Olha, merda! (larguei beata de cigarro janela fora e continuei viagem a 110 kms hora) Carro que vinha atrás – Pirilampos, pirilampos, pirilampos… azul, azul, azul, azul. Eu – Foda-se. Outra vez*. Puta de sorte. Vou ser a primeira pessoa a ser multada em Portugal por ter atirado fora uma beata. E velocidade ao mesmo tempo. Oh, foda-se. (parei o carro...) Sr. da BT – Boa noite senhora condutora. Eu – Boa noite. Sr. da BT – Os seus documentos e os da viatura. (dei-lhe logo tudo de uma só vez…Ele pegou, foi ver o selo… voltou.) Sr. da BT – Dna XPTOA, já ingeriu bebidas alcoólicas hoje? Eu – Nem hoje nem na última semana! Porquê? Sr. da BT – Pode acompanhar-me? Eu – Onde? Sr. da BT – À nossa viatura para fazer o teste do álcool. Vinha a fazer uma condução perigosa (ele, em abono da verdade, não disse perigosa, disse outra coisa qualquer despropositada que não me lembro… um termo técnico qualquer da BT… sei lá) Eu – Teste? O quê? Você acha que eu estou com álcool por me estar a desviar de vocês ali atrás? Vocês vinham demasiado perto! Estava apenas a desviar-me. Eu não bebo álcool… Sr. da BT – Dna XPTOA, pode acomp- Eu – Eu faço o teste! Eu faço! (saí do carro, tranquei-o e fui com o Sr.) Eu – Você não pode partir do princípio que eu estou com álcool por me estar a desviar para deixar passar o carro que vinha atrás. Eu até sou alérgica ao álcool. Não bebo. Sr. da BT2 – Boa noite. Eu – Boa noite. Vocês vinham demasiado perto! Sr. da BT – Você não pode colocar em questão a razão da fiscalização. Se vimos uma situação que possa ser potencialmente perigosa, temos de actuar. Eu – Ok, ‘tá bem, mas… Sr. da BT2 – Alguma vez fez o teste de álcool? Eu – Que me lembre não… Quer dizer… Não. Nunca (“que me lembre”, valha-me caredo…) Mas vocês também não se podem aproximar tanto dos carros da frente! Eu estava a deixar-vos passar. Nem sabia quem era. É uma prática comum… o pessoal encosta-se e deixa quem vai com pressa passar… Sr. da BT 2 – Assopre aqui, de uma só fez e com força, se faz favor. Eu - (assomprando, depois de ter atirado fora a pastilha para a estrada...) Sr. da BT – ‘Tá bom. Sabe, é que até por uma questão de segurança… Eu – Por uma questão de segurança digo eu! Então, se eu tenho um carro assim tão próximo de mim, tão colado, tento evitar perigo para mim, não é? Sr. da BT – Pois… E com as coisas que andam para aí hoje em dia… nunca se sa- Eu – ‘Tá a ver? Vocês não se deviam aproximar assim tanto! Levam a que se reaja de uma forma que pode não ser a melhor. Sr. da BT – Então, obrigada e uma boa noite. Eu – Boa noite. è que eu sou mesmo alérgica... Bem, não é bem alérgica, não posso é beber. Faz-me mal à saúde...
Sr. da BT - (meio sorriso meio amarelado...)
E fui-me embora. Lá me safei… bolas. Quase que lamentaram a situação. O condutor (Sr. da BT2), nem me disse mais nada sem ser o boa noite. Depois admiram-se de as pessoas acharem que eles andam à caça às multas. Vieram atrás de mim uns dois quilómetros. Podiam-me ter multado pelo cigarro e pelo excesso de velocidade e pela pastilha… Mas enfim. Desta vez passou.
*Há uns bons meses (1 ano, por aí), saída da auto-estrada em Vila Franca… Eu, no meu fantástico 206 XS 1.4, 75 cvs, estava com pressa de chegar a casa quando sentimos (eu e o querido 206) que BMW 320 se aproximava… Sentido o efeito do "picanço", respondemos… Ultrapassava eu, ultrapassava ele… Passava eu, passava ele… Frouxo, pensava eu enquanto puxava pelo 206. Há gente que não merece os carros que tem, insistia eu… Quase no final da Recta do Cabo, pirilampos, guinchos, buzinas, tachos, holofotes, neons, etc. Pensei – foda-se (várias e repetidas vezes). Parei. O Sr GNR sai do carro e aproxima-se. Conheci-o (é lá da terra…). Eu – Oh, pá! És tu! Atão tu vens-me assim a picar! Assustaste-me! Porra, pá! Ele – Desculpe… O quê? Eu – Desculpa o quê, o quê, pá? Ele – Ahhh! XPTOA! Não te estava a conhecer! ‘Tás boa? Eu – Ehhh… prefiro que não me andem a perseguir… E tu, ‘tas bom? Ele – Sim, claro. Mas ouve lá, aquela última ultrapassagem… fizeste o carro da frente desviar-se… Tens de ter cuidado! Eu – Não fiz nada! Ele não se mexeu… O que é que tu pensas que viste? Vinhas lá tão atrás… Só viste foi luzes… Ele – Estava era a ver que aí o calhambeque se virava lá na curva a sair da auto-estrada… Hehaheha!!! Eu – Calhambeque? Só me apanhaste porque tens os pirilampos! Manda beijos meus à tua esposa e à filhota! Tenho mesmo de ir! Ele – Ok… Vai-te lá embora então.. Eu – Ouve lá, queres ver os documentos? Aproveita… Ele – Não, pá. Não é preciso. Eu nem estou de serviço… Ia a caminho de casa… Eu – Mas o carro não é teu… Ele – Não… sou condutor do Sr. Tenente Coronel Capitão Sargento Cabo Soldado Dr Professor XPTO… Eu – Ahh… muito bem. Atão, cuida bem do carrito. Porta-te bem! Ele – Ciao, boa viagem. Eu – ‘Deus! Encontros com as autoridades tendem a correr menos mal, como se pode ver. Ehhh. Até o dia! Em relação a outros assuntos… Still waiting. Still.

12.5.08

Waiting

imagem: google
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9.5.08

Apetece....

imagem: google
Eu não sou de desistir de nada. Não sou. Mas que quase apetece, apetece.
Hoje de manhã, na conservatória, correu tudo bem. Estive lá que tempos para assinar o meu nome (de acordo com o BI… importante). Entre conversas sobre as mais valias (foda-se) e registos e pré-registos e escrituras e sei lá o quê, o Sr. que Trata das coisas das Conservatórias refere, de passagem, que vai entregar também um pedido de certidão.
Eu perguntei que certidão seria essa.
Respondeu que era uma certidão obrigatória de declaração de não dívida (ou uma merda qualquer) a apresentar no banco para eles poderem, em segurança, liquidar o empréstimo depois de recebermos o dinheiro da venda.
Disse também que isso demorava aí uns 5 dias…
Fez careta.
Eu desfaleci. Por dentro, desfaleci.
Para me trazer de volta à vida, disse que o banco não iria dar entrada do pedido de liquidação (ou o raio que o parta) sem a tal certidão e que a emissão do parecer deles podia demorar duas semanas, dependendo do tempo demorado pela conservatória em entregar a certidão.
Desfaleci novamente.
Como forma de me animar, disse que, correndo tudo bem, lá para dia 30 deste mês devemos poder marcar escritura.
Não consegui dizer nada.
Depois de nos terem contactado uma semana depois de os compradores terem ido assinar os pré-registos; depois de termos estado uma semana à espera que o Co-Proprietário do Imóvel pudesse comparecer, ainda temos de estar mais este tempo à espera de uma coisa que eles, a Imobiliária, já podiam ter feito há mais tempo, logo que soubessem da assinatura dos pré-registos.
Não consegui dizer mesmo nada.
Assinei aquela merda e vim-me embora.
Eu, ingenuamente, pensava que a incompetência e displicência tinham limites… Pensava, sinceramente que sim. Pensava que havia uma espécie de limite imposto pela natureza em relação ao fazer merda.
Não.
Não há limite.
É ilimitado.
Cada um pode ir fazendo a merda que quiser, durante o tempo que quiser e com a intensidade que quiser que não há nada que diga que ultrapassou os limites… excedeu o limite de velocidade… fez mais merda que a quota pessoal anual, mensal, diária…
Por isso, meus senhores e senhoras, fiquem sabendo que caso algum dia o desejem fazer, têm livre trânsito para fazerem a merda, praticarem actos de profunda incompetência e ter atitudes de total mentecaptez (não, não existe a palavra… passa a existir agora) de acordo com vossa total e ilimitada vontade.
A natureza, coisa fantástica, não estabelece limites ao ser humano.
Tudo é possível.
Tudo pode acontecer.
Com maior ou menor esforço, o mundo é vosso (nosso).
Bom fim-de-semana, minha gente. Bom fim-de-semana.

8.5.08

Mê-Mês, Café e CSI

imagem: m-ms.com (tankiú!)
Querem que eu publique alguma coisa. Eu, que neste preciso momento estou em casa (meia noite de 4ª), cheia de sono, a escrever isto e a ver CSI Miami (no AXN) depois de ter comido aí um meio quilito de cerejas (adoro, adoro, adoro), tenho de publicar alguma coisa. Por isso, aqui estou eu a publicar. O que vai ela dizer, perguntam alguns? Porque não se cala? Perguntam outros. Vou fumar um cigarro e já venho, respondo eu. Com licença… Já venho. Voltei. Então, lembrei-me de uma coisa por causa da coisa das cerejas… São como as conversas… Bem. Sempre tive o hábito de comer coisas quando estou ao pc a “más” horas. Normalmente, é por motivos de trabalho. Hoje não. Relax (ou vício) mesmo. Quando andava a estudar, só tinha aulas da parte da tarde, por isso ficava acordada até tarde a estudar (ou não). Normalmente, em época de exames (etc) ia para o escritório, maço de tabaco numa mão e rádio na outra e depois de meia hora de afincadas tentativas em me concentrar, saía e ia até umas bombas de gasolina (das que estão abertas 24 horas) e comprava um pacote de batatas fritas (Ruffle’s Sal) e uma lata de Coca-Cola. Era a minha gasolina, como eu dizia. Não o fazia sempre, mas fazia-o. Mais tarde, quando andei na pós-graduação, mudei. M&Ms com “minguin”. O projecto final obrigou a muitas noites de trabalho… e muitos M&Ms… centenas e centenas deles. “Chocolate ajuda o cérebro. Brain Food”, desculpava-me eu. Quer dizer, até ajuda, mas pronto… Eu gosto mesmo é de batatas fritas e M&Ms (não necessariamente ao mesmo tempo). Agora, numa outra fase da vida, já com mais idade e já mais pensada, mudei novamente. Doritos com aquela cena do molho salsa… Até experimentarem estar a trabalhar às 3 da manhã e ir comendo Doritos com Molho Salsa, não sabem o que é viver. Não sei o porquê deste meu hábito de ir comendo alguma coisa, até porque só me dá para isto a altas horas… Enfim. E então, continuando a conversa, devido a este hábito ou mania ou vício, whatever, lembrei-me que há um em particular que todos quanto conheço conhecem perfeitamente. O Café. Eu fumo. E adoro café. Eu adoro café e um cigarro. É justo, certo? Pois. Mas eu gosto que o café dure o mesmo tempo (ou mais até) que o cigarro. Os apressados da vida bebem o café em duas vezes e pronto. Eu não. Vou saboreando. Bebendo aos poucos. Esfumaçando. pregando sustos aos empregados e empregadas de mesa quando me tentam levar a chávena e eu lhes grito um desesperado NÃO! Depois há sempre a tal cena de fazerem cara de surpreendidos e olharem para dentro da chávena para ver o que se passa. Depois, invariavelmente, e vendo uma chávena meia de café, perguntam “Ainda não acabou?” ao que eu respondo “Não… Ainda não…” ao que eles respondem “Ahhh! Veja lá! Pensei mesmo que tivesse acabado!” ao que eu respondo “Pois… mas não… hehaheha!!!” ao que eles perguntam “Gosta do seu café frio?” ao que eu devolvo “Gosto de café” respondendo eles com caras confusas “Ahhh… Então esteja à vontade”… ao que eu replico com um sorriso e uma mão fortemente agarrada à chávena. É sempre assim. Quem me conhece, sabe como é e já nem tenta roubar (sim, roubar!) o meu café. Quem não sabe… Passa a saber. Manias! O que é que se vai fazer? Passar a beber chá? Nopes. Não gosto de chá frio. Já agora, já que aqui estou, aproveito e confirmo que de facto irei realizar a assinatura dos pré-registos ou whatever na sexta-feira, logo pelas 9 da manhã. Ahhh pois é. Eu e Co-Proprietário do Imóvel iremos os dois, juntamente com o Sr. que trata das coisas das Conservatórias, tratar de pré-registar a casa para o nome do Sr. Moldavo (a quem eu estarei eternamente grata… sniff!!). Vou deixar de ser Co-Proprietária!!! YEAH!!! Mandar vir carro! Comprar casa nova!!! Minha!!! YEAH! YEAH! YEAH! YE-YE-YE-YEAAAAAAAAAH!!!! (Porra que as cerejas são fortes, estarão alguns a pensar… Passou-se, estarão outros. Tenham mais cuidado com o que me pedem quando estou com sono, direi eu, com sorriso nos lábios e olhos marejados de emoção... ou não). Vou fumar mais um cigarrito… beber qualquer coisa. E depois vou-me deitar. Faltam 20 para a 1 da manhã… 19 para a 1… 18…… (parte boa do CSI… agora da SIC…)… 14…. (oh xedásse)... 12… ‘Cabou!

5.5.08

Convem apressar...

imagem: quero lá saber da merda da imagem. sítio do costume.
Hoje de manhã.
1. Eu – Estou sim? Ela – Estou. Dna XPTOA? Eu – Sim… Diga. Ela – Fala XPTOA2. É para saber quando podem ir à conservatória assinar os papéis. É que os compradores já assinaram e para marcarmos a escritura o mais rapidamente possível, é preciso que venham os proprietários do imóvel assinar os documentos. Eu – Ahh… Eu posso ir aí amanhã. O Co-Propritário do Imóvel – não sei. Tenho de falar com ele. Eu já volto a ligar. Ela – Ok. Até já. Eu – Até já. 2. Co-Propritário do Imóvel – Estou? Bom dia! Diz… Eu – Olá. Bom dia? Não… Os cabrões da imobiliária estão cheios de pressa para irmos assinar os papéis na conservatória. Quando é que podes lá ir? Co-Propritário do Imóvel – Ahhh… Tenho de ver, mas em princípio só na sexta de manhã. Vai lá tu antes que eu depois vou. Eu – Ok. Então se puderes ir antes, avisa porque acho que temos ir os dois. Co-Propritário do Imóvel – Ok. Vou ver aqui com o chefe. Eu – Então, já te volto a ligar. Co-Propritário do Imóvel – Ciao. 3. Eu – Estou? Fala XPTOA. Ela – Olá. Então? Já me pode dizer alguma coisa? Eu – Posso pois. Eu posso ir aí amanhã. O Co-Propritário do Imóvel só na sexta…
Ela – Sexta? Mas isso é no final da semana... Eu – E? Eu já tinha avisado que ele tem uma situação profissional complicada em termos de disponibilidade. Não posso ir eu assinar primeiro e depois ele ir quando puder? Ela – Não. Não dá para dar entrada e saída do processo assim duas vezes. Eu – Desculpe mas não estou a perceber. O processo não está na conservatória? Não posso lá ir assinar e depois vai lá o Co-Propritário do Imóvel? Ela –Não! Nós é que temos a documentação e o que fazemos é acompanhar as pessoas à conservatória para assinarem e não pagarem nenhum reconhecimento de assinaturas. É que os compradores já assinaram! Eu – Ai sim? E quando é que eles assinaram? Ela – Deixe-me ver… Só um momento. Eu (em pensamento: És muita burra se me disseres… vá, diz lá… ‘tou mesmo a ver…) Ela – Assinaram no dia 29 de Abril, por isso, pode ver a nossa urgência. Eu (em pensamento – Bingo!!) Eu – Desculpe? 29 de Abril? Isso foi há uma semana! Só nos avisam agora? Porque não ligaram na mesma altura? Já nos podíamos ter organizado e ninguém precisava estar à espera de ninguém… Não acha que devia ter falado antes? O Co-Propritário do Imóvel só pode sexta. Por isso, vamos ter que aguardar. Lamento. Ligasse mais cedo.
Ela – Pois, estas coisas não passam por mim… Eu – Claro que não. Claro que não. Quando souber de certeza o que se vai passar volto a falar consigo. Ela – Ok. Obrigada. Eu – Bom dia. 4. Co-Propritário do Imóvel – ‘Tou? Então? Eu – Foda-se para estes cabrões. Temos de lá ir os dois, por isso, quando souberes de alguma coisa, diz, ok? Co-Propritário do Imóvel – Ok. Vou tentar que seja antes de sexta. Eu – E mais não se pode pedir. Vou falar com eles. Co-Propritário do Imóvel – Ciao. 5. Gajo da Imobiliária (o original) – Estou sim? Eu – Não era consigo que queria falar… A Dna XPTOA2 não está? Fala XPTOA. Gajo da Imobiliária (o original) – Ahhh. Ela está mas pode falar comigo. Eu – Olhe, eu nem vou comentar esta situação das assinaturas da documentação para a conservatória. E antes que me pergunte porquê, eu explico. Eu já tinha avisado que a situação profissional do Co-Proprietário do Imóvel era complicada e vocês esperam até uma semana depois dos compradores assinarem os papéis para falarem connosco? E agora querem tudo para ontem. Não conseguimos. Na pior das hipóteses, sexta. Lamento. Gajo da Imobiliária (o original) – Pois… sabe… é que… Sim, pois. Eles já assinaram já…. Eu – Vamos tentar que seja antes de sexta. Assim que souber alguma coisa, volto a falar consigo. Mais não consigo fazer. Lamento. Gajo da Imobiliária (o original) – Ok. Então depois fale com o Sr. XPTO que é ele quem trata das coisas da conservatória. Eu – Ok. Obrigada então. Bom dia, com licença. Gajo da Imobiliária (o original) – Bom dia… Sim. 6. Sr. que trata das Conservatórias – Estou, bom dia, Dna XPTOA. Bem disposta? Eu – Olá! Bom dia Sr. que trata das Conservatórias. Diga. Sr. que trata das Conservatórias – Era para confirmar que vêm cá na sexta. O Co-Proprietário do Imóvel já sabe, não sabe? Eu (em pensamento – foda-se para esta merda de estarem sempre a perguntar se o outro sabe ou não sabe foda-se parece que estou a fazer tudo às escondidas foda-se) Eu – Claro que sabe, não é? É exactamente por causa da indisponibilidade dele que não lhe posso confirmar sexta-feira. Isso será nas piores das hipóteses… Quando souber falo consigo. Sr. que trata das Conservatórias – Ahhh… ok. É que isto agora convém apressar… Eu (estava a morder a língua… não disse nada) – silêncio Sr. que trata das Conservatórias – Então fico a aguardar que me ligue. Eu – Com certeza. Assim que souber de alguma coisa, falo logo consigo. Um bom dia para si. Sr. que trata das Conservatórias – Bom dia. SEM COMENTÁRIOS.