30.6.10

Desculpa. Desculpa???

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Pode ser apenas impressão minha, mas algo não está certo quando um homem pede desculpa por ter namorada. 

A (boa) educação tem limites... Ou não...

28.6.10

Sim, Senhor!


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Após cerca de 2 horas sozinha (abandonada) em Tasco, em noite com movimento até aos cabelos, esfomeada, com sede, a cheirar mal, suja e cansada, veio elemento do Patronato (o outro, que mal conheço, não o elemento pelo qual nutro amizade capaz de me levar a estas actividades) ter comigo, todo contente e cheio de caipirinhas até à nuca. Mandei-lhe olhar número 45. Informei-o que estava sozinha há duas horas. Informou-me que ninguém sabia. Piorei olhar. Informei que naquele estado não servia de nada estar ali, que havia muita gente, muitos trocos a dar, muitas coisas a servir. Recebi meio encosto e meia dúzia de palmadinhas na cara acrescidas de comentário sobre o cuidado que deveria ter quando falo. Agarrei pulso, informei que cuidado deveria ter elemento do Patronato (o outro, que mal conheço, não o elemento pelo qual nutro amizade capaz de me levar a estas actividades) e que chapadinhas a mim ninguém me dava. Com pulso devidamente agarrado, informou-me que se fosse para falar assim, que mais valia despir avental e t-shirt e ir-me embora. Larguei pulso, despi avental e t-shirt, atirando-os para o chão. Passei-lhes por cima, em soutien (cor de salmão, giro), fui até à dispensa, vesti roupa minha, e fui-me embora para a festa.

Mais tarde, por entre risos, ligou-me elemento do Patronato pelo qual nutro amizade capaz de me levar a estas actividades, pedindo-me explicações. Fui dá-las. Riu-se mais. Também eu.
Aparece elemento do Patronato (o outro, que mal conheço, não o elemento pelo qual nutro amizade capaz de me levar a estas actividades), chama-me teimosa, faz gesto em como me tira o chapéu, informa-me que tenho um par do tamanho de sei lá o quê, abraça-me e pede-me desculpa, dizendo que não se mete mais comigo que sou perigosa. Por entre espécies de soluços e risos parvos, lá nos entendemos.

No dia seguinte, o dia da festa a sério, voltei ao serviço, tendo sido recebida com risos, olhares de admiração e chapadinhas nas costas (essas gosto mais). Laborei o que tive de laborar e, de vez em quando, lá vinha elemento do Patronato (o outro, que mal conheço, não o elemento pelo qual nutro amizade capaz de me levar a estas actividades) informar que podia ir fumar um cigarrinho para descansar, não fosse eu dar mais um espectáculo de strip atrás do balcão.

Tudo isto apenas prova que devemos sempre ter cuidado com o que pedimos ou queremos dos outros. Pode até acontecer termos o azar de no-lo darem.
Eu, bem mandada e conhecendo perfeitamente o meu lugar, lá vou fazendo os possíveis.

22.6.10

Intolerâncias (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)


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Sou uma intolerante. Sou uma discriminadora intolerante. Sou uma discriminadora intolerante e conservadora.
Cheguei a esta brilhante conclusão em relação à minha pessoa devido a precioso auxílio de elemento da ala masculina da nossa raça. Os homens conseguem ser tão prestáveis.
Ao que parece, lá por eu não gostar de sexo ocasional com homens com idade para serem meu Pai, eu sou conservadora. Para além de conservadora, sou intolerante porque não tolero nem dou bola às insistências (chamemos-lhe assim) provindas de quem tem idade para me ter mudado a fralda.
Admito a minha total concordância para com esta acusação/crítica. Bato palmas, até! Apenas lamento que tais percepções não sejam suficientes para impedir manifestações de vontades alheias... Pelos vistos sou demasiado discreta.
Com base na argumentação apresentada, sim, sou conservadora, intolerante e pouco cagando-me para aquela coisa da amnistia internacional e da carta dos direitos fundamentais do Homem quando se diz que não se deve discriminar alguém com base no sexo, orientação sexual, religião… blah, blah, blah… e idade. Eu discrimino! Eu não tolero! Eu … ahhh…. conservo!
Conservo o meu direito a ser intolerante e a discriminar com base nos critérios que bem me apetecerem! Tendo por base que a patareca é minha, eu até posso discriminar e ser intolerante para com quem não apresente tamanho de unhas adequado, cor de cabelo mais aprazível ou tamanho de enchumaço nas calças mais apetecível! Eu é que sei!
E não, não gosto de homens mais velhos. Nem dos mais novos gosto, quanto mais! E agora??!?!
Tenho sido alvo de várias (demasiados!) das tais ditas manifestações de interesse por parte de homens já feitinhos na vida, casados há décadas, com filhos por vezes mais velhos que eu, com idades que me fazem ter dúvidas quanto a poderem ser meu Pai ou meu Avô, e não faço a mais pálida ideia do porquê! Se há coisa que eu sei que não faço, independentemente da quantidade de álcool ingerido, é atirar-me ou permitir que homens mais velhos se atirem a mim! Não lhes bato com uma vassoura caso se aproximem, mas também não fico por perto para ter que ouvir aquelas palavras tão bem estudas e tão bem consideradas como fazendo a diferença entre os meninos e os homens. Eu quero lá saber da lábia de um gajo quando tudo o que me vem à cabeça são barrigas de cerveja e mãos calejadas e rugas na cara e cabeças carecas e outras coisas parecidas e que agora não vou referir porque não quero ficar mal disposta! Vêem o estado em que fico?! Já viram este descomunal uso de pontos de exclamação!?!?!?!
O que à primeira vista poderia ser visto como sendo um elogio, como sendo algo do qual nos “orgulharmos”… o que poderia parecer como sendo algo de enaltecedor (ter homens mais velhos, mais vividos, mais sábios… mais selectos, etc., interessados em nós), para mim não o é nem à primeira, nem à segunda, nem à centésima vista! É-me ofensivo! Mas que raio querem de mim?! Ensinar-me os caminhos do amor e depois voltarem para casa e refilarem com as mulheres por o jantar não estar feito a horas? Mostrarem-me como os homens mais velhos têm uma compreensão diferente das necessidades de uma mulher? Ou apenas querem uma carinha laroca ali ao lado para lhes insuflar o ego (e não só!) e afastar a ideia de que as respectivas masculinidades (leia-se pilas) há muito que foram varridas para a rua?! Se eu aceitasse tais propostas, isso significaria que afinal não tinham morrido para a vida?! Que ainda suscitavam interesse em alguém?! Eh, pá, tudo muito bem, mas porra, escolham outra! Eu não sou um “penso rápido” para ninguém! Muito menos tenho estilo para amante! Não consigo sequer imaginar-me a ter um relacionamento para além de amizade com alguém mais velho. Mas é que não imagino mesmo! Nem em termos românticos, nem em termos íntimos, nem em termos do raio que os parta todos ao meio várias vezes!
Por muito kinky que possa parecer a perspectiva de tratar alguém por você enquanto se manda uma trancada, prefiro fazê-lo sem ter que ter a máquina da pressão arterial ali ao lado!
Ganhem juízo, porra!!! E merda para os pontos de exclamação!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

18.6.10

Vira que vira... vira que virou...



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Há coisas para as quais eu já não tenho pachorra. Aliás, nem lhe chamaria pachorra, não. Muito menos paciência. Nopes. Cinismo… é mais por aí. Há coisas em relação às quais já não consigo ser cínica.
A mais recente é aquela coisa que muitos defendem como sendo de nobreza e de hombridade maiores, que muitos mais defendem como podendo servir como medida do carácter ou personalidade de uma pessoa. Aquela coisa do “dar a outra face”, “não rebaixar ao nível de”, aquela coisa de sermos, supostamente, mais e maiores e melhores (!) por não reagirmos ou respondermos a quem, assim sendo e à partida, consideramos logo inferior a nós (daí darmos a tal outra face… viva o Cristianismo!).
Vejamos.
Alguém lembra-se de um dia dizer uma merda qualquer que, a bem ou a mal, nos afecta (nem que seja nos padrões de sono). Os moralmente elevados renegam a existência de tal coisa dita, ignorando-a porque, em certos casos, o melhor é o desprezo (concordo, mas só em certos casos), especialmente quando não se reconhece valor ao que foi dito ou a quem o disse. Justo. Se eu acho que alguém é estúpido, então, tudo o que disser também vai ser estúpido, e se eu não me considero estúpida, não vou responder na mesma moeda porque isso seria a mesma coisa que dizer que sou estúpida. Lógica simples. Tem funcionado há centenas e centenas de anos. Já dizia Sócrates, “Amem-me, odeiem-me, mas por favor não me ignorem”. Pois, mas é cinismo puro e eu não quero mais essa merda para mim.
Amor com amor se paga, certo? E ódio com ódio? E rancor com rancor? E raiva com raiva? Estes já não. No amor, porque sim, respondemos na mesma moeda porque quando alguém faz bonito, “temos” que responder fazendo bonito também. Então, se fazemos isso para o bem (e que até nos ajuda a dormir melhor), porque raio não fazemos o mesmo com o mal?
Por que carga de água hei-de eu virar a cara e não confrontar quem profere juízos de valor falsos, por exemplo? Por que granda merda de carga de água não posso eu confrontar alguém que faz merda, dizendo-lhe que fez merda e que se agradece que não volte a fazer merda? Se dou um beijo em retribuição a umas palavras bonitas, porque não hei-de eu de dar um tabefe como paga de palavras feias? Por exemplo!
Mas que raio de justiça é esta que só podemos pagar na mesma moeda o que for bom, ignorando o que é mau? Depois passamos horas e dias e anos a remoer e a remoer, a mastigar e a mastigar, a não engolir certas coisas, a carregar coisas más dentro de nós e os parvalhosos que suscitaram tais sentimentos andam por aí, a acrescentarem pérolas como “é um cobarde!” ao leque de impropérios que deferiram. Mas que raio de elevação moral é esta que nos impede de nos defendermos de quem nos quer mal? Então, mas eu, só por não responder qualquer coisa do tipo “anda cá, minha besta, para eu te mostrar para o que realmente serve um pé” sou melhor do que quem decidiu, a seu bel-prazer e apenas porque sim, dizer seja o que for contra mim ou contra os meus? Ok, não é preciso usar os pés… Mas serei eu melhor só porque não lhe faço ver os meus vastos conhecimentos da língua portuguesa em todo o seu esplendor? Melhor em quê?? Expliquem-me. E porque é que é logo considerado “rebaixar” quando se responde na mesma moeda? Há gente em relação ao qual eu me teria de elevar caso algum dia se lembrassem de me ofender! Teria que dar tudo de mim para bem responder! Não percebo mesmo nada disto. Porque não colocarmo-nos no mesmo nível que alguém de modo a garantir que nos entendem? Expliquem-me!
Não defendo a violência gratuita, muito menos que o pessoal ande para aí às mocadas só porque alguém olhou para alguém de forma diferente. Nada disso.
Defendo que nos devemos defender do que nos faz mal. Que devemos poder, sem censura ou críticas beatescas, responder a quem quer festa. Quem não tem coiso, não se mete a coiso e tal, né?
Não aguento mais o cinismo com que me vejo “obrigada” a viver certos momentos da minha vida. Seja para o bem ou para o mal.
É mais que certo que só vou arranjar problemas da próxima vez que decidir não ser cínica em relação a alguma coisa, mas porra, ao menos levanto a cara e sigo para diante olhando de frente quem me fere em vez de virar a cara e esbarrar contra o primeiro poste que encontrar enquanto, repleta de elevação moral, abandono o local para bem ignorar quem não me “amou”.
Barda shit. 

16.6.10

O que vai ser?



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O destino, por vezes, esconde certas ironias.
Venho por este meio informar-vos que aqui a Je (Me… Eu, portanto) subiu de nível nesta coisa dos Tascos. Eu (Me) fui promovida a “Fantástica Tiradora de Imperiais”, a “Exímia Tiradora de Cafés”, a “Miraculosa Torradeira de Pão”, a “Impecável Lavadeira de Louça”, a “Miraculosa Manuseadora de WinRest” (passe a publicidade).
Eu, minha gente, passei 18.5 horas a laborar em regime de voluntariado num Tasco daqueles a sério, tudo em prol de espírito de ajuda e de amizade a donos do tal Tasco, tudo em prol do meu desenvolvimento e amadurecimento enquanto ser humano mais habituado a estar do lado de lá do balcão, tudo em prol de toda uma nova descoberta do verdadeiro sentido da palavra “dor”.
Eu, hoje, sou Mulher Taberneira.
Eu, hoje, não necessito nunca mais fazer a depilação, podendo, apesar de tal, usar saias e tops de alças (sem soutien, claro) quando bem quiser. Posso nunca mais arrancar um único pêlo da minha face, nunca mais escovar o cabelo, nunca mais passar vergonha por tirar macacos do nariz em frente aos outros, por coçar as virilhas com gente a ver.
Eu, hoje, sou uma Mulher Livre da Tirania da Cera Quente, uma Mulher Liberta da Necessidade de Lavar as Mãos depois de ir à Casa de Banho, uma Mulher Livre da Tirania da Tomada de Refeições a Horas Decentes.
Eu, hoje, sou uma Mulher que se viu livre da Tentação de Responder à Dor Física, Parando com o que se está a Fazer.
Eu, sim, Eu, sou uma Mulher Taberneira, liberta da opressão castradora de quem nunca ouviu “São dois cafés, um é normal”.
Eu, meus caros, recebi uma dádiva em forma de avental vermelho que funcionou como carimbo na testa com texto “Sim, estou cá, meus amos, para vos servir”.
Eu, meus lindinhos e lindinhas, fui abençoada com o privilégio de ter Poder Absoluto sobre Máquina da Imperial, sobre Quantidade de Gelo por Copo, sobre Tamanho de Fatias de Pão, sobre Tempo Médio de Espera por Mini, sobre Temperatura da Meia de Leite, sobre Quantidade de Manteiga nas Torradas, sobre Quantidade de Beatas num Cinzeiro.
Eu, minha gente, virei Taberneira a sério, tendo sido aceite naquele mundinho apenas reservado aos que conhecem a dor de tirar o centésimo café, o sofrimento de virar fatias de pão dentro daqueles fornos tipo torradeira, o caos que é encontrar uma colher no meio de quinhentos garfos, o pânico que é ver que a imperial não vai ficar bem tirada ou que os tremoços não vão chegar para todos.
Eu, qual sorte divina, ganhei toda uma nova percepção da influência do álcool nas conversas, nos temperamentos, nos estares e não-estares de quem se deixa estar com a desculpa de ser apenas mais uma abaladiça.
Eu sofri, em 18.5 horas, uma transformação tão absolutamente transformadora que duvido que algum dia olhe para um rissol de camarão da mesma maneira, para um café como sendo “normal” ou para uma imperial como tendo espuma a menos ou a mais.
Aprendi uma data de coisas durante aquelas 18.5 horas. A mais importante, possivelmente, tem a ver com os outros. Estando o Tasco em terriola perto da minha, era inevitável que conhecesse muitas das pessoas que por lá passaram.
Querem ver bem qual o carácter das pessoas que conhecem? Querem?
Vistam avental e perguntem-lhes se já foram atendidos.

Vénia aos Tascos e aos Taberneiros e Taberneiras deste mundo. Vénia. 

11.6.10

Ahhh… Oooops? Ooooops.

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Recebi eu, há bocado, mensagem de acordo com o seguinte de número por mim desconhecido:
Boa tarde. Surgiu um imprevisto. A reunião será agendada para a próxima sexta-feira dado que nenhum dos Administradores pode estar presente. Agradeço a compreensão”.
Eu, rapariguinha de boa fé e incapaz de ficar calada, muito menos de ser airosamente simpática no não-calar, vou e respondo, indignada que alguém possa desmarcar uma reunião com Administradores a uma sexta-feira a seguir a um feriado, às 18:20 da tarde:
E eu agradeço a compreensão quando lhe disser que tem o número errado. Ao menos ligue para desmarcar a reunião. É o mínimo que se pode fazer, não? Boa sorte em encontrar o número certo.”
Satisfeita que tinha feito uma espécie de boa acção repleta de retoques de malvadez, lá me pus a pensar na falta de profissionalismo e de chá que as pessoas por vezes conseguem ter.
Minutos depois, recebo a seguinte mensagem do mesmo número:
Este número não é da XPTOA do número 1, 2º esquerdo?”.
É claro que era e é claro que a mensagem não tinha sido por engano. 
Era o Administrador do Condomínio do prédio onde vivo a desmarcar reunião de hoje…
Escusado será dizer que pedi desculpa e gravei o número para evitar futuros embaraços e vergonhas. Ao menos tem sentido de humor. Pediu-me desculpa por não ligar e ainda acrescentou que tinha gostado da atitude.
E ainda me admiro quando dizem que tenho mau feitio ou quando carinhosamente me atribuem alcunhas do tipo “El Respinga”.
Oh valha-me caredo.
Vou respirar fundo e sentir-me envergonhada ali para o canto.
Com licença. 

10.6.10

Tenho.

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Fui passear à beira mar.

Poucos minutos depois de ter começado a andar, e tendo em conta o vento que se fazia sentir, pensei: Porra, devia ter posto creme protector. Vou ficar com a cara toda seca.

Sorri.

E pus-me a pensar.

O Tempo pouco ou nada esperou por mim. Apressou-se em tudo e agora, com esta suposta bela idade, preocupo-me com a pele seca e a falta que um bom creme me faz para tentar disfarçar a impaciência que o gajo teve durante sei lá quanto tempo.

Ironias. Gracejos. Brincadeiras de mau gosto daquele que se diz não se conseguir parar ou abrandar. Pelos vistos, o Tempo consegue apressar-se, acelerar e desatar numa correria desenfreada em direcção a um qualquer futuro que, quando chega, nos bate em cheio na cara, provocando rugas e flacidezes várias.

Cabrão.

O tempo apressou-se a conseguir para mim, demasiado cedo, tudo o que queria e achava que queria. Agora que sei bem melhor o que preciso, o parvo diz-me para ter calma, que o que é nosso, a nós virá, que ele tudo cura e que não me vale de nada tentar fazê-lo voltar para trás, ou para a frente, ou para os lados sequer porque é ele quem manda e pronto, mais nada.

Há uma espécie de justiça poética no meio disto tudo, por muito cruel que seja.

Quando queremos, não olhamos a meios, não olhamos a nada para conseguir. Mas quando precisamos, temos de pensar se podemos, se realmente devemos, se é realmente uma necessidade daquelas bem necessitadas ou não. E aí, demoramos o nosso tempo, passamos o tempo a pensar na coisa até sentirmos que tenha chegado o dia em que nos podemos levantar e reclamar para nós o que a nós pertence por necessidade, por precisar e não mais por querer. Um querer não se justifica. Um precisar? Justifica-se, explica-se e penitencia-se.

É como se o Tempo, qual Mãe a avisar o filho que ele vai cair dali se não tiver cuidado, nos quisesse ensinar e fazer ver o que realmente somos em cada momento que passa, em cada acto que cometemos, em cada decisão que tomamos. A justiça está em tudo nos ser devolvido, nem que seja com a escolha de um caminho diferente perante cenários repetidos ou parecidos com os anteriores. É justo que assim seja. Que baixemos a cabeça em vergonha, que erguemos os olhos ao céu incrédulos, que nos encolhamos de medo, que nos riamos de felicidade.

Acho que o Tempo teve pouca paciência comigo. Consigo identificar uma boa mão cheia de rugas, por muito pequenas que sejam, que chegaram até mim antes do tempo. Antes de as querer. Antes de poder precisar delas. Antes de as conseguir justificar e explicar.

A paciência, agora, será minha. Tenho paciência e precisar que cheguem para esperar que o Tempo venha e vá, que chegue até mim em brisas suaves ou em uivos latejantes. Ele não esperou por mim, mas eu espero por ele. Sem problemas e com boião de creme hidratante em mãos para o poder acolher de sorriso bem aberto, daqueles que mostram cada ruga e cada marca das suas anteriores passagens por mim.

Eu espero. Tenho tempo.

8.6.10

Pesquisinhas Deprimentes... Os entretantos.

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Atão, vamos lá a isto.

Querem ver o que se passou na nossa ausência? Querem?

É óbvio que vou deixar de fora todas as pesquisinhas relacionadas com bestialidades (eu sei que são essas que querem, mas porra… eu não mereço!) ou com “mulheres gordas comendo merda” e afins. Isto é um blog decente, foda-se.

É também óbvio que me estive pouco nas tintas para limitar a selecção de pérolas, por isso, aguentem-se que isto é capaz de demorar.

Enjoy!

Secção “Querida Maria – Dúvidas do Caralho”

Pilas Tortas.

Ok. Daqui depreende-se que alguém tenha andado à procura de ver pilas tortas. Justo!

Pila torta para baixo.

Mas o Google não ajudou e lá se teve de ser um cadito mais objectivo. Pilas tortas sim, mas para baixo. Justíssimo!

Falta de pontaria na sanita.

Aí ‘tá! A revelação! Esta pobre alminha quer é descobrir a razão da falta de pontaria na sanita, quais pilas tortas para baixo, qual quê!

Solução? Troca a banheira pela sanita, no que concerne a mijadelas, e deixa de haver esse problema!

Next!

Secção “Não vou a uma sex-shop que tenho vergonha”

Qual o significado de strapon.

“Strap” significa maçã em Hebreu. “On” significa assada. Lamento desiludir, mas têm andado todos a gozar contigo, pá.

Gosto que minha esposa use strap on.

Não tarda e vê-se aqui pesquisa do tipo “O meu marido com maçãs assadas com o vizinho de cima 3 vezes por semana. Poderá ficar diabético?”

Strapon inversão de papel.

Ahhh… Vamos por partes… Se a inversão de partes for entre duas gajas, tudo bem. Tira-se a coisa, volta-se a meter e depois tira-se e mete-se mas de maneira diferente.

Agora, se a inversão de papel for entre gaja e gajo… Ahhhh… para que precisam do strap-on???

Hmmm?

AHHHHHH!!!!!

(adiante… adiante… adiante.)

Secção “Tenho o carro avariado e o Google não me ajuda”

Auto diagnostico texa.

Isto diagnostica o quê? Mamas? Tin-tins?? Fiquei curiosa.

Auto diagnostico Texas.

Ahhh! Melhor! Texa-s! Assim é mais fácil!

Texas diagnostico auto.

Mau. Atão mas afinal isto não tinha nada a ver com apalpações no chuveiro e o camandro?? Assim não dá, né?

Diagnosticos texas para carros.

Ahhhhh!!! Afinal, o que se quer é um tipo de diagnóstico, que não o auto, que seja do Texas e que seja aplicável a carros! Aposto que o Google até se riu.

TEXA AUTO DIAGNOSTICO.

Ooooooh! Alguém está impaciente! Mau feitio!!!

Texas – merda.

6-O – Ganhou o Google! Vieste sempre aqui parar, não foi, ‘migo? Google rules!

Secção “Been there, done that, got the t-shirt!”

Seat acende luz vermelha óleo.

FOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOGE!!!!!!!!!!! Cabrõesfilhosdaputaquesólixamopessoalfodasepá. FOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOGE!!!

Secção “Sou pobre e tenho mau gosto mas também tenho direito a quecas!”

Hyundai getz artilhado.

Quando se tem um Hyundai Getz, só mesmo artilhando o canito é que se consegue mais alguma coisita, né?

Conta kilometros do hyundai getz não funciona

Não, pá. Essa merda não anda mesmo (e é “quilómetros”, oh totó)

Foder velocidade máxima

Num Hyundai Getz??? ‘Migo, não vás por ai. Mais vale dares uma voltinha a pé pelo quintal enquanto bates uma.

Siga!

Secção “Sr. Dr. Google, tenho aqui uma coisa”

Lamber cu da faringite

Lava-o primeiro. Esfrega mesmo. Usa esfoliante. Se mesmo assim apanhares uma faringite, não te preocupes. O cu do outro/outra há-de estar tão assadinho que ninguém se fica a rir.

Ausencia de amígdalas.

E não avisaram que se iam ausentar? Cabronas! E ao menos sabes para onde foram? Quando voltam? Não há respeito!

Garganta inchada mezinhas

Depende da causa, né? Sei lá eu, porra! Fazem-me com cada pergunta! Mezinhas! Pffff!

Sumo de laranja natural faz bem a amigdalite?

Faz bem em que sentido, pá? Se a sensação de teres ácido a passar por garganta quase em carne viva faz bem ao que te provoca a infecção? Eh, pá. É capaz. Whiskey seria melhor. Isso ou Vodka. Em chamas. Rodela de limão opcional. Depois conta como correu para passarmos a informação ao das mezinhas.

Bochechar betadine

É capaz de ser bom! Mas tem de ser diluído em água que aquela merda sabe mal e tem uma cor esquisita. Mais uma mezinha!

Pode-se meter betadine no penis?

Para quê, pá??? Tens alguém com dores de garganta, é? E foi assim que enganaste a pobre alminha? Que a ias tratar da amigdaló-faringitó-inchaço com Betadine no pénis??? Mézinhas do caralho, oh, pá!

Secção “What The Fuck? – WTF para os amigos”

Calendario semanal snoopy.

Huh?!?!

Snoopy dando conselhos.

Eu não disse que era a secção WTF?

Secção “Não, ainda não tenho 18 anos”

Significado de pataroca

Alguém pode ajudar?

Pardaleco humor

Ok. Queres uma anedota com pardalecos? Fonix.

Ok, ok.

Atão, eram três pardalecos… um pardaleco espanhol, um alemão e um português. Entram num bar e começam a … O quê? Já conheces esta? Oh.

Siga!!!

Secção “Eu queria ser Engº Agrónomo mas não me deixarem”

Lagarteiro chicha.

Ahhh… hmmm… pois… chicha é bom. Rima com… ahhhh… ficha! Rima com ficha!

Mula nas couves.

É uma merda. Pessoalmente, já tive ratos no carro e digo-te, nada bom. E o que pensam as couves da mula?

Olhos de lesma.

O quê? Verdes e cheios de gosma? Mexem-se em ondinhas? Largam ranhoca pela cara abaixo? Vai ao médico.

Abobora puvide

Já diziam os antigos, abóbora que não dê puvide é como armário sem cabide!

Secção “Eu queria escrever poesia mas não me deixarem”

Poesia não vales nada porque me metes-te nesta alhada

Para ti, ‘migo ou ‘miga, só mesmo o Clube dos Poetas Mortos…

Não vou aguentar a falta do teu cheiro no meu ar...duvido que existia vida antes da tua presença

Lá está. Depois dos outros andarem a brincar com células artificiais e o camandro, qualquer um acha que pode opinar quanto aos mistérios da vida. Caredo.

Vila real os velhos tempos de estudante de trazer, os professores que tinha que aguentar. Vila real... que saudades levo em mim... da faculdade e das cervejas sem fim...

Oh, gente! Há cervejas sem fim em Vila Real!!! Há cervejas sem fim em Vila Real!!! I’m a believer!! I believe!!! God almighty, I believe!!!!

Secção “Tenho outro, pá”

Talvez amanha, ou depois amor... dás tudo por nos e eu nao consigo retribuir, eu gosto de ti mas nao me desprendo facilmente de memorias.

Eu traduzo: Arranjei outro, oh paspalho, e este sabe foder. Nem consigo pensar noutra coisa!

Easy! Next!!!

Secção “Vamos jogar um jogo para passar o tempo”

Jogos de limpar a pila dos homens

Ena que fixe! E isso envolve cartas ou pode ser jogado com dados? Há tabuleiro?? Isto não envolve cortinados, pois não?

Jogos de gajas boas a foder com as paredes

Ahhh… mas… e há escadotes? E que tipo de tinta têm de ter as paredes? Mas… esperem aí… paredes lisas?????

Secção “Perguntar não ofende”

Pode cao fode uma mulher?

Pode mulher dar à luz uma besta?

O que uma mulher responde para a outra quando é desafiada ?

Tenta qualquer coisa do tipo “Atão, anda cá minha vaca! Vou-te mugir essas tetas até te saltarem queijinhos frescos do cu!” (sei lá eu, porra… ‘tou só a tentar ajudar!).

De onde expressao é tudo nosso?

Daqui não é, porra. O blog é meu! Quais tudo nosso?! Mas isto é uma democracia ou quê?! Mau! Ala!!!

Nome do país que tirando uma sílaba e na outra a gente passa uma manteguinha e come?

Ai, espera! Eu sei esta! Eu sei!!! Cureia! Cureia!!!! (mas cuidado com as faringites).

Querida queres que te arranje um homen para tu foderes e eu a ver?

Eu admiro casais assim. Casais abertos e modernos que tentam tudo para manter a chama acesa. Casais apaixonados que não deixam morrer a paixão, a novidade… o elemento surpresa. Casais que comunicam por telepatia via Google… É muito à frente.

O que quer dizer "aceita permuta"?

Significa que o banco não empresta dinheiro.

Como fazer uma mini explosao com fluminantes?

Caga nos fluminantes. Rega a cena com gasolina e atira-lhe um fósforo para cima. Ca-boooooom!!!!! Quer dizer… ca-bum! (mini…).

Secção “Sei lá em que secção meter esta secção”

As partes do corpo k os homens gostam de ser tocados.

Partes?? No plural???

Piropos para calar gaja nojenta.

Foste tu que desafiaste a outra, não foste? Desculpa aí qualquer coisinha.

A raparigas nao gostam que lhe chamem fofinha

Pessoalmente, prefiro “besta cabeçuda obtusa e celulítica”. Mas isso sou eu.

Eu posto tu comentas

Nãaaaaaaooooooooo. Não é assim que funciona… EU posto, TU comentas. Isto realmente… Não se pode dar confiança a ninguém.

aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii lindaa :O

Mau. Já disse que prefiro besta cabeçuda obtusa e celulítica! E que merda é essa do smiley de boca aberta?? O que é que isso quer dizer??? Vais ao dentista é? Vê lá se queres mesmo ir, oh parvalhoso. Mau! Lindaa?? Linda o pénis! As raparigas não gostam que lhes chamem essas coisas!

É necesario haver um dia espacial para as mulheres? pq? responde merda

Foda-se, calma aí oh fofinha! Respondo se eu quiser!

Eu, por mim, fazia um dia desses por mês! Carregava a nave com mulheres tipo tu e pimba!! Fodaaaaa-se!!! Stressadinha!!!

Porque não tomar a ostia?

Podes crer! Porque não!?? Atão mas a gente não come caracóis e afins?! Porque não tomar a ostia?!?!? Eu acho muito bem e até acho que se devia começar um grupo no Livro das Fuças para meter este movimento a andar!! Eu apoio! Vá! Tudo a tomar a ostia!!!

Como pensa uma gaja?

Loooooooooooololoooooooooooooooool!!!!! Looollllololooooooooooooolol!!!!! Como é que o quê??? Hahehahehahehahehah!!!! Looooooooolol!!!!

Secção “E por fim…”

10 boas maneiras de uma mulher se orgasmar

Eh, pá, já que ‘tás a perguntar, pergunta aí se há alguma que tenha a ver com paredes. Fiquei curiosa.

E prontes, gente. Assim andou o Google.