18.11.09

I'm going home

imagem: google
Sabem que mais? Em relação ao tema da Igualdade entre Homens e Mulheres, fiquem com a mensagem da imagem acima (quem quiser, claro… quem não quiser que esteja à vontade). I’m going home… E não vou tomar uma posição tão extrema como aquele casal na Suécia que escondeu o sexo do filho/filha de os amigos (apenas familiares e amigos mais próximos sabiam…) para que a criança não crescesse tendo por referência estereótipos de género e afins. Também não é preciso tanto (para mim, não). Defendo que as diferenças devem ser celebradas de modo a que possam ser aceites e dignificadas, não utilizadas como armas de discriminação negativa, deitando abaixo quem calhar ficar na parte mais difícil da coisa. É preciso discriminar positivamente de modo a ganharmos algum tipo de equilíbrio nas coisas. Acredito que Homens e Mulheres têm de ter igual acesso a tudo quanto seja direito consagrado pura e simplesmente por todos nascermos seres humanos e sei perfeitamente que por enquanto ainda existe muita discriminação para com as mulheres e para com os homens em relação a precisamente este acesso a direitos. Ao nível das obrigações, cada um aceita as que achar que deve e não refila. Temos pena. Acredito que as mulheres, no geral, têm feito uma bela merda de trabalho em relação a este assunto, assumindo que para haver igualdade, têm de ser iguais aos homens. Não é verdade. Os homens também têm culpa neste campo. Elogiam mais as mulheres que têm atitudes tipicamente “masculinas”, descrevendo-as como sendo mais fortes e inteligentes do que o restante mulherio. Alimentam a coisa… Acredito que os homens, no meio desta merda toda, também têm sofrido com estas coisas, deixando de saber muito bem em que lugar se devem colocar. As mulheres tanto querem a besta abrutalhada que as encosta à parede e lhes mostra exactamente o que querem como a alma sensível que chora durante os filmes românticos. Os homens andam todos baralhados, sendo que as mulheres independentes lhes atrofiam a cabeça porque ficam a pensar que não se precisa deles e as que não o são deviam ser porque estamos no século XXI e a dependência e afins eram coisas do antigamente. Aquilo que se “pedia” a um homem há uns anos atrás não é a mesma coisa que se pede hoje e nem sequer se deu tempo para se adaptarem. As mulheres, numa de evidenciar a masculinidade que reside em todas as boas fêmeas, agarraram-se a princípios machos e, numa clara missão de serem mais filhas da puta que o próximo, exacerbaram o masculino, espetaram-lhe com um par de saltos altos em cima e chamam-lhe “Sucesso” enquanto fazem questão de andar com decotes até ao umbigo, insultando a inteligência dos homens e restantes mulheres que acham que não é por aí. Admitamos, de uma vez por todas, que ninguém sabe andar nesta merda e que as mulheres são as que mais têm a perder com toda a perdição em torno do “se eles podem, nós também podemos”. Ainda que isto não deixe de ser verdade, enquanto as mulheres se continuarem a avaliar por padrões masculinos, tornando-os no ideal, nada vai mudar. Apenas se reforça. As mulheres têm medo de ser mulheres de direito próprio e os homens até já têm medo de dizer que nos preferem ver de saias porque isso seria sexista, quanto mais serem tudo aquilo que acham que podem ser (para o bem e para o mal). Deixemo-nos das merdas de discursos que vitimizam, que desculpabilizam, que retiram a responsabilidade de cima dos ombros de cada um. A mudança destas coisas começa em cada um de nós, se assim o quisermos. Quem viver bem com o que tem, faça favor de ser feliz. Mas não me lixem a cabeça com merdas sem jeito, com argumentos sem nexo e muito menos me venham para aqui dizer que me sinto inferior às outras mulheres porque me acho menos inteligente ou com menos beleza como modo de contrapor esta minha visão das coisas. Com as vossas inseguranças posso eu muito bem.
Lamento informar, mas é preciso um pouco mais que bom raciocínio e um belo par de mamas para me fazerem sentir inferior a seja quem for. Cresçam e apareçam. I’m going home.

32 comentários:

Lizard King disse...

Oi Me,

acho que andamos todos a dar demasiada importância à igualdade de genero, ou melhor, como em tudo neste país lançou-se uma campanha e uma comissão (CIG) para "gritar" pela "igualdade de genero" mas esquecerem-se de explicar por palavras simples e não demagogia, no que consiste a mesma e que é - Luta contra a violência doméstica e relações de namoro violentas, em ambos os sexos. A discriminação por sexos já é um acrescimo, porque as senhoras da AMCV, resolveram "meter-se" e até começaram bem, pois "lutavam" contra o tráfico humano (lenocidio) mas depois acharam que era porreiro evidenciar também a discriminação nos locais de trabalho, a dos ordenados, a das tarefas domésticas (leia-se escravatura (?!?) e vai daí as coisas descambaram por todos os lados, se é gaja e levou piçada do chefe é sexismo, nunca incompetência, se é gajo e não fez o jantar, hoje também não come porque "não sou criada", mas nunca perguntar se ele o sabe fazer ou ensinar-lhe e com tanta merda e tanta demagogia criou-se um fosso entre os generos que descambou em "tolerância zero" nas relações.
E que tal as mulheres serem apenas mulheres, femininas, inteligentes e emocionais e apreciarem a sua condição e todas as coisas boas que isso envolve e os homens serem apenas homens e disfrutarem da sua masculinidade. Eu não aprecio uma mulher que compete com os homens e se veste de "macho", tal como não aprecio um gajo que se depila todo e faz manicure/ pedicure. Não inventem as mulheres não são mais ou menos que os homens e o inverso, são sim complementares e em relação à tua última frase lembra-te que independentemente de mamas grandes ou cus grandes, ou barbas cerradas ou cabelos no peito ou "outra merda qualquer" - Ninguém te pode fazer sentir inferior, sem o teu consentimento! (Eleanor Roosevelt).

beijo

Me disse...

O que vale é que vai aparecendo gente INFORMADA que vai percebendo desta merda e deixando aqui o que tem a dizer.
Só te posso agradecer porque, porra, podes mesmo crer!
Passei a formação toda a dizer coisas com as que disseste agora: que se somos uma coisa, não temos que ser outra e que não é nivelando tudo pelo mesmo que a coisa se vai resolver.
Uma trapalhada desgraçada.
E sabes que mais? De cada vez que "desancava" nas mulheres, via caras de alívio nas caras daquela gente. Do tipo: É isso!!! É isso!!

Chegamos a um ponto de quase estupidez. Alertar para que as diferenças não sejam utilizadas como armas é uma coisa (o que eu tentei fazer). Alertar para lavar cérebros é outra, porra.

CAREDO!!!

Muito obrigada por teres dito o que disseste, por seres Gaja, Mulher e, foda-se, ainda por cima, decente!!!!
Valha-me a santa, oh, pá!!!
Beijos!

fisherman disse...

Resumido e claro "Lizard".

Muito bom texto, haja qualidade nas intervenção de quando em vez.

Me
Vai com calma pá não te precisas de enervar, mas aquela gente da formação será que ainda não percebeu bem a tua mensagem??

Me disse...

Fisherman,
Não é do pessoal da formação que aqui falo...
Esses acredito que tenham visto algum tipo de utilidade na coisa. Conhecimento não ocupa lugar...

E eu não estou enervada!!!! PORRA, PÁ!!!!!!!!

:)

Fisherman disse...

Este tipo de assunto "As igualdades etc." é bom de ser debatido em grupo, de preferência que seja homogéneo no que toca a opiniões, sendo que é importante confrontar e perceber a razão pela qual defendemos determinada posição.
Como dizes conhecimento não ocupa lugar, e se for bem transmitido pode influênciar em muito certas coisas nas nossas vidas.

Oh "Me" eu sei que estás. :D

Anonymous disse...

Me: Continuo a ler as tuas "merdas" e por vezes no meio de "merdas mais confusas" encontro "pérolas de merda" como esta "post... de pescada" com as quais me identifico bastante!

Bela "merda" que tens nesse ananás (cérebro inchado)! :-D

Me disse...

Fisherman,
Essa coisa da influência nas nossas vidas é vital nesta questão. Nós nem nos apercebemos da forma como somos condicionados a pensar e a acreditar em certas coisas. Tomamos tudo como sendo "natural" e nem sempre é assim.
Para mim, o mais importante é percebermos as coisas. Entender as coisas. Ver a razão de ser para que nos possamos situar melhor. Fazemos as coisas por fazer ou porque é mesmo isso que queremos fazer? Ou fazemos porque é isso que se espera de nós?
Tudo questões aplicáveis a quase tudo quanto seja assunto, mas nesta questão da discriminação entre sexos, existe também algum receio de ir contra, de não discriminar... sair da norma... fugir ao "normal"...
Oh, well.

É a vida... já dizia o outro.

Obrigada pela visita.

Me disse...

Olha, olha quem ele é!!

Posso estar enganada mas este tipo de comentário só pode vir de uma pessoa...
Obrigada pela visita! Pés na terra, ouviste?
;)

O Inconformado disse...

Eu assino por baixo. Hoje em dia confunde-se igualdade dos sexos com a necessidade de acabar com a opressão de um sexo sobre o outro. São coisas diferentes. Não se misturam. Mulher tem de ser mulher. Homem tem de ser Homem. Ponto. Uma coisa é um Homem saber fazer uma refeição, outra é que a sociedade condene os que não o sabem fazer porque não são gajos modernos e com um pé dentro da igualdade. Homem e Mulher complementam-se, como já foi dito, e a solução para o problema das diferenças é simples: aceitação. Colaboração. Partilha. Entendimento. Coisas que hoje em dia cada vez fazem menos parte do vocabulário relacional.

Portanto, concordo plenamente com o que foi escrito e digo ainda mais: vou manter os meus glúteos por depilar para celebrar a minha masculinidade! Gajo que é gajo assume o seu pêlo perante todos sem complexos!

K disse...

Esqueces-te é que muitas das coisas que falas não são condições inerentes ao género mas sim características que advêm do processo de culturização e socialização, e que as sociedades, essas, são mutáveis. O que poderá para ti ser mulher/homem, poderá não ser o mesmo para o vizinho do lado.

Não me parece de todo que a capacidade de ser sensível (e ser sensível não é o mesmo que ser emocional ou chorar em filmes), por exemplo, seja característica exclusivamente feminina, e se muitos homens não demonstram esse seu lado é porque assim foram ensinados, ah e tal porque é de macho, embora isso nunca lhes retirasse a masculinidade. Nem que uma mulher tenha que fingir que não o é para parecer mais forte, até porque a força de cada um não se mede por aí.
Assim como eu acho que a filha-da-putice não é inerente ao género. Quanto muito é inerente ao carácter (ou falta dele) de cada um.

Sou muito mais apologista que todos temos de masculino e feminino, sejam homens ou mulheres, e que o ideal será encontrar o equilíbrio entre essas duas vertentes, sem qualquer receio. Isso de que as mulheres devem ser assim e os homens assado é que me parece uma valente merda, quando no fundo somos todos humanos e iguais nas nossas diferenças. Cada um deve ser como cada qual independentemente do género sexual que lhe calhou à nascença. Conheço mulheres que são menos emocionais e homens que o são mais, não porque acharam que deveriam ser assim, mas simplesmente porque são assim. Vamos crucificá-los? A tipa vai ter que fingir ser mais emocional porque as mulheres é suposto serem assim e o tipo vai ter que fingir não ser porque é suposto os homens assim serem?

Decerto não vou achar sexista ouvir um homem dizer que gosta de ver uma mulher de saias e/ou saltos altos. Porém, certamente acharei sexista que um homem me considere menos mulher e feminina porque optei por não fazê-lo, como se isso fosse condição obrigatória (entre outras coisas). E isto também é discriminação. Ou não?

Como já te disse aqui uma vez, quando nos limitarmos a vermo-nos como seres humanos que somos independentemente do género sexual, libertarmo-nos de parâmetros balizantes e castradores da sociedade, e aceitarmos cada um como cada qual, não haverá necessidade de discutir o sexo dos anjos.

(atente-se que eu não me estou a referir à questão de igualdades de direitos, que nesse ponto não tenho nada a apontar. apenas acho o restante do teu discurso limitativo)

Me disse...

Inconformado,
Vejo o simbolismo dos glúteos por depilar como forma de te manteres bem enquadrado na tua masculinidade, mas porra, pá, é preciso tanto?
Oh valha-me caredo.

Acho sinceramente que isto anda tudo trocado. Hoje em dia, uma gaja dizer que não sabe cozinhar ou passar a ferro, por exemplo, é fashion. É bem. Significa que se libertou daquele papel tipicamente associado com a mulher. Mas depois não se importa nada de ir levar roupa suja à casa da Mãe para que seja essa mulher a lavar e passar e tudo o mais. Mãe não é Mulher... Não. Ou ir lá buscar comida... por exemplo.
Recusar coisas com base neste tipo de atitude é parvo. Há coisas que pura e simplesmente têm de ser feitas porque são inerentes a certas condições e contextos. Simples. Sejam homens ou mulheres, todos, mais tarde ou mais cedo, vão ter que executar determinadas tarefas (isto só a título de exemplo).
Quase que nem vale a pena falar mais destas coisas. Quase.
Vale sim a pena deixar que cada um se enquadre onde bem quiser e onde bem puder.
Talvez daqui a uns anos haja alterações ao nível da percepção que todos temos uns dos outros a este nível.
Mas mantenho a minha, regueifa cheia de pêlos é coisa que dispenso num homem. Mas vá. Cada um tem direito à sua individualidade, com ou sem pêlos...
:)

O Inconformado disse...

são só uns pelitos... vá... tenho mais na cabeça! :)

Me disse...

Huh????

K disse...

Acho que isso de que as mulheres devem ser cozido e os homens assado, conversa de ir ao cu.

Percebes melhor assim?

Me disse...

A sociedade, a cultura, os costumes, as tradições… estas coisas têm raízes profundas e as suas próprias razões de ser. Os papéis de género, os estereótipos de género e de sexos fazem parte de todas as coisas que nos são ensinadas e incutidas. Nós, fiéis, perpetuamos esses ensinamentos, acrescentando ou não outras coisas.
Nasce-se com sexo determinado; o género aprende-se.
Se somos todos iguais? Não. Se homens e mulheres têm direito a serem o que são enquanto seres humanos? Sim.
Que na questão de acesso a certos e determinados direitos os poderes estão desequilibrados? Sim. É aí que se focam estas questões e não nos factores que fazem de cada pessoa uma pessoa.
Não nos podemos é esquecer que mesmo com toda esta liberdade para sermos o que somos, há coisas que se “esperam” que os homens e as mulheres sejam pura e simplesmente porque as convenções sociais assim o ditam, porque somos efectivamente diferentes (tendo por base razões biológicas e não só). São as diferenças “saudáveis”, inerentes à condição de cada um, que devem ser celebradas. As diferenças que existem por “convenção” devem ser abolidas, erradicadas. Fazem mal a ambos os sexos, a todos os géneros.
E não é conversa de ir ao cu. Nivelar toda a gente pelos mesmos padrões é perigoso. Dizer que a partir de agora toda a gente recebe o mesmo tratamento é muito perigoso.
A Igualdade não existe. Nem nunca existirá nos termos idílicos com que gostam de a pintar.
Que há coisas que devem e podem ser feitas para que haja maior igualdade no tratamento, no respeito… isso sim. No acesso a direitos, no cumprimento de obrigações, no assumir de responsabilidades… E para isso, é preciso reconhecer que há diferenças.
Percebes melhor assim?

Me disse...

Há coisas que eu não preciso mesmo de saber, pá.
Fónix.

Cantador de Desgarradas disse...

Por favor, minhas senhoras, não queiram, por nada deste mundo, ser iguais aos homens, que são feios para burro!

Sejam lindas, sejam meninas, sejam mulheres, exijam tudo o que quiserem e vos apetecer, trabalhem onde quiserem e puderem, mas não queiram ser iguais aos homens!

Porque, senão, como é que se brincava aos médicos e às enfermeiras? (ou às médicas e aos enfermeiros, é melhor deixar também esta hipótese, não vá haver alguma alma mais susceptível que veja logo aqui não sei o quê...)

Ah! é verdade: eu choro a ver filmes e lá por isso não sou menina, tá bem?

K disse...

Minha cara, eu já tinha percebido, continuo é sem concordar. Mas eu sou uma utópica e lírica. Até porque tenho para mim que a maioria das diferenças são por convenção, logo, e de acordo com o que dizes, abolidas. Efectivamente as diferenças realmente existentes são muito poucas. Eu sou a favor da igualdade e não vejo que venha mal ao mundo por isso. Nem acho que seja perigoso. Pode é dar uma grande carga de trabalhos, lá isso pode, pois a maioria das pessoas não consegue ver além e é resistente às mudanças.
Mas lá está, isto sou eu, que sou utópica e lírica, e que há muito caguei nas convenções, apesar de obviamente ter características intrínsecas ao processo de socialização.

(que raio queres dizer com não se poder receber o mesmo tratamento?!!? a sério, este tipo de conversa causa-me fastio. volto a salientar, que não estou a focar a parte da igualdade de direitos e responsabilidades. estou a falar da parte social da questão, unica e exclusivamente dos ditos papeis esperados)

Me disse...

Ninguém caga em convenções. Vivemos no meio delas, respiramo-las... somos regidos e regemo-nos por elas. Não há hipótese. Podemos é andar a divagar um pouco entre os extremos de "obediência" às mesmas... Mas andamos todos metidos nessa coisa.
A igualdade de tratamento tem de estar nos terrenos dizentes ao ser humano, àquilo que faz de cada um de nós um ou uma indivíduo.
Onde existem efectivamente diferenças, não pode haver igualdade de tratamento. As diferenças têm de ser celebradas. Daí ser um erro as mulheres quererem o mesmo que os homens em determinados campos... Não dá.
K, não fossem os papéis que esperam de nós e que nós esperamos dos outros, e isto seria um caos. A sociedade auto-regula-se de acordo com uma data de merdas e tudo com o objectivo de simplificar e tornar as coisas mais simples e fáceis em termos de interacção e vivência. Haver papéis de género é inevitável a partir do momento em que há mais que um. Cada um vai para o seu terreno e comporta-se de acordo com aquilo que o permite melhor sobreviver (tenha ou não sido aprendido, incutido... whatever).
A parte social da questão é a maior barreira a tudo isto. Se formos pela Lei, estava tudo preso. Se formos pelo racional, somos todos uns totós... o social é o que dá cabo disto. É o que diz que eu não posso mandar um velho porco para o caralho se ele por acaso passa por mim e me diz que gostava de me comer toda (várias questões aqui: não ofender os mais velhos... respeitinho e tal e depois, uma mulher séria não tem ouvidos e muito mens responde dessa maneira). E eu posso fazê-lo na mesma, mas ninguem me bate palmas.
Não há igualdade. nem necessáriamente tenha de haver em todos os "sítios". Mas não sejamos cegos ao ponto de acharmos que estas coisas não nos afectam ou que nós não as afectamos a elas.

Me disse...

Desgarrado,
Eu, por mim, não quero ser igual aos homens (e se forem daqueles com a regueifa coberta de pêlos atão... yukkkk!).
Já fui discriminada por ser mulher, e já discriminei com base no mesmo (homens e mulheres).
Isto é como a religião e as orações e rezas e afins... temos de nos agarrar a alguma coisa, né?
;)

E chore a ver filmes à vontade que eu às vezes choro tanto que até me envergonho...
:)

K disse...

Volto a dizer, as diferenças reais e efectivas não são assim tantas como isso. A sociedade ao querer simplificar, apenas complica. O facto de a sociedade assim ser não significa que não se parta para uma mudança. Nem implica caos (nesse aspecto não concordo contigo). Quanto muito poderá ser um processo tumultuoso que acontece sempre que há uma mudança.

Já isso das diferenças implicarem uma não igualdade de tratamento é muito lato e muito vago.

Eu bateria palmas caso respondesses ao velho - uma questão de justiça e de resposta condizente. Assim como poderia bater palmas caso não o fizesses - não por seres mulher mas por seres superior a uma besta e optares por ignorar.

Eu não digo que as coisas não afectam. O que digo é que isso não deve ser impeditivo de uma mudança. Antes afectar do que seguir a carneirada, só porque sim, porque é suposto, e porque ninguém está disposto a mudar! Evolução precisa-se e urgentemente!

Já agora dá-me lá um exemplo concreto de algo que as mulheres querem iguais aos homens e que é um erro, porque isto assim fica tudo muito vago.

Me disse...

Em lado nenhum me vês a defender que não existem coisas que precisam ser mudadas... Eu acredito mesmo que há muitas coisas que precisam ser mudadas e muito.
Exemplos?
:)

Já que falas no social... O facto de as mulheres adoptarem comportamentos tidos como tipicamente masculinos (positivos ou negativos, e depois defenderem-se com os típicos "Os homens fazem isto e não há problema!".
Um homem fodilhão é garanhão; uma mulher que faça o mesmo, é puta. É convenção? É. Que as mulheres começaram a fazer o mesmo para terem algum tipo de igualdade nesse campo? Começaram. Que a coisa acaba quase sempre mal para o lado delas? Acaba.
É um exemplo estupido, cheio de discriminação... Mas é para simplificar a coisa.

A questão das tarefas domésticas. As mulheres têm andado num frenesim de desaprendizagem para se fazerem valer de que se os homens não fazem, então eu também não faço porque isto é sexista e o raio que o parta...
A questão da cena de ser (por convenção), o homem quem paga uma primeira saída a dois ou coisa do tipo. Tradicionalmente, os homens recebem mais ordenado... E é uma suposta simpatia que fazem. Hoje em dia, as mulheres sacam de molhos de notas e de livros de cheques e ficam ofendidas se por acaso haja algum homem a querer pagar a conta porque elas também trabalham e também são independentes e também podem e eles que não se armem em machos e o raio que o parta. Se esse mesmo homem, durante a noite, não a elogiar ou dizer que está bem, ficam magoadas.

Tenho um amigo meu que diz que enquanto as mulheres continuarem a ser educadas a toque de bonecas e sonhos de princípes e afins, vamos crescer querendo certas coisas. Mas como esta coisa toda evolui, depois dizem-nos que já não é preciso essas coisas todas para sermos felizes e nós, sedentas por algo que nos liberte de sei lá o quê, concordamos e dizemos que sim. "atacamos" os homens, subjugando-os aos que achamos que eles devem (podem) ser connosco e reclamamos para nós total liberdade em nome da pouco que em tempo tivemos (retirando assim muita aos homens também).

A nível social, é quase inútil falar destas questões. Dava-te mil exemplos em como somos condicionados todos os santos dias.
Ao nível daquilo que é palpável e "legal", aí sim, há muito refilanço a fazer, se ambas as partes, de modo a que os direitos e liberdades de todos sejam melhor garantidos.

PKB disse...

Normalmente, quando te comento aqui, levo as coisas para a brincadeira. Mas hoje vou fazer um comentário sério. A minha profissão está povoada de mulheres, mas o clube da chave de ouro é dos homens. As mulheres que queiram entrar no clube têm de esquecer que têm mamas, útero, hormonas e período e quase têm de passar a fazer a barba. Ou seja, para entrarem no clube da chave de ouro têm de trabalhar o dobro ou o triplo, têm de vestir fato (algumas às vezes até usam gravata!) e esquecem-se de ter vida pessoal. Se querem subir na carreira, não podem sequer pensar em ter namorado e filhos. Não. Têm de pensar só no trabalho e viver em função do trabalho. Não há igualdade. Há estupidez. Porque ainda não houve uma mulher, boa profissional que se levantasse e dissesse aos meninos de ouro que têm mulher e filhos mas estão-se nas tintas "vão-se todos à merda. eu vou para casa. eu tenho vida pessoal sem ser esta porcaria deste escritório. eu ganho menos que o palerma do Quico que só sabe meter água e eu é que tenho de tapar os buracos". O problema, Me, é que agachamos a cabeça e marchamos ao rufar dos tambores dos meninos do clube da chave de ouro e esquece-mo-nos de que somos diferentes deles e eles diferentes de nós. Mas o pior é quando são as mulheres nas chefias que exigem que as mulheres que trabalham para elas sejam versões femininas dos gajos que as castraram!

Me disse...

PKB,
Eu tenho comentado toda a gente que aqui tem vindo.
Mas desta vez vou deixar que o teu comentário fale por si...
:)

Aí podemos e temos de agir. Em quem faz o jantar ou não? Oh, palízzzz!!

Boa, Maria Passaroca. BOA!!!!
:)

K disse...

Realmente foste buscar uns exemplos estúpidos...

Partir do princípio que todas as mulheres que têm mais parceiros fazem-no por uma questão de fazer o mesmo que os homens fazem, é parvo. Dizer que as coisas acabam mal para o lado delas, também.
Comparar o pagar de um jantar a um elogio ainda me parece mais idiota.

Lá está, eu não acho que isso sejam coisas de uma ou outra condição, depende somente de cada um, seja homem ou mulher.

Se calhar tenho sorte nas pessoas que conheço, que me permitiram ver mais igualdade que diferença. Provavelmente vivo num mundo só meu em que apenas vejo as pessoas como pessoas, longe dessas miudezas.

O que realmente importa é o resto, de que falas no fim, e aí sempre estive de acordo contigo.

Me disse...

Não parti de princípios nenhuns. Dei exemplos (e alguns deles conheço na realidade).

É claro que quase tudo se pode atribuir à personalidade e carácter de cada um, mas sermos homem ou mulher influi nisso, quer queiras, quer não.

Eu não tive por objectivo, com isto tudo, contrariar-te ou fazer-te mudar de ideias... estivemos a conversar... Só isso.

Agora, vai comer qualquer coisa cheia de açucar e siga!!!

K disse...

És mesmo trenga pá! Sei perfeitamente que estivemos a conversar e nunca achei que estavas a contrariar-me a tentar fazer mudar-me de ideias! Ora essa! E gostei muito deste bocadinho. ;]

Mas assim continuo na mesma, ser homem ou mulher apenas influi não por diferenças reais e efectivas mas por diferenças sociais e pelo peso da sociedade machista. Ou seja, bastaria que passássemos a vermo-nos como iguais, apenas como pessoas que somos sem esse fosso entre o ser homem e ser mulher, e a maior parte das merdas nem existia, e a pessoas limitar-se-iam a ser o que são. (atente-se novamente que falo a nível social)

Percebi que conheces esses exemplos, acredito que existam embora eu felizmente não os conheça, embora a questão de fundo seja sempre a sociedade machista e o fazer-se tantas diferenças entre géneros. Obviamente que não justifica atitudes idiotas.

Considero que muitas gajas que actualmente não sabem fazer um cu em casa não é por uma questão de se libertarem do papel de dona de casa, mas apenas e somente porque foram tratadas como a maioria dos gajos tem sido tratada até aos nossos dias, ou seja, nas palminhas e não fazendo praticamente um cu, porque aparece sempre tudo feito. E normalmente quem não é ensinado não faz.

Ressalve-se ainda que eu sou apologista que o dito cavalheirismo nos dias que correm é completamente descabido, anacrónico e bacoco. Que alguns homens o fazem como sistema de troca e outros tantos porque é suposto ser, porque fica bem, porque acham que é isso que é valorizado (e cagam em tudo o resto e no realmente importante), como se a consideração tivesse preço. Tenho para mim que a simpatia e a gentileza deve ser feita de parte a parte, e que há tanta razão de ser para um homem abrir a porta a uma mulher como o contrário. Afinal, ninguém é a mais ou a menos que ninguém.

Mas isto sou eu, daí que diga que essa conversa dos papéis e afins me cause um fastio tremendo!

PKB disse...

Beijinhos, Me!

Anonymous disse...

Olha lá Me, porque é que não mudas de sexo? Tens mesmo o sexo errado rapariga! O blogue não é uma merda, já este comentário... Afinal é mais machista do que todos os homens que conheço. E também não percebes lá muito de mulheres. Cá para mim és um homem!

Me disse...

Ai que eu até adoraria começar uma frase dedicada a ti com um belo "cá para mim..."
Mas não posso. Pudor, pudor...

Se te estás a referir ao comentário da K, que é o que está aqui em cima, então resolve-te com ela.

Se eu sou machista e homem... pois...
:)

E agora? Saber-se?
Pois, é!!!!

Obrigada pela visita.

Anonymous disse...

Era mesmo au teu comentário de merda que me referia. É para mim não existe qualquer dúvida: É claro que és uma gaja que por razões que só tu saberás gostava de ser gajo! Xauzinho

Me disse...

Guest,
Como diriam certas personagens que conheço de outras andanças, e que agora passo a citar:
"Chupa-mos".

:)