imagem: google (é repetida, sim... não estão com falhas de visão, não)
Estou chateada. Aliás, é mais vencida do que chateada.
Aliás, estou tão chateada que nem me apetece falar sobre o assunto.
Ok, pronto. Talvez só um cadito.
Eu gostava de fazer parte de uma equipa de criativos (mas sem ser a parte de design) numa qualquer (quase) agência de publicidade. Adoraria. É o que quero fazer, é o que adoraria fazer, é o que sinto ser o meu “chamamento”. Mas não. Deve ser preciso ter-se nascido por baixo da secretária de um qualquer director criativo para se conseguir entrar numa agência. Não interessa que se mostre ter talento. Não interessa que se consiga provar ter-se jeito prá coisa. Não interessa que se tenha colegas que trabalham em agências de publicidade que recorrem às nossas ideias quando estão enrascados. Não interessa ter-se gasto horas a escrever cartas de apresentação daquelas todas lixadamente fantásticas para se fazer valer exactamente pelas ideias e pela capacidade de escrita. Nem se dão ao trabalho de responder. Nem se dão ao trabalho de enviar um mail de volta a dizer qualquer coisa como “Ena! Lixadamente fantástica esta sua carta! Mas não… não chega. Tem de vir cá engolir fogo, caminhar sobre vidro partido e comer um quilo de bife cru de avestruz enquanto canta Quero Cheirar Teu Bacalhau do Sr. Dr. Quim Barreiros. E, já agora, traga o X’Quim. Já ouvimos falar dele e achamos que terá lugar aqui. Talvez o coloquemos a responder ao pessoal que envia cvs. Entretanto, vá lendo mais umas coisitas… tire mais uns cursos… passe mais do seu tempo a babar-se de inveja de nós… babe-se.”
Porra. Só me faz lembrar aquela célebre frase de sei lá quem e que rezava qualquer coisa assim: Who do you have to fuck to get a coffee around here???
Não que eu fosse fuckar alguém… mas apenas gostaria de lhe enviar uma das minhas cartas de apresentação… daquelas mesmo todas fuckadas que não dão hipótese.
Caredo. Os meus explicandos que não vejam esta péssima conjugação do verbo To Fuck. Semanas de trabalho perdidas num instante.
Enfim. Um dia há-de cair alguma coisa do céu, assim aos trambolhões, e eu hei-de cá estar para levar com essa coisa bem no alto da pinha, recuperar e provar que mereço esse galo.
Nos entretantos, vou continuar a escrever umas coisas, vou continuar a responder a anúncios, vou continuar à espera que alguém veja esta minha mente brilhante nos intervalos das frases que dela vou libertando (poesia pura isto).
E reservo o direito de me ir chateando e refilando e desancando e usando os verbos no gerúndio as vezes que quiser!!!
Ehhh!
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