24.8.07

Mas que merda!

imagem: google
Decidi, meus caros, fazer mais alguma coisita para me cultivar… decidi que tiraria uns cursos na área da escrita criativa, escrita de guiões, etc. para poder elevar a qualidade do que aqui deixo (e também para aprender umas palavras novas e tal)… Procurei, procurei e até que encontrei algumas coisitas engraçadas. Mas vejam… Ou são em horário laboral (pelos vistos quem escreve não trabalha durante o dia ou então tem patrões muito simpáticos que deixam o pessoal tirar umas horas para ir rabiscar umas coisitas interessantes) ou então têm preços tão absurdos que quase dá vontade de nos atirar a um dicionário e esperar pelo melhor! Iniciativas não faltam… oficinas, workshops, seminários, whatever. Todas com autores desta ou daquela série… deste ou daquele livro… mas bolas. Vou lá eu trocar 4 prestações da minha casa (que ainda não vendi, já agora) por 70 horas de formação!! Ainda por cima duvido que ofereçam caneta e papel! Outra coisa interessante é o secretismo envolto nestas coisas. Aparece sempre uma notícia ou outra publicada no passado… Aconteceu, no passado dia X, oficina de escrita criativa com autor do livro XP, com a participação do autor XPT, em XPTO. Blogs e sites também não faltam. Todos com nomes muito eruditos e deprimentes. Todos com textos que falam do silêncio da noite, da pena da franga, da orelha do urso, do chover da nuvem, da estrada do carro, da caneta do azar, do azar do papel… do azar do caraças! Eu até quero investir em mim… e quero aprender mais. Mas porra, também não facilitam a vida a uma pessoa! E tendo em conta a quantidade de comentários aqui deixados… mais vale esquecer poder ter aqui alguma coisa que me diga “miga, essa vírgula foi muito mal empregue…” Agora, ou eu empreendo um ataque cerrado à Porto Editora ou então vou-me entretendo a comprar e ler livros que pouco ou nada podem fazer por mim, visto os mesmos, por enquanto, não me poderem dar feedback sobre questões existenciais como, por exemplo: quando raio se utiliza a pontuação :- no meio de um texto sem ser para representar um par de olhos e um nariz? ‘Tou feita ao bife. E, em jeito de P.S. antes do fim de um texto (vá… digam-me lá que as regras da escrita não me permitem isto, vá…), porque raio é que apenas o que é escrito em tom de “vou morrer, meu deus, de tanta dor e desapontamento neste mundo cruel e seus habitantes” (qualquer coisa assim) é visto como sendo bom? Porque raio é que aqueles olhares deprimentes da alma são os “belos”? O mundo é uma merda, o amor é uma merda, os amigos são uma merda… é tudo uma merda!! É aqui que vejo que, pelos vistos, a escolha do nome para este blog até que nem estava muito errada… (ver primeiro post de todos, sff). Podem fazer-se coisas belas, sem comparações absurdas, arrancadas à mais recôndita da capacidade imaginativa; podem fazer-se coisas lindas que fazem sorrir e que não envolvem descrições nauseadas de cheiros de flores, sabores do mar e vistas do céu na terra. Porra. Não fui, de facto, feita para isto.

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