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Prova quase inequívoca de que os Portugueses são uns atados emocionais são os comentários obtidos com o post abaixo.
Somos um país de Cepos Emocionais em que tudo quanto seja relacionado com a parte mais emocional da vida se deve manter devidamente escondida e contida, não vá alguém julgar-nos fraquinhos da cabeça e despojados de bom senso caso nos mostremos apaixonados por alguém. Ainda nos cairia um braço! Ou uma perna! Ainda nos mandariam internar! Mas que merda é essa de gostarmos de alguém e o dizermos?! Então mas é preciso dizer?! É preciso mostrar?! Então mas não se percebe logo só pelo simples facto de se estar com a pessoa?!
Não!! Não, porra. Não!! Não!!! NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!
Para além de Cepos Emocionais, somos cínicos e preferimos gozar com quem não tem tais crenças, denegrindo os actos e acções pura e simplesmente porque sabemos que não seriamos capaz de os reproduzir ou de os aceitar para nos: desconfiaríamos logo! Chama-se inveja. Chama-se medo. Chama-se mesquinhez e tacanhez de espírito. Não é nem esperteza, nem lucidez, nem calo. É parvo e pronto.
Somos um povo cheio de medos e de pudores e de traumas e merdas sem jeito nenhum que nos impedem de viver aquilo que há para ser vivido da melhor forma possível. Não mostramos quando andamos bem… não vá alguém criticar e ficar com inveja e ciúmes; não mostramos quando andamos mal… não vá alguém preocupar-se e tentar fazer algo ou pensarem que fracassamos e falhamos nalguma coisa; não mostramos quando andamos zangados com alguma coisa porque isso seria demasiado mau e ainda ofenderíamos alguém; não mostramos quando algo nos desagrada porque, enfim, o melhor é ignorar e esperar que a coisa passe. Amanhã já não é nada.
Mas que grande, enorme e gigantesca carga de caca de boi!
Somos uns cobardes atados emocionais e mentais. Não fazemos nem metade do que desejamos, mas conseguimos passar metade da vida a desejar tudo e mais alguma coisa. Passamos a outra metade da vida a culpar os outros das nossas circunstâncias, evitando sempre olhar ao espelho, não vá ele identificar o real culpado das coisas.
Queixamo-nos de sermos mal amados de tal forma que os outros até nos achariam peritos na arte do amar! Queixamo-nos de sermos mal amados ou de não sermos amados como gostaríamos, mas nem sequer olhamos para a forma como amamos os outros. Aliás, nem sequer dizemos a ninguém como gostaríamos de ser amados! Isso seria estúpido! Pfff!!! Dizer do que se gosta ou não! O outro que adivinhe, olhá porra! É a tal merda, passamos metade da vida a desejar tudo e mais alguma coisa, esperando que as coisas nos caiam no colo e fazendo um cagaçal do caneco quando tal não acontece.
Somos pobres e mal agradecidos e gostamos! Adoramos! Adoramos aquela coisa de nos refastelarmos na miséria e na tristeza e na dor de alma e em histórias de corações partidos. Histórias de gente feliz não têm piada. Para quê contar se tudo correu bem e souberam ir atrás do que quiserem? Inveja!
Facilmente criticamos um homem ou uma mulher por ter feito mal a alguém, mesmo sem saber patavina da história. Mas elogiar e dizer algo de positivo em relação a quem faz bem? ‘Tá quieto! Isso não! Caredo! Aí é que nos poderiam achar uns invejosos!!
Oh, foda-se. Enquanto país, temos a idade emocional de putos de quinze anos mais preocupados com o tamanho da pila e com a quantidade de borbulhas no cu do que a de adultos crescidos e bem crescidos que sabem e sentem que, no final de tudo, no final do dia, no final de toda a merda possível e imaginária, tudo o que interessa mesmo é estarmos bem com alguém que nos ama e a quem sabemos amar. Mais do que amar, queremo-nos sentir amados. E é aí que todos metemos os pés na argola. Temos que saber das duas coisas, ao mesmo tempo, em simultâneo e com a mesma intensidade.
Mas continuemos calmamente a sonhar com príncipes e princesas encantados.
O sonho comanda a vida, não é? Pois. Mas eu prefiro quem acorde do sonho e desate a fazer tudo para o concretizar em vez de quem apenas sabe contar belas histórias sobre o que, um dia, sonhou para si.
Deixemo-nos de merdas e admitamos de uma vez por todas que, em termos gerais, somos uns cobardes. Foda-se.
13 comentários:
Adoro meter malta ao barulho
isto li hoje num blog chamada Afectado (procura se quiseres)
Há uns tempos, num local onde eu estava a almoçar, assisti a uma enorme prova de amor na mesa mesmo ao lado da minha. Um casal, jovem, almoçava normalmente até que a namorada se lembrou de demonstrar todo o seu amor pelo namorado cantando, em voz alta, o Estupidamente Apaixonado do Toy. Quando digo em voz alta, é mesmo em voz alta, qualquer pessoa que estivesse a vinte metros de distância ouviria aquilo. E até vos posso dizer que ela cantava melhor que o Toy (mau era se assim não fosse). O namorado, ficou estupefacto a olhar para aquilo, sem reacção. Ela não desarmou, cantou, não cedeu e manteve-se assim até ao fim, sorrindo para ele após isso... ele sorriu de volta.
Naquele momento eu vi que ali estava um casal com futuro e que tinha acabado de presenciar uma enorme prova de amor... afinal de contas, se ele, naquele momento em que toda gente olhava para eles de forma incrédula, não fugiu a sete pés, é sinal que a ama mesmo muito!
*****
Ete gajo acredita nas coisas que tu não crês
Olá Luís... há que tempos, huh?
:)
Que eu não creio?
Claro que creio!!!
Eu sou uma crente inveterada nestas merdas. Daí "revoltar-me"...
Seja através de uma canção no meio de um restaurante, seja através da porra de um beijo de bons-dias, dado com gosto, vale tudo. Não vale é esta acanhamento a que se assiste. Esta espécie de vergonha do sentir.
Vale mais a atitude dessa moçoila do que todas as flores oferecidas no dia dos namorados, só porque sim (exemplo parvo mas que vale na mesma).
É que esta coisa toda de não mostrarmos certas coisas também faz com que haja receio de nos mostrarem certas coisas a nós. Não sei se me expliquei bem.
Se esse rapazito fosse do tipo Cepo, ela nunca teria tido a coragem de fazer o que fez... Faz sentido?
Obrigada pelo comentário... mete malta e mais malta ao barulho conforme quiseres!
Não se zangue...
Não estou zangada... mas quase.
:)
És uma mula teiimosa de palas que só entende o que quer! Pfffff! Já te respondi lá em baixo ó trenga! ;p
Mas o que é que foi?!
Desde quando é que eu estou a ser teimosa por pensar o que penso.
Vai ver o teu primeiro comentário ao texto abaixo... falaste, por acaso, em contexto profissional?? Falaste??
Pálas??
Não as tenho. Outra coisa que também não tenho é a porra de um dedo que adivinha.
Se te tivesses explicado...
De qualquer das formas, pára de ser tão convencida ao ponto de achares que foste tu quem originou este novo post... convencida.
:PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP
I'm in love!!!! La la la la la!!!!
É bom saber que nos amam e dizer que amamos...mesmo que saibamos de antemão que essa ou aquela pessoa nos ama é sempre bom e sabe bem ouvir!
Eu ultimamente como na tenho hipóteses de o demonstrar ou que mo demonstrem ouço mais e digo mais vezes e sabe muito bem...oh se sabe!!!
Viva la vida e o amor!!!!
E sim gritemos todos ao mundo que amamos alguém, ninguém nos leva presos e liberdade de expressão é pra isso mesmo.
Adoro-te...!
Gosto tanto quanto te enervas! ahahahahahahahah
Mas ó minha mula teimosa de palas, quem te manda a ti tirares conclusões precipitadas em tudo pá?? Porque raio colocas pressupostos que unicamente saem dessas tua cabeça de alho chocho?!? E eu lá achei que era única e exclusivamente por causa de mim! Toma tino mulher! Mauuuuuu!
Pois, não disse porque pendia para a opinião negativa. E tu? Perguntaste? Não! Toca de achar que isto e aquilo e ainda mais aqueloutro! Bardamerda pá!
(tinha tantas saudades de uma picardia contigo! luv u****)
NG,
:)
Também te adoro, nina. Muito.
K,
Vai enervar o carai...
Acho que estás um cadito... ahh... como direi... a leste?
É possível.
Mas também gosto muito de ti, oh ameixa podre. Luv you back.
Beijos
Eu sou cepo emocional, e também sou cínico! :)
Oh, Lourenço... Sabes que admitires isso já é meio caminho andado para a cura... ;)
Duvido que o sejas. But, what do I know?
:)
WTF?!... Estou demasiado cansada para te conseguir ler e comentar. Mas pronto... fica aqui o meu ar de avestruz espantada, cansada e completamente perdida e piando um pungente "WTF?!?!"
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