imagem: google
Fotos de gajas com poses à lá estrela de soft porn e escancaradas pela net fora como se de anúncios a serviços se tratassem (depois admiram-se de assim serem tratadas...).
Fazer um esforço para responder a anúncios de trabalho de forma individualizada mesmo sabendo que do outro lado, ninguém vai ter o mesmo respeito ou sequer responder-me.
Esquecer-me de comprar leite.
Gajas que se armam aos cucos em nome de uma qualquer
lealdade mal colocada e fundamentada, há muito ultrapassada só porque querem fazer bonito junto de terceiros.
Que finjam que não percebem que eu percebi.
Ter que fingir que não percebi dando assim mais uma
hipótese à pessoa de pensar bem antes de falar novamente (tenho um lado permissivo... e compreensivo... às vezes...).
Pacotes de coisas que não podem apanhar ar (batatas
fritas, cereais, etc.) mal fechados.
Gente que se queixa de estar numa situação muito má mas
que nada faz para sair dela (ao menos que parem de se queixar, foda-se).
Aquelas cenas de amizade e o diabo a sete que as gajas
enviam umas às outras pelo facebook, com corações e imagens de gatinhos e cães
a rebolar nas ondas e com juras de eterno amor e amizade das mais puras até
serem velhinhas e cheias de rugas e incapazes de reter a própria urina.
Ficar sem o meu café tipo solúvel e ter que comprar ou
usar outro para meter no leite do pequeno-almoço (que, por vezes, me esqueço de comprar). Drama do caraças.
Instigadores do Complexo Zé Maria (Oh! Vamo-nos todos
armar em beneméritos condescendentes e paternalistas estendendo a mão da pena a
quem se saiu menos bem de uma qualquer situação porque assim mostramos o tipo
de ser humano que somos – nada menos que excelente – e apaziguamos a consciência
pesada que nos resta por sabermos que tudo quanto fazemos é, de facto, em nome
de uma qualquer pena e não em nome de verdadeira amizade ou seja lá o que for!
Butes!).
Receber contas.
Pagar contas.
Gente que usa e abusa da boa vontade dos outros para não
se sentirem na merda.
Gente que não percebe que está a ser usada para que os
outros não se sintam na merda.
Quem não sabe bem usar o verbo “haver”, atirando com “à
três horas atraz (outra!)” para traz (mais uma vez!) e para a frente como se
não ouvesse (!) amanhã.
Peixe e carne mal passados.
Decisões tomadas pensando nos outros e não em nós.
A merda do teclado do telemóvel que de vez em quando "força shutdown".
Divagações existenciais fundadas em demasiadas leituras
de romances do Paulo Coelho ou Nicholas Sparks ou Margarida Rebelo Pinto ou,
pior ainda, livros de auto-ajuda (Medo. Muito medo).
O esquentador demorar tanto tempo a “produzir” água
quente.
Quem não se manca.
Quem não ajuda, podendo, a que os outros se manquem.
Comida salgada.
Gente incapaz de dizer asneiras.
Sorrisos forçados, risadas arrancadas a ferros e perguntas parvas só porque não se sabe ficar em silêncio.
Ser, por vezes, uma besta intolerante e demasiado
exigente, picuinhas, até, com as merdas que me chateiam.
E pronto.