Ok.
Mais um update.
Já fui novamente a Lisboa e tornei a voltar no mesmo dia. Menos mau. Tenho por objectivo ensinar o caminho ao Saxo. Talvez da próxima vez ele consiga fazer o caminho sozinho, o preguiçoso.
De resto, hoje choveu. Chuvinha molha parvos vinda de um céu carregado e cinzento. Resultado? COMPRAS! Ahh pois é. Pena é que não tenha sido a única a lembrar-me… Claro.
Da parte tarde, decidi quebrar um pouco a coisa e como o sol já estava de novo em grande plano, fui até à beach. Tomei um valente banho de areia e vim-me embora.
Ehh.
Mais coisas… Anda tudo tranquilo. Vamos ver como corre o resto da semana.
Tirando este assunto, há dois outros que me têm feito pensar alguma coisita (pouca que estou de férias).
Não sei se será só da minha cabecinha, mas, para mim, é reconfortante saber que a polícia atira a matar em situações onde indivíduos se acham donos e senhores das vidas dos outros, colocando-as em risco e mostrando dessa forma o seu puro desprezo pelos outros seres humanos. Se assim tratam os outros, também têm de estar preparados para que assim sejam tratados. Agrada-me saber que, se algum dia tiver de mãos atadas atrás da costas, a ser ameaçada de morte e a levar com uma pistola pela cara a dentro, a polícia vem e espeta um tiro no ou nos filhos da puta que se acham no direito de aniquilar o meu direito a uma existência pacífica e sem problemas e traumas que durem o resto da vida. É para mim reconfortante saber que a tolerância para com atitudes e comportamentos destes seja zero.
Lamento, mas não há justificação nenhuma para, propositadamente, usar as vidas de inocentes como utensílios para se atingir os próprios objectivos. Não há fome, falta de dinheiro ou falta de emprego, doença ou desespero suficiente que justifique alguém pegar numa arma e ameaçar de morte pessoas inocentes. Gosto de saber que esse desprezo pela vida seja retribuído da forma como foi. E por favor não se metam com moralismos. Bastaria ser um de vós ou então alguém que vos é chegado para terem ido a correr para o local, placard a dizer “Matem os Cabrões!!” em riste, e exigir sangue.
Se fosse eu naquela situação, adoraria saber que bastaria terem oportunidade que a polícia atirava logo. Adoraria. Aliás, penso que seria das poucas coisas que me permitissem sobreviver uma situação daquelas: saber que a minha vida de inocente vale mais do que de um criminoso que a ameaça e que o estado, para o qual eu contribuo, me protege mais a mim do que a quem acha que as leis não se lhes aplicam. Lamento.
Outra coisa. Aquela cena do assalto a um contentor onde os assaltantes foram apanhados em flagrante, quase mataram um agente da gnr e depois fugiram apenas para provocar a morte de uma criança de 12 anos, filho e sobrinho dos assaltantes. Acho absolutamente fantástico que a gnr e o ministério da administração interna estejam a averiguar se houve “excesso de força” utilizada pelos senhores que têm armas para atirar contra quem infringe a lei e manifesta comportamento contrário aos, vá, bons costumes (tentar atropelar e matar um gnr não é bem, convenhamos, muito menos acharem-se no direito de retirar, sem autorização do proprietário, bens que não lhes pertencem… roubar, portanto). Acho fantástico que os dois senhores, Pai e Tio, tenham sido apresentados a tribunal e libertados de imediato tendo apenas termo de identidade e residência enquanto que aquelas estúpidos de merda que andavam a trabalhar e a zelar pelo bem (Não roubarás…) geral do pessoal talvez venham a ser castigados e suspensos.
Acho fantástico que o tribunal tenha liberto aqueles dois senhores para poderem regressar às suas famílias, e, quem sabe? talvez empreender mais umas actividades de meter a mão no que não é deles na companhia de outras crianças da família enquanto que os outros estúpidos da merda dos gnrs talvez fiquem sem rendimentos para sustentarem as suas próprias famílias.
Acho fantástico o desplante de um familiar das vítimas (sim, neste caso, houve três: um menor que morreu porque o gnr não soube não fazer pontaria à cabeça de um ou de ambos os adultos e esses mesmos adultos que, tenhamos pena de suas almas, são simples e inocentes vítimas de racismo e mentiras inventadas por aquelas estúpidos do caralho que não tinham nada melhor que fazer do que passar ao pé do contentor naquele preciso instante em que alguém tentava retirar o seu conteúdo) que desmentiu a acção da gnr, afirmando que eles teriam inventado tudo, sem mais nem menos, para poderem fazer o gosto ao dedo e matar uma criança de 12 anos (que, vejamos, eles sabiam perfeitamente que ia dentro da carrinha… espertos os sacanas dos gnrs… devem ter um sistema de pontos em que ganha aquele que mais conseguir inventar e fazer sem haver necessidade, e se conseguir matar um menor nos entretantos, melhor! Pontos extra!).
Pelo amor do vosso deus!
Estas merdas chateiam-me. Mesmo. Porra, pá.