28.8.08

Estafadita

imagem: google
Too busy. Too tired. Too much work. Too little time. Too small for such a big world.
Too tired.

24.8.08

Navegar

imagem: google
Na faculdade, tive um professor que era psicólogo. Mas não era um psicólogo qualquer. Ele dava-nos uma cadeira que muito pouco tinha a ver com a área dele mas que, ao mesmo tempo, tinha. Qualquer coisa na área do Desenvolvimento Humano e de Recursos Humanos e de Organizações, etc. Era um craque e eu gostei dele imediatamente. Tinha ar de Avô e era bastante comum ir para as aulas contar histórias dos netos e depois adaptar a coisa para aprendermos alguma coisa com aquilo. As aulas eram, para mim, fascinantes. No entanto, o que mais me fascinava naquele homem era o emprego que tinha tido durante uma data de anos. Ele tinha sido contratado pela Marinha Portuguesa para descobrir o porquê de haver colisões entre navios em alto-mar. Imaginem. Ele, que tinha de passar a sua vida nos navios, tinha de descobrir porque é que no meio de um mar aberto e livre, dois navios gigantescos com equipamentos e radares todos xpto pura e simplesmente seguiam uma rota de prevista colisão e consumavam o acto com um belo e estrondoso “Foda-se, Meu Capitão”. O problema, claro está, não era técnico. Os equipamentos que os navios tinham chegavam e sobravam para impedir que tais coisas acontecessem. Com base nisso, contratou-se um psicólogo para ir analisar as pessoas que tomavam conta desses equipamentos para descobrir onde é que aquilo tudo estava a correr mal. O tal “erro humano”. Ele contava histórias fantásticas. Absolutamente fantásticas. Adorava. Gosto de ideia de que dois navios, a navegar em centenas de quilómetros de mar aberto possam encontrar-se indo direitinhos um ao outro. Mesmo com tudo a trabalhar para que não se encontrem, encontram-se. Pode demorar, mas chegam lá. Com um belo e pomposo estrondo é certo, mas encontram-se. Gosto dessa ideia. Gosto.

22.8.08

Oh, vocês aí! (Hey you there!)

imagem/image: google
Com tanta gente fora de Portugal a vir aqui cuscar-me, seria de esperar sentir mais a vossa presença! Mandem um Oi, um Olá! Qualquer coisa! Vá, preciso de mimo :) Vá, lá! Digam onde estão… como está o tempo por aí… preço do gasóleo… vá, qualquer coisa! E para que não haja desculpas do tipo “ahh e tal não entendo”… With so many people from outside Portugal visiting this blog, I’d expect to hear from all of you! Ok, so I don’t make things easy by posting in Portuguese… I understand. But send me a Hello! Tell me about the weather… prices of gas over there… where you are… where you’d like to be… Something. Anything. I need pampering :) Beijos Kisses e and abraços hugs para for todos! everyone!
(e isto tudo para não falar nos portugas de portugal em portugal que não me ligam nenhuma, claro, mas pronto... ehhh)

21.8.08

Voltar

imagem: google
Inspirando-me AQUI, eu concordo, adiro e defendo este movimento! Também eu quero voltar a outro tempo. - Quero voltar à idade em que ganhar um jogo de berlindes nos tornava os maiores da escola - Quero voltar a acreditar que se nos portarmos bem e comermos todos os vegetais, então o futuro será risonho e cheio de coisas boas - Quero voltar ao tempo em que fazer anos era um acontecimento merecedor de presentes e beijos e abraços e felicitações e mimo - Quero voltar a ter a sensação que os grandes, os adultos, sabiam tudo e nunca deixariam que nada de mal nos acontecesse - Quero voltar ao tempo em que todo o grupo de amigas se reunia em torno de um coração partido, jurando vingança e eterna dor ao causador do mesmo - Quero voltar ao tempo em que ter dinheiro para pastilhas e gelados era mais importante do que termos o cabelo penteado e a t-shirt lavada - Quero voltar ao tempo em que se chegava a casa e se ia directamente para o sofá ver televisão não era ofensa a ninguém - Quero voltar ao tempo em que um “Gosto de ti” valia o mundo, valia voarmos, de coração acelerado e feliz durante dias e dias e dias e dias… - Quero voltar ao tempo em que haviam bruxas, Pai Natal e o Coelho da Páscoa - Quero voltar ao tempo em que ser capaz de beber um copo cheio de coca-cola sem pararmos por termos a garganta a arder era prova de coragem - Quero voltar ao tempo em que ir lanchar a casa de uma amiga era prova inequívoca de que iríamos ser amigas para sempre - Quero voltar ao tempo em pintar sem sair das linhas era um acontecimento - Quero que o “sempre” volte a ser “sempre” e não apenas “até quando for” - Quero voltar ao tempo em que saltar a vedação do quintal para ir brincar com os vizinhos sem avisarmos os nossos pais era uma avaria capaz de nos castigar com uma semana sem televisão - Quero voltar ao tempo em que um joelho esfolado era evento para reunir toda a família em torno do dito cujo por ser uma lesão gravíssima - Quero voltar ao tempo em que as palavras nos reconfortavam - Quero voltar ao tempo em que o futuro éramos nós quem decidia, em que o que queríamos estava tão presente e tão definido que parecia anedótico não conseguirmos - Quero voltar ao tempo em que um beijo selava tudo; valia tudo; significava tudo - Quero voltar ao tempo em que ter uma colecção de cromos maior era importantíssimo - Quero voltar ao tempo em que ter uma BMX valia mais do que ter hoje um BMW
- Quero voltar ao tempo em que se pensava que o emprego que iríamos ter nos iria tornar ricos - Quero voltar ao tempo em que fazermos um postal, desenhado à mão e todo torto, para o aniversário dos nossos pais era um presente “daqueles” - Voltar ao tempo em que um penso rápido resolvia todas as dores e maleitas possíveis - Quero voltar ao tempo em que se escolhiam os nomes dos filhos por nascer porque “uma pessoa tinha de pensar nessas coisas com tempo” - Quero voltar ao tempo em que um andar de mãos dadas era um compromisso sério de futuro - Quero voltar ao tempo em que se chorava e no dia seguinte já tudo estava melhor - Quero voltar ao tempo em que as músicas e canções da nossa vida eram cantadas por homens de lycra com cabelos longos e maquilhagem na cara - Voltar ao tempo em que saber fazer um cavalinho com a bicicleta era um feito extraordinário - Voltar ao tempo em havia amores de verão e depois havia os outros… os sérios… - Voltar ao tempo em que tínhamos a certeza do que queríamos ser quando fossemos grandes - Voltar ao tempo em que dizer “ele é tão giro” era sinal que estávamos irremediavelmente apaixonadas - Voltar ao tempo em que comer uma sandoca para o almoço era suficiente porque havia coisas mais importantes para fazer com aquele tempo - Voltar a sentir segurança num simples olhar da nossa mãe - Voltar ao tempo em que não fazer o que o pai mandava era uma sentença de quase morte - Voltar ao tempo em que dizer mal da fulana xpto era sinal de que pertencíamos ao grupo fixe - Voltar ao tempo em que a idade contava, em que “ser mais velho do que tu” contava para alguma coisa - Quero voltar ao tempo em que enroscar-me no colo da minha mãe era normal e não por necessidade - Quero voltar ao tempo em que sussurrar um “amo-te” necessitava de semanas de cuidada tomada de decisão e horas de reunião de coragem Quero voltar a ser Pequena, deixar de me sentir pequena. Quero ver os Grandes como Grandes e não apenas como sendo maiores que eu. Quero voltar a ter a minha mente limpa e pronta a aceitar o que vier, sem a pressão de termos que saber o que queremos. Quero voltar a ter o meu coração limpo e cheio de coisas para dar sem ter que receber de volta. Quero voltar a poder dizer “Eu sei” e saber mesmo. Quero voltar a ser Pequena, sem me sentir pequena.

20.8.08

How...

imagem: google Em jeito de continuação aos comentários do post anterior... oh o que encontrei. Pois é.

18.8.08

Curiosidade (actualizada)

imagem: google (esta é muito melhor do que a anterior...)
Li recentemente esta frase... um ditado qualquer Finlandês...
Fez tanto sentido para mim que decidi partilhar convosco.
"Para um homem com um martelo, tudo parece um prego"
Os Finlandeses percebem disto. Gostei.

Update III

Acabaram-se as férias. E, sinceramente, ainda bem. Algo me diz que o ano de 2008 vai ser (já é) para esquecer. Pessimismos à parte, claro. Ou não. Whatever. Espero que chova. Bué. Especialmente aqui em Lisboa. Assim pelo menos torna-se mais fácil voltar ao trabalho. Oh, well.

13.8.08

Update II

Ok. Mais um update. Já fui novamente a Lisboa e tornei a voltar no mesmo dia. Menos mau. Tenho por objectivo ensinar o caminho ao Saxo. Talvez da próxima vez ele consiga fazer o caminho sozinho, o preguiçoso. De resto, hoje choveu. Chuvinha molha parvos vinda de um céu carregado e cinzento. Resultado? COMPRAS! Ahh pois é. Pena é que não tenha sido a única a lembrar-me… Claro. Da parte tarde, decidi quebrar um pouco a coisa e como o sol já estava de novo em grande plano, fui até à beach. Tomei um valente banho de areia e vim-me embora. Ehh. Mais coisas… Anda tudo tranquilo. Vamos ver como corre o resto da semana. Tirando este assunto, há dois outros que me têm feito pensar alguma coisita (pouca que estou de férias). Não sei se será só da minha cabecinha, mas, para mim, é reconfortante saber que a polícia atira a matar em situações onde indivíduos se acham donos e senhores das vidas dos outros, colocando-as em risco e mostrando dessa forma o seu puro desprezo pelos outros seres humanos. Se assim tratam os outros, também têm de estar preparados para que assim sejam tratados. Agrada-me saber que, se algum dia tiver de mãos atadas atrás da costas, a ser ameaçada de morte e a levar com uma pistola pela cara a dentro, a polícia vem e espeta um tiro no ou nos filhos da puta que se acham no direito de aniquilar o meu direito a uma existência pacífica e sem problemas e traumas que durem o resto da vida. É para mim reconfortante saber que a tolerância para com atitudes e comportamentos destes seja zero. Lamento, mas não há justificação nenhuma para, propositadamente, usar as vidas de inocentes como utensílios para se atingir os próprios objectivos. Não há fome, falta de dinheiro ou falta de emprego, doença ou desespero suficiente que justifique alguém pegar numa arma e ameaçar de morte pessoas inocentes. Gosto de saber que esse desprezo pela vida seja retribuído da forma como foi. E por favor não se metam com moralismos. Bastaria ser um de vós ou então alguém que vos é chegado para terem ido a correr para o local, placard a dizer “Matem os Cabrões!!” em riste, e exigir sangue. Se fosse eu naquela situação, adoraria saber que bastaria terem oportunidade que a polícia atirava logo. Adoraria. Aliás, penso que seria das poucas coisas que me permitissem sobreviver uma situação daquelas: saber que a minha vida de inocente vale mais do que de um criminoso que a ameaça e que o estado, para o qual eu contribuo, me protege mais a mim do que a quem acha que as leis não se lhes aplicam. Lamento. Outra coisa. Aquela cena do assalto a um contentor onde os assaltantes foram apanhados em flagrante, quase mataram um agente da gnr e depois fugiram apenas para provocar a morte de uma criança de 12 anos, filho e sobrinho dos assaltantes. Acho absolutamente fantástico que a gnr e o ministério da administração interna estejam a averiguar se houve “excesso de força” utilizada pelos senhores que têm armas para atirar contra quem infringe a lei e manifesta comportamento contrário aos, vá, bons costumes (tentar atropelar e matar um gnr não é bem, convenhamos, muito menos acharem-se no direito de retirar, sem autorização do proprietário, bens que não lhes pertencem… roubar, portanto). Acho fantástico que os dois senhores, Pai e Tio, tenham sido apresentados a tribunal e libertados de imediato tendo apenas termo de identidade e residência enquanto que aquelas estúpidos de merda que andavam a trabalhar e a zelar pelo bem (Não roubarás…) geral do pessoal talvez venham a ser castigados e suspensos. Acho fantástico que o tribunal tenha liberto aqueles dois senhores para poderem regressar às suas famílias, e, quem sabe? talvez empreender mais umas actividades de meter a mão no que não é deles na companhia de outras crianças da família enquanto que os outros estúpidos da merda dos gnrs talvez fiquem sem rendimentos para sustentarem as suas próprias famílias. Acho fantástico o desplante de um familiar das vítimas (sim, neste caso, houve três: um menor que morreu porque o gnr não soube não fazer pontaria à cabeça de um ou de ambos os adultos e esses mesmos adultos que, tenhamos pena de suas almas, são simples e inocentes vítimas de racismo e mentiras inventadas por aquelas estúpidos do caralho que não tinham nada melhor que fazer do que passar ao pé do contentor naquele preciso instante em que alguém tentava retirar o seu conteúdo) que desmentiu a acção da gnr, afirmando que eles teriam inventado tudo, sem mais nem menos, para poderem fazer o gosto ao dedo e matar uma criança de 12 anos (que, vejamos, eles sabiam perfeitamente que ia dentro da carrinha… espertos os sacanas dos gnrs… devem ter um sistema de pontos em que ganha aquele que mais conseguir inventar e fazer sem haver necessidade, e se conseguir matar um menor nos entretantos, melhor! Pontos extra!). Pelo amor do vosso deus! Estas merdas chateiam-me. Mesmo. Porra, pá.

7.8.08

Update da coisa

imagem: google
Update de férias para os interessados. - Férias começaram fez ontem uma semana. - Só vim para baixo na quinta à tarde. - Na passada segunda-feira, fui a Lisboa. - Na passada segunda-feira, voltei de Lisboa. - Talvez para a semana tenha de voltar a Lisboa. - A água do mar está boa. - O vento tira toda e qualquer vontade de mergulhos. - Quando há menos vento, as nuvens que têm aparecido pela tarde trazem um bom alívio ao calor (que nem é assim muito). - Há menos gente cá em baixo. O que é bom e mau. Lado bom: tenho lugar para deixar o carro a menos de 300 metros de casa. Lado mau: ahhh… hmmm… bem, passemos à frente. - No outro dia, ouvi uma senhora dizer o seguinte à filha de aí uns 3 aninhos enquanto estavam à beira mar: Podes fazer chichi no mar, filha. Não faz mal. A Mãe também faz! - Hoje ouvi a seguinte conversa entre duas famílias a caminho da praia: . Gaja: Atão, oh XPTO, a XPTOA não vem hoje? . Gajo: Não, ficou em casa. . Gaja: Então porquê? . Gajinho filho do Gajo: Está com o período. Per-i-odo. É isso. . Gaja: Oh Gajinho filho do Gajo! Isso não se diz! . Gajinho filho do Gajo: Per-i-odo. É assim que se diz. . Gajo: (Silêncio) . Gaja: É assim, sim. Mas isso não se diz. Podem estar pessoas a ouvir. . Gajo da Gaja: Bem, amanhã dá a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. Quero ver aquilo. . Gajo: Pois, pá. Deve ser muito bom. Chineses, pá. E pronto. Update feito. Boa continuação de seja o que for que andem a fazer e até breve :)