12.2.08

Tive um caso.

Imagem: google
Sou uma traidora. Tive um caso. Ligeiro, é certo, mas um caso. Ontem. Durou o dia inteiro e foi maravilhoso. Foi muito mais do que alguma vez poderia ter imaginado. E, como tudo nestas coisas, aconteceu completamente por acaso. Sem esperar. Sem contar. Não tive possibilidade de resistir. De dizer que não. Foi mais forte que eu. Traí o meu mais que tudo e gostei, adorei, amei e quando puder, volto a fazê-lo mas sem o sentimento de culpa. Sem aquela sensação de estar onde não devia estar… De fazer o que não devia fazer. Vou desfrutar a 300% da próxima vez. Vou gozar e gostar ainda mais! E aconselho-vos a todos a fazerem o mesmo. Assim que tiverem oportunidade, façam exactamente o mesmo! Vale a pena, acreditem. Quando puderem, esqueçam o vosso Sr. Bólide Querido Mais que Tudo, aluguem um Mitsubishi Colt 1.1 de 75 cavalos e entreguem-se ao prazer de ter uma pequena caixa de fósforos com rodas para se entreterem! Foi fantástico! (pensavam que estava a falar do quê, huh???? Tarados.) Foi isso mesmo que aconteceu. Por motivos de trabalho, tive que alugar um bólide. Ontem tive que ir a Monção. 1000 kms de viagem alucinante pela A1 e A3 dentro de uma casquinha de ovo linda e maravilhosa. De manhã, quando fui buscar o bólide, olhei-o assim de lado mas estava esperançosa de que a coisa iria correr bem. Deixei o meu bólide estacionado, despedi-me, atirei-lhe um beijo e lá me fui embora. Eh pá. Puxei um cadito por aquilo e pensei “Ena! Isto deve ser um 1.3 ou qualquer coisa assim! Aí uns 70 cavalinhos… Interior todo fashion (as maravilhas que fazem com plástico e luz verde), faz um cadito de barulho (era a gasolina mas roncava que nem um diesel) mas de resto, porreiro, pá!”. E lá fui. Auto-estrada. Puxei. Quando olhei, ia a 160 e o cabrãozinho ainda tinha espaço para mais. 170… Menos mau. Comei a pensar no meu 1.4 75 cavalinhos abandonado num estacionamento e senti-me mal. Abrandei. É que o meu não chega assim àquela velocidade sem mais nem menos… Digo-vos uma coisa, diverti-me à brava com o carro. Direcção assistida progressiva que se sente mesmo a funcionar. Ar condicionado. Espaçoso como um raio. Suspensão meio rijinha. Se não se importarem com o barulho a mais e a incapacidade de realizar subidas sem perder aí uns 50 kms de velocidade, é o carro ideal. 1000 kms e pouco custaram 110 euros de gasolina (dois depósitos). Ok. É um cadito, mas tendo em conta que foi sempre em auto-estrada e a acelerar como deve ser… é muito bom! É o carro ideal para a cidade. Pequeno, ágil e giro. Carro de gaja! Mas o melhor veio depois. Como só tinha de o entregar hoje de manhã, ainda fui dar uma voltinha com ele à noite. Aquilo é que foi. Puxámos o banco para a frente (até ficar com os cotovelos em cima do volante… mesmo à velha…) e andamos a passear com aquele tipo de condução que faz aflição. Mesmo à velha! Daquelas que acabaram de tirar a carta, estão a ver? Acelerar muito o carro e depois largar a embraiagem de uma só vez, fazendo com que o bólidezinho andasse aos solavancos… levar a primeira aos 50 kms hora e depois travar a fundo (bons travões) nos cruzamentos, nos quais entrávamos a ângulos de 90 graus… com muito movimento de braços… pequenos gritos de "cuidado!!" para os outros carros... toques sem querer na buzina (que ocupa todo o volante)… ligar sem querer os limpa pára-brisas e continuar viagem. Foi lindo. Parecíamos uns putos. Riamos que nem uns perdidos. Passamos por mais dois exemplares da pequena maravilha e batemos palmas! Passávamos por grandes máquinas e gritávamos “Comprem um Colt, pá!!”. Só nesta altura é que fui à procura das especificações do carro para ver que motorização era. Quando descobri que era um 1100 (1124 cc para ser exacta) ia-me dando um schlick. Ganhei todo um novo respeito pela pequena maravilha da tecnologia Japonesa. Ai. Portamo-nos tão mal… Não fizemos mal nenhum a nada nem ninguém, mas pronto. Não se faz, né? Fizemos um test-drive ao carro como nunca antes visto e foi um espectáculo! Adorei. Depois, fui deixar o carro no sítio dele e peguei novamente no meu. Ahhh… que diferença. O primeiro amor é sempre outra coisa. Aliás, neste caso, segundo amor… o primeiro foi um Ibiza 1.3 de 45 cavalos que me ensinou a conduzir. E quando puder, quero outro Seat. Primeiros amores… são uma chatice. Mas agora a sério. Não percebo assim muito, muito de carros, mas sei algumas coisitas. Aquele, se eu vivesse em Lisboa, seria uma bela opção. Tinha era de ser o 1.5 DiD ou qualquer coisa assim… Mas pronto. Vejam-no aqui e não tenham medo de dar uma facadinha de vez em quando! Para a próxima, quero experimentar um C3 ou C1… qualquer coisa assim igualmente divertida. Enquanto não vier o Leon FR… claro… Boa viagem!

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