Estive agora mesmo a ver as fotos e os filmes do natal deste ano. Depois, fui dar uma espreitadela a outras fotos. As de aniversários, passagens de ano, férias. Impressionante. Quando me vejo assim em fotografias, especialmente se já foram tiradas há algum tempo, fico com uma espécie de sentimento quase “maternal” para com aquela figurinha tão sorridente. A maior parte das vezes, consigo lembrar-me do que estava a acontecer na altura em que a fotografia foi tirada. Às vezes, consigo até lembrar-me do que estava a pensar e a sentir na altura. É tão esquisito!
Há aquela expressão: ai se fosse mais nova e soubesse o que sei hoje. Não concordo. Seria uma merda daquelas se eu, com menos uns aninhos, soubesse o que sei hoje. Uma grande merda, aliás. A ingenuidade, o desconhecimento do futuro, a esperança no futuro, o quase desespero pelo futuro. Como é que se pode abdicar de algo tão, mesmo assim, lindo, em prol de mais alguns conhecimentos que, de qualquer das maneiras, vamos acabar por adquirir mesmo?
Estive a passar um cadito do meu passado em revista e ainda bem que não sabia então o que sei hoje. Ainda bem. Torna o hoje muito mais especial. Faz com que o hoje faça muito mais sentido. Faz com que o hoje seja hoje e não apenas o dia a seguir a ontem.
Vocês percebem.
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