10.2.08

e ELES voltam a atacar outra vez!!!

imagem: www.emel.pt
Deve ser castigo. Como há já tanto tempo não falava dos meus queridos amigos da Emel, eles lá decidiram que o melhor seria infiltrarem-se na minha pacata vida para que eu me lembrasse do quanto, afinal, eles me fazem falta. Bloquearam-me o carro. Sexta-feira à noite. Oito da noite. Vou eu na direcção do meu bólide. Vejo uma fita amarela ao longe. Foquei os olhos melhor. Pensei “nahhh… nunca vi um carro bloqueado naquele sítio… já lá o deixei tantas vezes… nahhhh… devo estar a ver mal, só pode”. Podia, podia. Bloqueadinho. Não mexe. Tirei a fita do carro e pendurei-a numa vedação lá perto. Telefonei para o número de “Desbloqueamento de Viaturas” que, sensatamente, é constituído por gravação de voz… nada de gente viva a atender as chamadas… claro. Lá confirmei os dados da viatura e certifiquei-me de que teria a quantia em dívida comigo (a gravação pergunta isso… aliás, diz que é uma das condições para confirmarmos o desbloqueamento….). Esperei. Esperei, esperei. 25 minutos depois, telefonei outra vez. A gravação informa-me que o meu pedido já tinha sido efectuado e para eu aguardar chegada da equipa de desbloqueamento. Espantada com a sofisticação do sistema, esperei. E esperei. Esperei mais um cadito e depois esperei ainda mais um pouco. Às nove da noite (uma hora depois), lá apareceu a carrinha com os indivíduos técnicos especializados em desbloqueamentos (isto é: em passarem recibos de pagamento e em passarem o cartão Multibanco pela ranhura da máquina…). Estacionaram mal a viatura. Informei-os de tal facto. Respondeu-me o senhor que para me despachar, tinha de deixar ali a carrinha… que não havia mais lugar nenhum. O que eu pensei em responder é demasiado explícito para deixar aqui. Perguntou-me se tinha os meus documentos comigo. Pediu-me BI e carta de condução. Pensei “Só isso, ‘migo? Assim é que se prova que sou proprietária da viatura??? Bolas! Para quem tem sistema de atendimento tão sofisticado, podiam pelo menos gastar mais um pouco na formação dos seus funcionários e informá-los que o título de registo de propriedade comprova exactamente o que o nome diz: propriedade. Enfim. Para eles é-lhes indiferente quem paga. Desde que paguem… Atirei com um “Vocês são de uma incoerência. Vocês não, a empresa. Deixo aqui o carro tantas vezes e outras pessoas também o fazem. Nunca vi aqui ninguém bloqueado”. Respondeu-me “Pois… Nós não fazemos parte da equipa que efectua os bloqueios. Nós somos da equipa de desbloqueamento”. Calei-me. Que mais ia eu dizer àquele senhor que pelos vistos nada tinha a ver com a equipa que tinha decidido colocar a maquineta, que ele mais tarde teria de retirar, no meu carro? Afastou-se de mim e dirigiu-se à carrinha com os meus documentos de identificação. Lá esperei um cadito mais (não fosse ter sido por esquecimento que não me pediu o registo de propriedade do Sr. Meu Bólide). Nada. Dirigi-me à carrinha. Não precisa disto? Perguntei. Ahh… sim, respondeu ele. Enquanto isto o colega lá ia escrevendo. Escreveu, escreveu, escreveu. Poderiam eventualmente pensar em comprar uns pcs portáteis aos senhores, com impressora, de forma a que as pessoas multadas pudessem efectivamente entender o que está escrito nos papelinhos que são entregues como prova de que se deixa o carro onde não se devia. Mas não. Paguei (€30 por multibanco e €30 cheque) o que devia à Emel (por aluguer do bloqueador) e à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária ou o raio que o parta (antiga DGV). Entretanto, já a maquineta amarela tinha sido retirada da minha viatura. “Pode ir”, ouvi. “Desculpe?” respondi. “Já está tudo. Pode ir”. “Ahhh... Boa noite”. “Boa noite e boa viagem” respondeu o senhor. Fui. E agora peço-vos um momento para reflectirmos em conjunto. Prelúdio: Há uns meses, recebi aí umas 3 multas por causa de pagamento de parquímetro (eu paguei… não paguei foi o tempo todo). Paguei as multas (incluindo uma que tinha sido mal passada – a hora a que terminava o pagamento era superior à hora a que o Sr. Funcionário da Emel me passou a multa). Paguei aquela merda toda e enviei multas e comprovativos multibanco e carta para os senhores da Emel. Dois ou três meses mais tarde, recebo outra multa pelo mesmo motivo. No acumulado de valor em dívida (mais uma coisa sofisticadíssima da Emel), vejo que não foram descontados os euros que já tinha pago anteriormente. Escrevo carta a explicar que se são tão bem capazes de ver valores em dívida, também deviam ser capaz de ver valores pagos. Pedi referência de data e local das multas todas e informei que aquela última não iria ser paga (como sempre fiz) até ter essa informação. Umas semanas mais tarde lá recebo carta da Emel, de um senhor qualquer a dizer que em resposta ao meu pedido, junto enviava listagem de infracções ligadas à matrícula do meu bólide. Em anexo, no entanto, não vinha nada. Nickles. Rien de rien. Feita parva ainda fui ver dentro do envelope mais uma vez… Nada. Tinha uma bela folha de rosto assinada e toda lindona, cheia de boas intenções e nada de informações. Enviei nova carta (com cópia por fax para as duas “sedes” da Emel”). Apresentei reclamação, chamei-os de incompetentes, de negligentes, de terem má fé, etc, etc, etc. Até hoje, nada de resposta. Por mim, tudo bem. ‘Tou-me a cagar. E agora para a reflexão: Porque é que o filho da puta que inventou a Emel não levou com um relâmpago nos cornos assim que acabou de a ter? Porque é que o filho da puta que pensou nesta coisa da Emel não sofreu nenhum acidente bizarro de envenenamento através de pasta de dentes que o fizesse querer emigrar para o Brasil? Porque é que mais filhos da puta houve que deram ouvidos ao primeiro idiota filho da puta e lá decidiram gastar o dinheiros dos contribuintes em criar uma empresa que saca ainda mais dinheiro aos contribuintes? Eu pago as multas que recebo porque admito que infringi a lei existente. Seja por estacionamento, seja por velocidade, eu pago-as. Assumo a minha responsabilidade e pago. É esse o meu castigo por ser uma não cumpridora das leis que regem a nossa sociedade. Agora não gozem é com esta merda! Não andem por aí a multar as pessoas de forma tão incoerente, inconsistente e aleatória! Da próxima vez que deixar o carro naquele sítio e ver um funcionário da Emel lá perto, eu própria o levo até lá e o obrigo a exercer as suas funções. Se eu sou obrigada a pagar, eles são obrigados a multar. Sempre. Com o mesmo peso e com a mesma medida. E se não multar, apresento queixa. Contra ele e contra o filho da puta que teve a ideia da Emel e contra todos os outros filhos da puta que aceitaram a ideia do primeiro e contra todos os outros filhos da puta ainda que não deram cabo daquela merda. E depois vou lá no dia seguinte e faço a mesma coisa até ter a certeza que naquele sítio não se pode estacionar nunca e não apenas às vezes. Haja coerência e rigor! Imaginem se isto fosse assim nos homicídios, por exemplo. Ahhh e tal… hoje é homicídio mas amanhã pode ser só agressão. Não sabemos. Espere para ver. Se inventam merdas para nos controlar enquanto cidadãos, que as implementem como deve ser, porra! Assim não vale! Se quem supostamente controla não faz a mais pálida, que raio de moral têm depois para falar contra (ou a favor sequer) dos cidadãos desgovernados e fartos de não saberem a quantas andam? Quem os pode culpar? Porra pá bolas caredo d’um corno!!! HUMPF!!! (Desculpem lá o tamanho disto… mas teve que ser. Para a próxima é melhor (ou pior… depende… sei lá… vamos ver… depois vê-se… etc…).

3 comentários:

Anónimo disse...

Sinceramente adoro "ler-te". O teu post da situação dos tlm's achei brilhante, passou-se o mesmo cmg tb na phonehouse, pode-se dizer que foste a minha musa inspiradora.
Cumps.

Me disse...

Nós, os afectados pela incompetência e pura estupidagem do pessoal da Phone House e afins tem de se manter unido. Quando precisar de trocar de telemóvel, adivinha lá onde vou?? Adivinha???? Hehahehahe!!! E peço logo um tlm da montra e tudo...!
Muito obrigada pelo elogio à minha capacidade de inspirar... Se precisares de ajuda, posso ir à loja por ti... De certeza que ainda se lembram de mim... :)

Me disse...

Eh pá. Sr. Anónimo, peço desculpa pelo meu comentário desconexo. Devo de o ter escrito antes de tomar a minha dose de cafeína. Por isso, para que continues a adorar "ler-me", aqui fica a coisa como deve ser:
Nós, os afectados pela incompetência e pura estupidagem dos imbecis da Phone House/Loja TMN (do centro comercial Vasca da Gama em especial) e afins, temo-nos de manter unidos.
Bolas! Assim está muito melhor!
;)