18.10.07

A Problemática das Más Quecas e suas Consequências no Mundo Laboral

imagem: google
Há quem diga (os Homens) que não existem “Más Quecas”. Como, para eles, atingir aquele momento final é quase sempre certo, parece que conseguem de alguma forma esquecer todos os restantes que levaram até ao mesmo. A gaja era feia que nem um bode? Não interessa: tinha umas belas mamas. Etc. Etc. Etc. Enquanto que esta realidade pode ser toda muito bonita para os seres ejaculadores deste planeta, existe todo um mundo reservado apenas aos “alvos” da referida ejaculação que, vá-se lá saber porquê, levam isto muito mais a sério. Uma Má Queca no mundo feminino pode representar o despoletar de uma gravíssima depressão caso a indivíduo (é assim que se diz, é) comece a questionar-se sobre as razões da mesma. Ok, pode até ser que chegue à conclusão que é o gajo que não faz a mais pálida ideia do que está a fazer (como aquele eterno mistério referente à localização do clítoris ser algures entre os joelhos e o umbigo…), mas, até lá, as questões, as dúvidas e as perguntas podem aniquilar qualquer saudável ego feminino. Há quem se mostre devastada por experimentar uma Má Queca sem nunca chegar a fazer nada em relação a isso; há quem se mostre determinada a acabar com essa situação sacando de um mapa de geografia humana, cheio de luzes e buzinas, para mostrar ao Exmo. Sr. Gajo exactamente onde é o dito cujo do clítoris ou outras coisas de maior relevância informativa. Mas depois, claro, também há aquelas Exmas. Sras. Gajas que nunca equacionam a hipótese de a “culpa” ser, a) do seu rabo enorme, b) das suas mamas pequenas ou c) do gajo não saber que lubrificação não tem nada a ver com correntes de distribuição. Não! Estas Exmas. Sras. Gajas decidem que a culpa destas coisas todas (e outras ainda que não vou agora abordar) é das colegas de trabalho! E assim, com base nesta premissa, lá vão descarregando toda a sua tensão sexual acumulada nas pobres coitadas colegas; lá vão empurrando todo aquele nervoso miudinho provocado por falta de Boa Queca para cima das colegas que, com a infinita paciência e solidariedade feminina de quem consegue reconhecer uma Vítima da Má Queca à distância (é genético… as mulheres conseguem ver estas coisas) lá vão tentando acalmar os ânimos, lá vão tentando compreender, lá vão ignorando a profunda vontade de atirar um bem apontado “Miga, o teu Exmo. Sr. Gajo não conhece a arte da Boa Queca? E a culpa é de quem, diz lá?” ou então um mais gracioso “Olha, vai ver este site… têm lá uns electrodomésticos/utensílios/insufláveis mesmo giros que talvez te ajudem nas tarefas domésticas”. É mais do que óbvio que toda a gente passa por uma Má Queca mais tarde ou mais cedo. É mais do que óbvio que há alturas da vida em que parece que somos espectadores de um filme de baixíssima qualidade, sem conseguirmos da melhor forma ou atempadamente alterar o guião. Agora, deixar essa Má Queca extravasar do banco de trás de um qualquer automóvel, das tábuas de um qualquer chão ou ainda da bancada de uma qualquer cozinha, deixando-a ir direitinha para a paciência das colegas é que não está com nada. Treinem mais! Leiam o livro de instruções! Façam o que quiserem, mas, por favor!, não façam com que o resto do pessoal fique com a mesma má disposição de quem, apenas a título de exemplo exemplificativo e possivelmente muitíssimo acertado com uma certa e determinada realidade que por aqui abunda, parece ter passado a noite anterior com a cabeça enfiada no lava-loiças, olhos cheios de Fairy, cuecas enroladas nos tornozelos enquanto vai soltando uns “Meu machão! Tu matas-me! Dás cabo de mim!” só para apressar a coisa e desabafar um cadito com o universo. Porra, pá! Não há pachorra!

2 comentários:

Anónimo disse...

Que saudades do teu sentido de humor...

Beijinhos!
Muitos!

Me disse...

Até eu andava com saudades dele ;)

Beijos!!!!