Eu, nas últimas semanas tenho andado com um carro emprestado. Um Saxo, 1.5, diesel. Tão teimoso e resistente que mete impressão. Aquela porra não morre! 240 mil kms. E pronto para andar. Mas o carro não é meu… E então ontem aconteceu o seguinte quando fui com uma colega levar o carro dela à revisão… (versão resumida… basta imaginarem a minha cara de parva a olhar para o Senhor para completar a história…)
Eu: Pois… Eu estou a pensar trocar de carro em breve…
Senhor da Oficina: E vai dar aquele comercial à troca?
Eu: Não… Aquele não é meu. Porquê?
Senhor da Oficina: É que eu e uns colegas meus temos andado à procura de carro assim há muito tempo!
Eu: Ai é? Pois… Então, mas quer comprar um, é?
Senhor da Oficina: Você quer vender?
Eu: Ahh… tudo é negociável…
Senhor da Oficina: Quanto quer?
Eu: Ahhh… a mim disseram-me que podia ficar com ele por mil euros (mentira!!!)
Colega: Mil e cem que ela precisa da comissão…
Eu: (em pensamento: querem ver… querem ver…. querem ver….fodaaaaaaaaa-se!!!!!)
Senhor da Oficina: Está bem. Então, se quiser, quem lhe fica com o carro sou eu!
Eu: Ahhhh… ok. Tenho de ver algumas coisas mas podemos falar. Fique com o meu contacto… Ligue-me.
Senhor da Oficina: Quando é que cá pode vir com o carro novamente?
Eu: Ahhhh…. Ligue-me para combinarmos.
Senhor da Oficina: Ok.
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De volta ao escritório, telefonei ao proprietário do bólide.
Eu: Acho que te vendi o carro.
Ele: O quê?!
Eu: Querem comprar o carro. Queres vender?
Ele: Mas tu precisas do carro!
Eu: Mas vou deixar de precisar. Aproveita! Mil e cem euros!!!
Ele: Quanto!?!?
Eu: Mil e cem…
Ele: Porra! Ahhhh…. Não. Não quero vender. Mil e cem????!!!!!! Ahhh…. Ahhh… Não… é melhor não….
Eu: Mas vais querer. Deixa só vir o meu. ‘Tá vendido!
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Agora, digam-me lá. Eu mereço isto? Vender uma coisa que nem sequer estava à venda quando em relação a minha casa, só faltou fazer sacrifícios animais na varanda?!?!?!?! E em relação à qual, aliás, ainda estou à espera de confirmação de tudo, apesar de já terem encontrado o gajo?
Eu não mereço. Porra. Eu não mereço.
5 comentários:
A casa tinha pernas?
Pois!
Oh Vítaro! Se tivesse, já a tinha mandado para bem longe!
Mas não. Não tinha, logo também não podia andar com ela pela mão, mostrando-a a toda a gente.
É para isso que se contratam os serviços das IMOBILIÁRIAS FILHAS BASTARDAS DO DEMO!!!
vendeste a alma ao demo????lol upsssss o Carro! ;)
Gabi nem sempre anónima ;)mas muito cansada :) beijinhos
Gosto de ajudar... como só se escreve de negócios neste blog, aqui ficam alguns lembretes:
Por quanto tempo tem o consumidor assegurada a qualidade dos bens de consumo que adquiriu?
O vendedor responde perante o consumidor por qualquer falta de conformidade do bem que exista no momento da entrega. O vendedor responde ainda, se essa desconformidade aparecer ou se manifestar num período de dois ou cinco anos a contar da data de entrega de coisa móvel ou imóvel. Quer isto dizer que o prazo de garantia não é o mesmo, é necessário termos em conta a natureza do bem:
- Coisas móveis corpóreas, o prazo é de dois anos.
- Coisas imóveis, o prazo é de cinco anos.
Qual o prazo para fazer a denúncia do(s) defeito(s) e exercer os seus direitos?
O consumidor deve denunciar ao vendedor a falta de conformidade/defeitos, num prazo de dois meses, caso se trate de bem móvel, ou de um ano caso se trate de bem imóvel, a contar da data em que os tenho detectado.
O consumidor depois de fazer a denúncia, deve ainda dentro de seis meses, fazer valer os seus direitos, seja através dos meios judiciais ou extrajudiciais.
Quais são os direitos dos consumidores, quando haja ou se manifeste uma falta de conformidade do bem com o contrato?
Os direitos dos consumidores são o de poder exigir em alternativa:
- A reparação do bem
- A sua substituição
- A redução do preço
- A resolução do contrato
Qualquer um destes direitos quando aplicado, deve ser feito sem quaisquer encargos para o consumidor.
A exigência dos direitos por parte do consumidor deverá atender a critério de proporcionalidade, razoabilidade, e dentro dos limites impostos pela boa fé, com o intuito de uma justa composição de interesses, sem que haja um abuso de direito.
Como posso defender-me, como consumidora, na compra de uma casa?
1 - Antes de escolher o banco, faça simulações, on-line ou ao balcão, e decida-se pelo que lhe garantir mais vantagens (tente negociar o seu crédito e a amortização do mesmo para que este seja feito sem encargos).
2 - Tenha especial atenção no caso de estar a comprar uma casa usada, antes de sinalizar, verifique se a casa vale mesmo o que lhe estão a pedir e se não existem encargos, ónus ou outros problemas legais.
3 - Quem é cliente de vários produtos no banco (cartão de crédito, domiciliação de contas, conta ordenado, etc.) pode ter vantagens no crédito, por exemplo ao nível do spread [o spread é a margem aplicável a uma taxa de crédito e varia consoante as garantias e a liquidez do tomador do empréstimo, o montante em dívida e o prazo de resgate].
4 - Mesmo que não tenha dinheiro para o sinal, há bancos que fazem o chamado "crédito intercalar" para que possa fazer frente a esta despesa.
5 - Feita a escritura, não se esqueça de ir às Finanças e pedir a isenção do IMI [Ver Decreto-Lei nº 287/2003 de 12 de Novembro], (antiga contribuição autárquica), no prazo máximo de 60 dias. Os períodos de isenção variam consoante o valor do imóvel: Até 150 mil euros, 6 anos de isenção; de 150 a 225 mil euros, 3 anos de isenção; mais de 225 mil euros, sem isenção.
Oh Gabi... às vezes parece que só falta mesmo isso. Vender a alma ao Demo. Porra. Ainda se o Sr. Gajo Demo me desse alguma garantia em como me vendia a casa... Mas não. Ehhh.
Sr. Anónimo,
Repudio a parte do comentário onde diz que só se fala de negócios aqui neste blog!! Não é verdade! Bolas! Em relação ao resto... Já sabia. Já tive o prazer de comprar casa e carro. Por isso, conheço bem estas coisas... Mas, ter assim por escrito e tudo organizado é muito útil :)
Negócios! HA! Mi aguardem!
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