20.10.09

A Vila

Chovia que nem cornos.Passava das 2 da manhã, mas o Padre André Miguel ainda estava a acordado. Estava à janela, a ver o que havia para ver e a desejar ver o que ainda não conseguia ver. Estava na Vila há pouco tempo e ainda não conhecia bem a sua paróquia ou paroquianos… Valia-lhe a ajuda preciosa de Senhora Muito Beata que, mal ele chegou, se ofereceu logo para passar as noites em animadas rezas e dignificando a glória de Deus na terra. Pelo menos era assim que ele gostava de pensar na coisa… custava-lhe menos a penitência... tanto a ele como a ela, a quem ouvia as confissões e se sentia sempre na obrigação de dar um pequeno desconto da casa por haver circunstâncias atenuantes...Não era o único que estava a acordado. Do outro lado da vila encontrava-se o Padeiro, bem coberto de farinha e trabalhando afincadamente. Mas hoje não era para as bolinhas de mistura que ele trabalhava… não. Hoje trabalhavam nas dele… No meio daquilo tudo, o que ele mais gostava era olhar-se e ver que havia sempre uma zona do seu corpo que resistia à invasão da farinha… Achava tanta piada àquilo que passava o tempo a atirar com mãos-cheias de farinha para o ar e a gritar “Está a nevar!! Está a nevar!! Ai que frio!!! Ai que se me cai o termómetro!!”. Enfim. Era um padeiro muito carismático e cheio de jeito para amassar… o que lhe aparecesse à frente. Num dos outros lados da vila, acordada também estava a Dona Ermelinda, viúva do Sr. Ermelindo (feliz acaso do destino, tanto os nomes como o facto de ser viúva). Tinha apanhado o vício de ver as Televendas até altas horas da manhã, fazendo-se acompanhar por garrafita de Abafadinho e pevides. Apanhava pielas de três em pipa e não era raro encontrá-la, de copo de cristal em punho, a vaguear as ruas da vila declamando Camões e bradando os mais recentes êxitos de Tony Carreira. Ainda que a dicção ficasse ligeiramente comprometida, o tom que empregava estava quase sempre certo. Tinha sido professora de música e era tão perfeccionista que enchia sempre o seu copo com Fá-Menores de Abafadinho porque achava que isso soltava melhor os aromas da poção, tudo testado a toque de colheres de prata com suaves tlim-tlim-tlrins até acertar na quantidade certa. Ia, nesta noite, no seu 4º Fá-Menor… No último lado da vila estava a Senhora Dona Porfíria Prazeres, ex-prostipega da Nacional 347 que, após infeliz encontro com touro bravo fugido de herdade das proximidades enquanto realizava atendimento a cliente encostada ao pneu suplente de Camião Scania de 1976, decidiu que não tinha perfil para forcada e prontamente encerrou a sua actividade para nunca mais voltar ao local. Reformou-se com pompa e circunstância, tendo convidado toda a Vila para festejar tão desejado acontecimento. Toda a vila compareceu, vestida a rigor, oferecendo presentes e conselhos considerados úteis à Senhora (coitada). Chovia que nem cornos e enquanto uns dormiam, outros arranjavam motivos para se manterem acordados. Era assim todas as noites na Vila.Mas nesta noite, em que chovia que nem cornos, o destino interveio e nunca mais nada foi igual (TARADO) Nessa noite o senhor Foca, chega com grande aparato atrás do camião das mudanças. Mudou-se para a casa que acabava de vagar por baixo da residência da dona dos "Prazeres". O antigo morador, sr. Custódio, tinha desaparecido sem dar notícias a ninguém. Dizia-se discretamente que se tinha metido no jogo e com a máfia do casino local... e eles não perdoam. "Matam à colherada" - diziam a sussurar a cusquice. Ainda chovia que nem cornos. O Sr. Foca, decidiu mudar-se precisamente hoje. E um furo no camião das mudanças tinha atrasado a mudança. Pior. Teve de cancelar o jantar com a sua namorada, por sinal 25 anos mais nova que ele. Tinha frequencia no dia a seguir e já era tarde. No camião pouco mais trazia do que a mesa de cozinha que seus pais lhe deixaram, a secretária que o acompanhava desde os anos de professor (antes de ser expulso por se envolver com uma aluna), e um cama de ferro de aspeco desconfortável. "Logo nesta noite porra" - falou consigo próprio. Mal sabia ele onde se estava a meter. É que hoje, precisamente nesta noite, sería certamente a pior para o fazer. (PKB) "Como chovia que nem cornos, toda a mobília do professor estava molhada. Os tipos das mudanças não tinham coberto os móveis com plásticos e o pequeno percurso entre o camião e a casa era irrelevante. Chovia como cornos e nada havia a fazer. O professor, de seu nome Policarpo Helisondo, estava encharcado, a mobília encharcada estava e não havia uma toalha que fosse com que pudesse secar-se. As roupas vinham na segunda-feira. Tinha trazido apenas um saco com algo para trocar e nada mais. "Que porra de tempo", pensou... e enquanto estava entretido nestes pensamentos banais, ouviu um som... pensou que o vizinho estivesse a ver a "Lei & Ordem" com volume demasiado alto... mas depois apercebeu-se que era real. Tinha ouvido um tiro e na rua jazia um corpo, a esvair-se em sangue, lavado pela chuva (FISHERMAN) Durante os festejos realizados na casa da Dona Porfiria, apareceu o Carlos, um antigo cliente da prostipega da nacional 347 e dono de um camião SCANIA. Uma pessoa que ela não contava ver além de cliente tinha-se tornado um amigo nas alturas em que escasseava a clientela e o estômago apertava. Carlos o camionista vinha-se declarar assim que soube da vontade que a Dona Porfiria tinha de abandonar a sua vida de pega. Ela não gostou, pois ao ver o Carlos fazia com que lhe viesse ao pensamento a nacional 347. Carlos desgostoso saiu há rua chovia que nem cornos.. a caminho do camião e com a falta da visibilidade o Carlos desapareceu. (TARADO) Olhando atentamente pela janela, usando os binóculos que tantas vezes havia usado para espionar a janela das casas de banho das raparigas a partir do 5º andar da faculdade, viu que se tratava do homem do camião das mudanças. Tinha sido alvejado. Ainda mal o Foca se tinha recomposto da molha que tinha apanhado, e viu-se na obrigação de ir à rua tentar ajudar o homem como se tal fosse possível. Estava preso na indecisão entre fazer o que achava correcto e o seu espírito de sobrevivência. Começava a recuperar do choque e decidiu fazer o que lhe pareceu mais correcto na altura. Fazer de conta que não era nada com ele. Os minutos passavam. Pareciam horas. Ninguém vinha acudir o homem. Foca começava a ficar realmente angustiado. Não era normal em si, que sempre foi um pouco egoista. Decidiu espreitar mais uma vez. O homem já lá não estava. Havia um rasto de sangue até à porta do seu prédio. O telemovel toca. Era a Susana. Atende. - Ois grosso - a Susana começa do outro lado - Olá amor. Então? Já estudaste tudo? - Não pá. Fonix. Não me consigo concentrar. Só penso em ti. - Eu tb estou com saudades amorzão. Nem imaginas o que aconteceu aqui. - Olha por fala nisso vou até aí. Preciso de carinho. Até já. - Espera. Linda? Não venhas já.... - tarde de mais... tinha de (ME) O Ex-cliente da Dna Porfíria Prazeres, Carlos o Camionista, tinha uma negociata com um primo afastado. Alugava-lhe o camião para de vez em quando fazer uns serviços de mudanças e de vez em quando o outro lá ia pagando. Mas Carlos o Camionista Scania das Mudanças tinha desaparecido e a única coisa que restava de tal fatalidade era o rasto de sangue que devagar devagarinho ia desaparecendo da rua devido à chuva. Enquanto o Foca esperava e desesperava, no andar de baixo algo de muito frenético de passava. Dna. Ermelinda, tomada por mais uma das suas vontades de declamar poemas às tantas da manhã, tinha saído de casa com o seu copito de Fá Menor, pronta a declamar o que haveria para declamar, mas rapidamente os seus planos foram alterados. Após apenas 3 estrofes d'Os Lusíadas, tropeça, cai e aterra bem em cima da cara do Carlos Camionista. Quando olhou para baixo e viu um homem deitado por baixo dela, Dna. Ermelinda largou um grito, agradecendo a Deus por finalmente ter dado resposta a tantos anos de rezas e sacrifícios animais. Olhou à volta... não viu ninguem. Encharcada até aos ossos, tanto em água como em álcool, arrasta Carlos o Camionista até casa com intenção de se vingar de anos e anos de televendas pela noite fora. Coloca-lhe uma mordaça na boca, lava-o bem lavadinho. Repara numa ferida, no abdomen. Sangrava com algum afinco, mas como a coisa parecia apenas um anorme arranhão, Dna. Ermelinda tratou da ferida e foi fazer chá. O seu achado estava geladinho. Carlos o Camionista afinal não estava morto. Tinha-se esquivado a uma bala. Toda a vila, por esta altura, estaria já quase na hora de acordar. O Sr. Padre estava triste por não lhe ter aparecido o que ele queria que aparecesse. O Foca estava triste por lhe ir aparecer o que ele não queria que aparecesse. Dna dos Prazeres estava triste porque achava que tinha tratado mal o seu pretendente. Apenas Dna. Ermelinda sorria, a bom sorrir, com o piteu que tinha pescado da rua. (FISHERMAN) Dona Ermelinda ainda com dificuldades em digerir todos estes acontecimentos, repara que Carlos começa a dar de si. Ermelinda com medo da reacção e ainda sem saber bem o que fazer arruma com rolo da massa nos cornos do Carlos, colocando-o inconsciente mais uma vez. Ai de mim que matei o homem ai de mim que matei o homem… Susana ao passar pelas ruas da vila indo ao encontro do seu Foca ouve a Dona Ermelinda aos gritos… fica em pânico, todos sabiam o que o pânico fazia a Susana, correu para a igreja, encontrou o Padre, espantado ele diz - deus é grande. Susana sem saber o que fazer agarra-se ao padre (TARADO) O Padeiro, já estava farto de amassar bolas e de bater umas à pala de um poster da Samatha Fox que de tão velho que era, já não se desinguia os mamilos do resto da teta tal a descoloração. Ninguem na aldeia sabia, mas a velha receita de família que tanto gosto ao pão dava, não era concerteza nenhum pó mágico, nenhuma farinha especial nem mesmo alguma mistura. O seu pai tinha um ditado: "o que os olhos não vêm a boca agradece". O Padre André era o seu melhoir cliente. Pedia sempre ao Padeiro que lhe colocasse um pouco de condimento secreto extra porque dava um sabor mais apurado ao pão que gostava de comer com doce de tomate. O Padeiro estava finalmente cansado e quase a abrir as portas. A chuva la fora continuava a cair forte e feio. Como já conhecia os cantos à casa, foi fechar a porta da arrecadação onde guardava a farinha e frascos congelados do seu condimento especial. Quando chovia entrava 1 a 2cm de agua o que era suficiente para fazerem as baratas e as ratazanar subir para a loja. De repente assusta-se com um estrondo na porta. E outro. Alguém batia fern+eticamente na porta de vidro acabada de por na semana anterior. "Foda-se pá!? Quem é o palhaço que me esta a dar cabo da porta?". Assim que chegou perto conteve-se. O Tenente Martinho estana à porta e com cara de poucos amigos. Teria alguem descoberto o seu segredo? (CANTADOR DE DESGARRADAS) Mas nem tudo era chuva, nem tudo era sexo. Policarpo Mendes, funcionário das finanças, pensava na professora que há dias se tinha mudado para a vila. Estava hospedada na Pensão Residencial D. Clarinha, quartos com TV e comida caseira, tal como ele. A professora tinha chegado, de cabelos soltos e vestido largo, num dia de sol, óculos em cima dos loiros cabelos e mala com rodinhas, saíra do expresso mesmo à hora em que ele saíra do serviço, de fato e gravata como convém a qualquer funcionário das finanças. A chuva e a professora e a solidão do quarto, antónio_nobrearam-no em menos de nada, suspirava e chegava à conclusão que se tinha apaixonado. Mas não fazia ideia de como declarar este amor, nem sequer de como chegar à fala com a dita professora, de seu nome Vanessa, de seus seios bem fornecida, de seu rir bem alegre. Policarpo Mendes estava num reboliço... (ME) Susana, enquanto agarrada ao Padre e a tremer que nem varas verdes, ia contanto que tinha visto a vizinha de baixo do seu amado aos gritos com homem atado a uma cadeira. O Padre, olhando para cima, só disse: Vai barda merda oh, pá que não era para ouvir confissões que eu tanto rezo. Mais calma, Susana convence o Padre a ir com ela ver o que se passa. Ainda em casa, Dna Ermelinda, já na segunda garrafa de Dó-Ré-Mis, olha o seu prisioneiro e decide que não é com galo na cabeça que o quer. Vai buscar um dos chapéus de seu falecido marido e prontamente tapa a tapa que lhe deu. É enquanto se começa a despir que Susana e o Padre chegam à janela e vêem todo aquele preparo. - Dna. Ermelinda!!! - grita o Padre - Vai-te cagar que este é meu! - responde Dna. Ermelinda, fechando a janela. Sobem até ao andar de cima onde estava o Foca, focadíssimo numa mini de litro para tentar ultrapassar a crise de nervos que estava a ter. - Meu amor! A tua vizinha de baixo agarrou num gajo, prendeu-o a uma cadeira e agora está-se a despir para o coitado! Fui chamar o Padre, não fosse aquilo ser pecado e tal! - disse Susana assustada. - Ahhh.... não sei de nada! Não sei de nada!! - Desculpa lá, oh Sr., mas acho que não o tinha visto antes. Nem a si nem a este bela jovem que o acompanha. - interrompeu o Padre. - Ahhh! Desculpe! Sou o Foca e esta menina é a minha menina. Como vai Sr. Padre? - Já estive melhor. Muito melhor! Então, se calhar vou ver da polícia para ver se resolvemos aqui o berbicacho em baixo. Até um dia destes! - despediu-se o Padre. - Intés!! - despediram-se Foca e Suana em uníssono. O Padre lá foi percorrendo as ruas da vila, encaminhando-se para a esquadra. Pelo caminho, reparou que havia luz na Padaria do Padeiro e decidiu, já que estava ali, né?, aproveitar para comprar o seu pãozinho especial. Aproximou-se da porta e reparou que estava por lá o Tenente Martinho a falar com o Padeiro. - O que é que andas a meter no pão, meu cabrão?!!? - bradou o Tenente. - Farinha... água... e um sal especial ... nada mais!! - respondeu o Padeiro assustado e agarrado a pão de quilo como se fosse a sua salvação. - Cala-te meu aldraboso! Qual sal especial qual quê!!! Pensas que eu não sei que tu andas metido com o Policarpo Mendes, o maior traficante se farinha do hemisfério sul!??! Pensas que não sei que andas a usar farinha falsificada?!?! Tu e o Policarpo Mendes estão metidos nisto até aos olhos! Admite a tua culpa agora ou levo-te já para a choça! - ordenou o Tentente. - Ahhh... não sei de nada... não sei do que fala... - respondeu o Padeiro. Olhou para a porta e viu a cara do Padre, lívida, a olhar para dentro. - Sr. Padre!!!! Bom dia!!! Por aqui?!?!? - sorriu o Padeiro. O Tente vira-se e, vendo o Padre, faz vénia enquanto declama 2 avé marias (hábitos). O Padeiro, previdente, aproveita e atira com o pão de quilo à cabeça do Tentente, fazendo-o cair redondo no meio do chão. - Vá, anda para dentro. Temos de ver o que vamos fazer com este gajo! Como é que o cabrão descobriu o nosso segredo?!?! - suplica o Padeiro ao Padre. Susana tinha estado com Policarpo nessa tarde, antes de ir ter com o seu Amado Foca. Tinha ido às finanças com a desculpa de ter IRS para entregar. Policarpo Mendes, que quase que desmaiava sempre que a via, aviou-a tão bem ou tão mal ue chegou à conclusão que ela teria era a receber, e não pagar. Voluntariou-se logo para pagar a dívida do estado e rapidamente encaminhou a pequena Susana para a sala dos materiais. Explicou-lhe que o meio de pagamento teria de ser faseado, por prestações, e que ela teria de ir ter com ele todos os dias durante 4 semanas. Pensando que ele a achava uma parvinha, Susana sorriu e disse: Sim, Senhora, senhor das Finanças. Estou às suas ordens! e prontamente levantou a saia e baixou as cuecas, pronta para a primeira prestação... Pelo meio de tantos cálculos, Policarpo Mendes terá deixado escapar qualquer coisa sobre farinha que não era farinha, Padre que não era assim tão Padre como tudo isso e Padeiro que fazia muito mais do que padeirar... Susana, após ter saído da sala dos materiais, encaminhou-se para a esquadra e chibou-se toda ao Tenente. Mas não era por ser boa cidadã.... Não. Também ela tinha interesses a defender e agora que tinha o Policarpo na mão e o seu Foca no papo, estava pronta para realizar o seu grande plano. Carlos o Camionista acordou quando Dna Ermelinda lhe bateu com um dos seios na cara. Estava a dançar ao som de Sevilhanas e entusiasmou-se. - Oh cariño... mi gusta tua manos, cariño... - cantava ela. - Estão atadas, oh velha pataroca! - respondeu ele. - Não seja por isso! Se mi queiris, soy tua!!! - respondeu Dna Ermelinda atirando-se ao moço como se ele fosse um chupa... e foi, durante uns perplexos minutos ém que Carlos o Camionista não sabia bem onde se enfiar... (CANTADOR DE DESGARRADAS) A D. Clarinha aproveitou e mandou chamar o cabo da guarda: TINHAM-LHE DESAPARECIDO DOIS GATOS DE LOIÇA QUE ESTAVAM EM CIMA DO APARADOR! E agora? O Policarpo disse que ela tinha feito bem, depois te ter visto o sinal de concordância que a sua amada Vanessa tinha feito com a cabeça, aproveitando também ela esse gesto para adejar os cabelos e, assim, mais pôr em rebuliço (reboliço? rebuliço? ó cum ca...raças!) o pobre do Policarpo. Acho que a D. Clarinha fez muito bem, não acha, menina Vanessa?! Ela virou-se para ele e perguntou-lhe: "Senhor Policarpo, quem é o Padeiro? E quem é a Dona Porfíria? Era sobre esta que ela queria saber coisas, a pergunta sobre o padeiro foi para despistar. (TARADO) A Susana, nunca foi flor que se cheire. Com apenas 19 anos, já tinha um historial de amantes e de jogos de sedução que não chegava para relatar num rolo de papel higénico da Scotex. Começou a aprender esta arte com sua mãe. Esta tinha por arte a sedução de homens ricos da alta sociedade, os quais depois chantageava por dinheiro ameaçando escandalos. Fez uma vida farta e ensinou tudo o que sabia à filha desde tenra idade. A filha com 13 anos já ajudava a mãe a seduzir os seus alvos. Era ela quem acabava por instalar todo o aparato multimedia de filmagem e fotografia que a mãe depois usava para criar as provas necessárias à chantagem. Antes da maior idade já se tinha habituado a seduzir os seus professores e colegas de turma. De ambos os sexos. Mas sempre foi ajuizada. Nunca se envolveu romanticamente com ninguêm. Nao para álêm dos amassos. A mãe ensinou-a na arte de seduzir mas nunca dar nada em troca. E assim poupou-se de forma pouco comum para os tempos que correm, até aos 18 anos. Foi precisamente no diz em que fez os 18 anos que começou a sua aventura de ninfa. Não ia com todos mas ía com alguns e muitas vezes. Mas tal como a sua mãe lhe tinha ensinado, não dava ponta sem nó e tudo o que fazia era cuidadosamente planeado. O Foca não fazia parte de plano nenhum. Até agora, Era seu porto de abrigo. O unico a quem nunca conseguiria dizer não. Não era paixao, mas vicio. Infelizmente para o Foca os motivos que a traziam a sua casa hoje viriam a mudar este cenário. O Foca era parte do seu plano. Tinha de ser. Só assim fazia sentido. Depois de matar as saudades que tinha, varias vezes, decide ir falar com o padeiro. Estava na hora de começar a agitar as aguas. (CANTADOR DE DESGARRADAS) Era mais ou menos sabido, que a Dona Clarinha tinha um fraco pelo Policarpo e, claro, não via com bons olhos aqueles olhares dengosos com que ele despia a Vanessa. A Dona Clarinha era assim para o anafado, como convém a qualquer dona de pensão, cheia de pulseiras a tilintar, umas mamas deste tamanho, que ela mostrava dentro do possível. O Policarpo, magro, penteadinho, cabelo liso e rsica ao lado, tinha um medo dela que ninguém imaginava. Muitas vezes acordava de noite, o suor a escorrer-lhe pelo corpo, com um pesadelo que era sempre o mesmo: e Dona Clarinha, que tinhas as chaves de todas as portas dos quartos, entrava-lhe pelo quarto dentro e atirava-se para cima dele gritando, "Toma-me, Policarpo, toma-me.." e ele, sem saber que fazer, no sonho ou fora dele, acordava assustado que nem um pardalito em dia te trovoada. De modo que a Dona Clarinha tinha-se servido dos gatos de loiça, que já vinham do tempo da sua avó (da minha avó que Deus tem, dizia ela, benzendo-se) para arranjar maneira de afastar o Policarpo da flausina da Vanessa, quem é que ela pensava que é, ainda agora chegou à pensão, já pensa que isto é tudo dela, é Dona Clara, olhe as toalhas do meu quarto, é Dona Clara olhe isto, olhe aquilo, nnmguém me chama Dona Clara senão a putinha, eu já lhe faço a cama, ou não me chame Clara Assunção Fagundes, Fagundes por parte do meu pai, por que sou filha de mãe incógnita. (DESINFORMADOR) Amanhece na vila, e continua a chover como cornos. São 7h23. O Tenente, que tinha passado pelas brasas na sua secretária, acorda de mais uma noite mal dormida, e após uns segundos para se situar, afasta a cadeira esconça que range por todos os lados e cambaleante dirige-se à casa de banho da esquadra. Esses breves minutos usa-os para delinear a agenda do dia. Entretanto o Padeiro executa as ultimas tarefas antes de ir fazer a ronda dos clientes habituais, a quem se supõe que deve entregar o pão fresquinho que cozeu nessa madrugada. Coloca uns aparentemente deliciosos pastéis de nata em tabuleiros, São Marcos, Rins, Croissants recheados com chocolate e afins... Entre tanto toca o telefone na secretára do Tenente. Uma voz familiar diz: "Foi atingido a tiro um homem a tiro esta noite, e vocês inuteis nem se deram ao trabalho de sair da toca! Vocês são o que os franceses chamam de: Les incompetents!" E ouve-se um clique e um sinal intermintente de comunicação terminada... o interrumpida abruptamente! (ME) Na sua ronda, o Padeiro retira uma caixa especial e bate à porta da sacristia. Abre-a o Padre, esfregando as mãos e lambendo os lábios. - Trouxeste? - Trouxe. – respondeu o Padeiro. - Aquela gaja… a do Foca… A Susana… essa gaja ainda vai desbroncar aqui a cena toda… Ela viu como fiquei quando se atirou para os meus braços! Padre que é Padre não fica assim!! - Cala-te oh inútil. Claro que fica… Não te preocupes com essa… eu trato dela… Aliás, acho que o das Finanças já lhe deu um aquecimento… Não te preocupes com nada. – mandou o Padeiro. Entregou o que tinha a entregar e foi-se. Enquanto isto, Dna. Ermelinda jazia cansadíssima no chão aos pés de seu refém. Carlos o Camionista, ainda preso à cadeira, completamente nu mas com a boca livre, gritava que se desunhava pela libertação. No andar de cima, empreendiam-se negociações… Susana expunha o plano… Foca fingia não ouvir os gritos do Camionista enquanto imaginava as atrocidades que a bêbeda da velha lhe fazia. Do outro lado da Vila, Dna Clarinha engendrava o seu plano maquiavélico enquanto sorrateiramente abria a porta do quarto de Policarpo, segura de que ainda estaria a dormir. Entrou e aproximou-se da cama. Estava em tronco nu. Enquanto rezava aos santinhos que o resto também estivesse nu, levantou cuidadosamente o lençol que mal o cobria e espreitou. - Santa Pila dos Céus!!! – exclamou quando viu o que viu Policarpo remexeu-se e virou-se de barriga para baixo, levando com ele aquela vista tão cheia de coisas para ver. Dna Clarinha sorriu e apenas pensou no divertimento que iria ser ter aquilo tudo só para ela um dia destes. No quarto do andar de cima, Vanessa tomava duche, massanjando-se suavemente com óleo de amêndoa e banha de porco para ficar bem suavezinha (truques). O Tenente, após o telefonema, sentou-se e chamou o Cabo. - Xim, meu Comandante! - respondeu ele prontamente, ainda de cuecas mas já com bastão atado à cintura. - Houve um homicídio na Vila! - Impoxível, meu Comandante. Ninguém xe queixou de nada! - Vai ver quem morreu! Já! - ordenou o Tenente. - Xim, meu Comadante!!! - respondeu o subalterno enquanto se escapulia pela porta. O Tentente, confiante que mistério seria prontamente resolvido, volta para a casa de banho e empoleira-se na sanita para ver a menina Vanessa a esfregar-se toda bem esfregadinha. A esquadra ficava do outro lado da rua da pensão e com os binóculos, conseguia espreitar para dentro da casa de banho do quarto da moça. -Ahhh canina... ahhhh canina... - sussurava ele enquanto tentava não cair da sanita abaixo. Enquanto isso, outro telefonema. Desta vez, era Susana quem ligava, disfarçando a voz... (TARADO) A Susana chega ao Padeiro e vê que estranhamente a porta encontra-se aberta mas ninguém na loja. Entra e desde as escadas que dão para a arrecadação. Era curiosa como um raio e já sabia que algo se passava. As coisas estava a correr bem. Chega ao final das escadas, que não paravam de ranger pese embora muito pouco (56 kg para 1.74. só tinha pena de ter cu pequeno). Descer aquelas escadas fez-lhe lembrar os tempos de novita em que tentava, em vão, em casa da mãe, chegar à sala para ver os filmes que a mãe via as escondidas... mas a mãe era mais esperta e conseguia sempre mudar de canal antes que ela pudesse ver alguma coisa. Chega à porta da arrecadação e abre uma pequena brecha.... eis que apanha o Padre e o Padeiro a torturar o Tenente Martinho. O Padre estava a espalhar cera a ferver no peito peludo do tenente, enquanto que o Padeiro enchia um alguidar com agua a ferver. - Mas que raio de história vem a ser esta - diz o Padre com ar autoritário ao mesmo tempo que pega numa banda de depilação e arranca sem apelo nem agravo a maior parte dos pelos do peito do seu lindinho. - Arghufffgggggggtaaahhhhhgaggaaaaaaa - disse o Tenente com ar convencido da dor que estava a ter - Ah tu és desses Martinhozinho - diz o padeiro ao mesmo tempo que senta o tenente no alguidar de agua a ferver. - GAAAaauuuhhhhuhhhhgaaaaaaa - dis o tenente agora perfeitamente sintonizado com a tortura que lhe estavam a fazer - Porra pá - diz o Padre. Mas como é que ele descobriu ó Tony? - He pá... não sei. Nunca pensei que ele descobrisse que na realidade o segredo era a nhênha! - Desculpa? Nhênha? O Padre estava vidrado. - Tony... tu estas a dizer que o condimento secreto... é nhênha? Tu estas a brincar não estas? Diz-me que estás a brincar e que o condimento era a droga que eu te dava. Diz cabrão de merda! O padeiro ainda estava a recuperar do choque. Tinha acabado numa assentada de dar cabo do seu negócio mais proveitoso... o de impingir ao padre pão com nênha inspirada na Samatha Fox e a venda da droga que ele lhe dava. - Ó André. tem lá calma pá. O teu pão era sempre especial por causa disso mesmo. O teu é mesmo daquele. - Então e para o resto da malta? - Não queres que eu diga pois não? - Não quero nem ouvir nem ver. Vou-me embora - apagando o cigarro que fumava num dos mamilos do Tenente - Gahahhhhhtaaaaaafuaa - Dis o Tenente como que a agradecer - Cabrão de merda - diz a padeiro. Foi o que ele disse caso não tenhas percebido. - Abençoado seja - diz o Padre e sai porta fora. Nisto sente uma dor agonizante e fica como que paralizado. A Susana tinha apanhado os tomates do Padre na mão e apertado com toda a força. Passou-lhe com a lingua dentro do ouvido e disse muito baixinho: - Estás na minha mão. Agora és a minha vaca e fazes o que eu quiser. O padre nem susurrou. Afinal... fazia já alguns dias que alguém lhe agarrava no material com aquela violencia. E ele estava com saudades. (CANTADOR DE DESGARRADAS) Policarpo Mendes sonhara na última noite que a Dona Clarinha lhe entrara pelo quarto dentro e lhe estava a ver as partes púdicas. Envergonhado, mesmo no sonho, deitou-se de barriga para baixo. No outro dia de manhã, achou que talvez tenha sido mesmo verdade e olhou para a Dona Clarinha, quando ela lhe sernis o croissant com café com leite. Não havia dúvida que a Clarinha tinha um olhar de gulosa, mas ele achou que talvez fosse devido aos croissants. Sr. Policarpo, o senhor anda muito enganado com essa lambisgóia ada Vanessa. Você tem o que é bom debaixo dos olhos e não quer ver. Olhe que eu acho que a Vanessa gosta mais de meninas do que de meninos, digo-lhe eu, com esta experiência que a vida me de. Pelos olhares que ela deita à Susana, que é outra que tal, não se admire. Tome lá mais uma pinga de café com leite, bem precisa para encher esses músculos, tome lá... E dito isto, enquanto entornava mais um pouco de leite na caneca do Policarpo, entornava também as generosas mamas por cima do ombro dele. E que mamas... "Já apresentei queixa ao cabo da guarda por causa dos gatos de loiça que desapareceram e olhe que se calhar vamos ter uma grande surpresa, ou eu não me chame Clara da Assunção Fagundes." O Policarpo levantou-se, olhou para a Dona Clarinha e disse-lhe: "esta noite sonhei consigo, espero por si logo, no meu quarto, para se acabarem os pesadelos..." Enquanto noutros sítios da vila se desenrolavam cenas pouco edificantes, aqui, na Pensão Clarinha, quartos com tv e casa de banho, comida caseira, era o amor que imperava, o desejo contido, os olhares langorosos e um pouco de má língua, como convém a qualquer pensão. A Dona Clarinha usava somente de má-língua, pois a boazona da Vanessa não queria meninas para nada. O que a Clarinha queria era afastar o Policarpo da órbita da Vanessa. Esta, que na escola tinha a menor taxa de faltas de alunos às aulas, sabia bem o que queria e como queria. Não era o tenente, aliás, Não percebo porque é que numa vila pequena há um tenente no posto da guarda. 4 guardas e um cabo e para quê um tenente. É assim que se gasta o dinheiro dos contribuintes, com o ordenado do tenente podia-se ajudar os pobrezinhos da vila, mas pronto, têm lá um tenente, que se f***. Não era o tenente que a Vanessa queria, muito menos o padeiro. O Policarpo só lhe dava algum interesse, porque tinha ar de precisar de ser desmamado e isso punha-lhe os olhos a brilhar! O que a Vanessa queria era o cabo da guarda, 98 kgs de de gordura e músculos, um bigode que ia daqui até ali, o cassetete sempre pendurado à cinta, além da pistola, claro, e um voazeirão que assustava qualquer gatuno nas redondeza. A Vanessa imaginava-se triturada por aquele verdadeiro tanque de guerra, mas, por outro lado, as conveniências sociais obrigavam-na a ter cuidados. E para isso, para disfarçar, o Policarpo servia bem, vai daí, chegou-se à mesa dele e, para espanto da Dona Clarinha e dos outros comensais da pensão, disse em voz alta, "Policarpo, queres ir comigo ao cinema logo à noite?", às terças-feiras havia sempre cinema no salão dos bombeiros e o filme que passava chamava-se "Amor eterno" e era com actores indianos. Actores e o resto, até as lâmpadas de iluminar eram indianas. O Policarpo mudou de cores, passou do moreno desmaiado para o amarelo, depois para o branco, avermelhou-se que nem um pimentão e, finalmente, esparramou-se na cadeira, outra vez moreno desmaiado e disse para consigo, "Estou fodido" e estava mesmo! (DESINFORMADOR) Bom, entretanto o Tenente levava já algum fora da esquadra, e o segundo Cabo Toni não percebia porquê. Era meio da manhã, continuava a chover como porcos e o rádio da esquadra, sintonizado num qualquer programa nacional, com os animadors a rirem a bandeiras despregadas de quem ainda estava atolado no IC 19. E o Cabo Toni sem saber muito bem o que fazer... o Tenente era anti novas tecnologias, e nunca usava o telemovel. E desde que o orçamento foi cortado por um engravatadinho do Terreiro do Paço - facturas por pagar à PT, e outras empresas publicas de serviços, os telefones também sofriam cortes fequentes, e fazer uma chamada requeira uma solicitação em papel azul de 58 linhas. A solução era dar uma volta pela pequena vila. Pegou na gabardina preta com um aspecto muito rasca, que comprou na feira semanal por 19 euros, depois de muito regatear ao cigano que pedia 49 euros, jurando que esta tinha saído dos armazéns muito conhecidos. Saiu porta fora, com as dobradiças a queixarem-se, e em cinco segundos ficou encharcado. A primeira paragem foi a pensão familiar. O aspecto rústico faz-lhe lembrar a casa dos seus avós, e sempre que entra está à espera de encontrar uma mesa cheia de doces, bolos e sobremesas, arroz doce da avó, leite creme, bolo mármore, de chocolate acabadinho de fazer, ainda com o odor a pairar no ar, e a canela recém espalhada pelo arroz doce... O resultado após duas horas a palmilhar toda a vila foi do mais desolador... o Tenente esfumou-se e aparentemente ninguém o tinha visto... De todas as pessoas com quem falou, quem pareceu mais nervosa foi a dona Susana, mas sendo ela uma pessoa nervosa por natureza, pensou que foi apenas ela mesma... De volta à esquadra 3 horas depois, quase hora de almoço, e o Tenente sem aparecer... e de repente lembrou-se que nessa manhã, o tenente lhe disse que tinha recebido uma chamada, reportando um homicídio... Será que ele está a seguir uma pista? Ou foi apanhado pelo assassino? Por agora não tinha nenhuma pista, e o primeiro-cabo estava mais interessado em outros mistérios mais carnais... (TARADO) - Pois é padreco. Como é? Isto de ser uma rapariga estudante na flor da idade tem muitos custos. A minha mensalidade tem de ser aumentada. A mesada que a minha mãe me dá mal para o telemóvel e o carro. Ou dás-me 500 euros por mês ou divulgo o vídeo que fiz com o telemóvel das vossas práticas sado. E nem pensem em sacar-me o telemóvel que um amigo meu já tem uma cópia. O Padre estava feito. Com os tomates doridos e a ser chulado por uma pita de 19 anos. A primeira parte do plano da Susana estava feito. De volta ao apartamento do Foca, pelo caminho ainda teve de responder ao cabo se tinha visto o tenente. Estava-se a cagar para o tenente, mas quando viu o cabo quase lhe dava uma coisa má. É que na carteira levava já parte do pagamento do Padre. Um saco de coca. - Foquinha amor. Isto está a correr melhor do que eu pensava. Curte isto. - Mostra o vídeo ao Foca. - Ena pá... olha... tive uma ideia. - Logo ali Foca criou um plano para salvar o tenente e com isto ganhar pontos com ele. É que ainda faltava a segunda parte do plano e ter a policia do lado deles era uma arma a não menosprezar. O padeiro nisto continua a depilar o tenente. Estava entretido. Mas lembra-se que a ausência do tenente e dele ao mesmo tempo podia criar uma situação em que ele não teria um álibi quando dessem por falta dele. É aqui que decide ir distribuir o pão como de costume. Já muito tarde a sua desculpa seria de que o forno tinha avariado por causa da chuva. Estava tudo bem pensado. E assim fez e pôs-se porta fora sem reparar que tinha as calças cheias de cera depilatória e sangue.

59 comentários:

Me disse...

LOOOOOOOOLOLOL!!!
:D

Hehahehahehaheha!!!

Cambada de TONTOS!!!!

LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLOL!!!

O Tarado disse...

ve la se queres que eu te deixe sem saberes qual era o plano da Susana e do Foca. :)

tpc disse...

Ahahahahhaahhaha
Está fantastica...

Espero que a trama continue, não se esqueçam da D. Ermelina e do camionista Carlos... cá para mim, ainda vão acabar juntos!

ahahahah

Cristiana disse...

Me,

Eh pá porra tá tudo muito giro a malta ri e tal é engraçado mas tou toda trocada!!
A estas horas tanta letrinha juntinha... e dividir os textos longos em pelo menso 10 partes, não???

Tipo capitulos ou no teu caso Tomo's!!!!

Fuego que já estourei com a retina!

Bjs

Me disse...

Pronto!!! Lá 'tás tu...
SIGA!!!!
:)

Me disse...

Nahhh... fixe, fixe era ela ficar com o Policarpo e o Camionista ficar com o Tenente....
:D

Policarpo Mendes disse...

Estou fodido...

tpc disse...

Era fixe...
O padeiro virar esteticista também não era de descartar!

Susana disse...

Quem é que disse que eu tenho o cu pequeno?!

Tomaras tu, ohhh...

Me disse...

Oooohhhhh!!!!!
E a Porfíria Prazeres virar Padra!!!
:D

Me disse...

Oh 'pariga, aumenta o tamanho do ecrã...
carregas em Ctrl e com a bolinha do rato, aumentas e encolhes o tamanho do ecrã. Ora experimenta lá...

Me disse...

Pronto. Agora já estamos em encarnações... ao o car.... aças!!!

Cem disse...

shhhh...

só passei p'ra deixar um beijo...

Me disse...

Olá Maria CEM!!!!
E um acrescento à história, não???
Isto está quase no fim... vá...

Beijos para ti!

Cantador de Desgarradas disse...

Policarpo tremia! Tremia de medo e de emoção, já via fantasmas e encarnações e só o título do último livro do tal, o deixava com receio que fosse algum sinal enviado pelos deuses.

Tremia de medo, porque tinha dito dito à Dona Clarinha que fosse ao quarto dele, à noite. Um assomo de coragem que depressa se esfumou, assim que a Vanessa lhe disse "Vamos ao cinema, morcão..." ou qualquer coisa assim, ele já nem se lembrava bem do que é que ela tinha dito.

De modo que, depois do jantar, saiu com a Vanessa para irem ao cinema, a Dona Clarinha estava na cozinha e não deu por nada, alguma vez um gajo há-de ter sorte, comentava para si o Policarpo, inchado de vaidade ao lado da Vanessa que, ao contrário do que dizem da outra, tem um belo cu e ele já se imaginava sabe-se lá a fazer o quê com tal parte anatómica da Vanessa.

Iam pela rua e, ao dobrar a esquina, dão de caras com o cabo da guarda e com a tal que dizem que tem o cu pequeno, de seu nome Susana, uma menina que nem tem quase idade para entrar nestes enredos. E que faziam eles, o cabo da guarda e a Susana?! Não ouviram nada, mas a Vanessa ficou fodida por ver o cabo-tanque atracado à lambisgóia e logo ali decidiu que não queria o gajo para nada, nem o gajo, nem o cassetete, nem a pistola, nem nada, foda-se, é o que não falta aí é que gajos para me comerem e para serem comidos, veja-se o morcão aqui ao meu lado, resmungou ela entre dentes, "Que disseste?", perguntou o Policarpo solícito, "Nada, Policarpo, anda cá depressa que eu já te digo o que é que disse...", respondeu ela e para mostrar ao cabo ingrato que não o queria, não esteve com meias medidas: puxou para si, com toda a gana, o surpreendido Policarpo e logo ali desatou numa cena de beijo e linguado, que nem um filme indiano conseguia superar! Apesar da chuva que continuava a cair que nem cornos, o cabo e a tal Susana de meia tigela viram tudo, de boca aberta com a surpresa...

Ao Policarpo, deu-lhe um espalamaio! E não era caso para menos, diga-se em abono da verdade e da história.

Cristiana disse...

Me,

O meu pc não tem essas coisas é um magalhães duhhhhhhhhhh!

Magalhães disse...

Alguém chamou?!

Desinformador disse...

A vila já dormia há umas quantas horas, e continuava a chover como cornos. Da torre da igreja o sina dá o sinal da meia hora, uma meia hora qualquer, que se confundiu com o ribombar de um trovão.

Este parece que foi o sinal para a Dona Ermelinda sair de casa, de copo e garrafa na mão e a afina o dó-ré-mi... a noite de televendas estava menos interessante do que o habitual, já que estavam a impingir facas que cortam sapatos há mais de quatro horas... e camionista há muito que tinha içado a bandeira branca, portanto restou a companhia das sevilhanas, as memórios do defunto senhor Ermelindo, e um stock de néctar dó-ré-mi.

Dançando umas sevilhanas pelo passeio com a graciosidade de um elefante, mal deu pela aproximação do velho Land Rover da guarda, com o cabo Toni quase a terminar a sua ronda. Estaria cerca da padaria ainda às escuras.

O cabo Toni, puxa o travão de mão e mantém o Land Rover, mais velho do que ele, a trabalhar e coloca-o em ponto morto, com a caixa de velocidades a arranhar todas as engrenagens, num som típico que toda a Vila já conhecia. Abre a porta, que range tanto como os trovoes que se ouviam ao longe. Assim que sai do velho Land Rover fica encharcado... outra vez. Dá a volta pela frente e, esticando os braços aos ombros da Dona Ermelinda para obrigar a pará-la, diz, "Dona Ermelinda, mas o que faz na rua a estas horas. Devia estar em casa, e não correr o risco de apanhar uma bronopneunomia..." e a Dona Ermelinda, mal olha para ele, e tentar continuar a andar. O cabo, sempre muito prestável, diz-lhe, "vamos suba para o jeep da guarda e eu levo-a a casa!" e abre-lhe a porta e empurra-a gentilmente para dentro." Apressado volta para dentro do Land Rover, engrena primeira, com a caixa a queixar-se outra vez, e arranque, com os limpa para brisas a funcionar desesperadamente para limpar toda a água que caía.

Desinformador disse...

Conduzindo a baixa velocidade, o cabo pergunta à dona Ermelinda se estava bem, ela nem lhe responde, nem olha para ele. Com o velho Land Rover a chegar ao final da rua principal, o cabo voltou a olhar para ela, e de repente guina o velho Land Rover para a direita e entra para um descampado, onde há muitos anos o extinto clube local jogava os seus partidos de futebol.

Abrindo o fecho das calças, o cabo Toni, diz à Dona Ermelinda, "Sempre ouvi dizer que sabe muito bem fazer isto, e quando está com os copos, ainda o faz melhor. Portanto está na altura de me compensar por todas as vezes que me obrigaram a acodar a meio da noite para a ir recolher e meter de volta a casa" A dona Ermelinda quando viu o que o cabo segurava, lançou-se a ela com um brilho nos olhos, como quem acabava de abrir a prenda de natal mais desejada.

O cabo já se esticava para trás, mais descansado e de com um ar de prazer antecipado, fechou os olhos, depois de ver o brilho nos da Dona Ermelinda, com os dedos entrelaçados atrás da nuca, quando parou por cinco segundos... "não estou a sentir nada" pensou, e abriu os olhos... e para sua surpresa, a dona Ermelinda estava a acariciar a manete de mudanças com uma mão, e a outra metida por baixo da sua saia preta.

"Raios Dona Ermelinda", guinchou o cabo, enquanto subia o fecho das calças, e metia a primeira velocidade que se queixou outra vez, e se meteu outra vez na rua principal da Vila.

Na pensão que ficava ao lado do descampado, uma cortina caiu, e o velho Land Rover afastou-se em direcção da casa da dona Ermelinda.

Continuava a chover como porcos e a trovejar. Do relógio da torre da igreja ouvem-se tres badaladas.

O Tarado disse...

Foca cheio de coragem dirige-se a padaria. No entanto depara-se com a porta fechada. Pensa duas vezes e agarra num dos tijolos que o sonambulo do Policarpo ia deixando espalhados pela vila e manda-o com toda a força à porta de vidro da padaria estilhaçando-a em 1000 e picos bocados.

Entra e sabem muito bem onde tem de ir. Assim que abre a porta da arrecadação, ve uma cena digna de um filme tipo SAW. O tenente martilho estava com os tomates e a pila em carne viva, o peito ensaguentado e sem pelos e ... o tenente.... estava a cantar Maria Albertina. Obviamente que o foca vomita-se todo e sem querer grande parte desse vómito vai parar à boca do Tenente que perante tal cenário caga-se todo... a merda estava tão liquida que escorrega para os sapatos do Foca que nisto perde o equilibrio ao escorregar na merda do tenente. Ao cair, abocanha a pila do Tenente... de tal dor que teve, o Foca, cerra os dentes e capa sem retorno o tenente. Este por sua vez muda o disco e começa a cantar uma opera qualquer em fá maior.

Enojado com o facto de ter a pila do tenente na boca, cospe-a e fica a pensar para si mesmo como é que a conseguiu meter toda lá dentro. Nisto tem um flashback ao seu tempo de faculdade e ao dia em que pensava ter seduzido uma linda estudante de 18 anos, quando afinal era um travesti brasileiro de 69 anos bem maquilhado.

Nisto a Susana vem ter com o Foca e Tenente já com toda a história bem alinhavada. Ao deparar.se com aquela situação toda, escorrega na merda do Tenente, tenta-se apoiar com a mão no chão mas escorrega no vomitado do Foca e abocanha os tomates do tenente. Não preciso dizer o resto pois não?

Aqui o tenente, capato e destomatado, desmaia e larga um grande peido.

O Foca ao cheirar todo aquele gaz metano lembra-se de que as velas acesas podem ser um perigo, e pega na sua Susana ainda a lamber-se toda e sai da padaria a correr. Não tinham passado nem 10 segundos e o peido do tenente inflama as velas que devido à proximidade com as botijas do gaz fazem-nas expludir e a paradia já era.

O Padeiro a porta da igreja a falar com o Padre nem queria acreditar no que via. Mas não pode deixar de se sentir aliviado. Tinha-se livrado do Tenente.

- E agora foca? tamos lixados. O tenente era a nossa safa!
- Não te peocupes miuda. O Padre... o padre. Já agora... viste como a pila dele..
- Poupa-me. Já te disse que não faço essas merdas.

Me disse...

SHHHH! Pouco barulho que tu´não fazes aqui falta nenhuma. O meu ASUS dá cabo de ti!!!

Por falar em Cabos...

Me disse...

- Mas onde é que me leva??? - exigiu Dna Ermelinda.
- Para casa, olhá, porra. - respondeu-lhe o Cabo.
- Pra lá não que há muito que o outro morreu prá vida!!! - respondeu-lhe ela, enchendo o copo até Mi Sustenido.
- O quê!?!?!? O que é que disse!?!?!?! - Perguntou o Cabo
- 'Tá morto! Não mexe! Cabrão de merda também se aguentou a pouco! Duas trancadas mal dadas e pimba! Ainda o apertei todinho com as mãos mas não havia sangue naquela cabeça!
- Ai valha-me santo Jasus que a bêbeda matou alguem!!! - pensou o Cabo enquanto se apressava para chegar a casa da velha.

Enquanto isso, Dna Clarinha fazia contas à vida. Tinha visto o Cabo naquelas poucas vergonhas com a Dna. Ermelinda... Escusava de ter apresentado queixa... Já sabia como resolver a sua situação!

Foca e Susana, em casa após tanto rodopio (eh, pá calem-se... dá-me jeito que estejam em casa...), estavam a emborcar jolas e a atirar molas ao gato da vizinha quando ouviram uma rebaldaria do caneco no andar de baixo.
- Ai que é agora que vou preso! - gritou Foca.
- Oh quiducho, nada disso. Deve ser a velha nas suas andanças... - respondeu Susana.
- Mas ele está morto! E está lá em baixo!! Eu VI!!! Com estes olhinhos que a terra há-de comer! Eu vi-o! Mortinho! - confessou Foca.
- Não sejas parvo querido. O gajo que estava com a Dna Ermelinda lá em baixo parecia bem vivo... pelo menos ela montava-o e ele parecia estar a gostar!!
Foca desmaiou.

Enquanto isso, no andar de baixo...

Cem disse...

eu bem disse que era psicotrópica!

:)

caloira não se conjga com "novelas" :)

ele há cada coisa!
estava eu tão bem!!

:)

Desinformador disse...

Passaran mais de duas horas até que os bombeiros conseguiram controlar o incêncidio na padaria. Foi necessário pedir ajuda a corporações vizinhas, já que o fogo estava incontrolável, e ameaçava passar para os edifícios contíguos.

A manhã começava a despontar a este quando os bombeiros começaram as operações de rescaldo. Um dos bombeiros grita para o cimo das escadas, "o sor comandante precisa vir ver isto, peçam-lhe para vir cá abaixo!" Três minutos depois, o comandante está de volta ao seu posto móvel, liga o rádio transmissor, e pede ao quartel que liguem para a esquadra e que chamem o primeiro cabo, já que teria de tomar conta de uma ocorrência, um assassinato, em concreto.

Passou mais de meia hora, até que o Cabo compareceu junto do comandante dos bombeiros. Eram 7h33, já não chovia como cornos, e finalmente parecia que o verão estava a começar! Ia ser um verão escaldante!

ASUS disse...

Dou nada... Sou pacífico!

Cantador de Desgarradas disse...

Carlos de Almeida Souto e Andrade de Magalhães parou o Subaru Impreza à porta das finanças, deu três acelaradelas com força para melhor informar da sua chegada e saiu do carro. (Tinha pensado em trazer o Yaris, mas achou que dava muitos nas vistas e as miúdas da terra não o iam largar da mão e ele precisava de passar despercebido) Alto, loiro e exangue... (Alto, isto é do poema do outro...) Alto, louro e de óculos escuros, parecia um engenheiro hidráulico. No entanto, estava ali uma máquina de matar por detrás daquele aspecto de menino da mamã.
O chefe das finanças, que ia à missa todos os dias e todos os dias comungava, farto dos deboches que se passavam na vila, resolveu contratá-lo para limpar a vila das pestes que a inundavam de maus cheiros.
Entrou nas repartição e foi atendido pelo Policarpo.
"Faça favor"
"Quero falar com o chefe"
Levado à presença do chefe, não foram precisas muitas palavras. O chefe entregou-lhe uma lista com nomes e um mapa da vila com a localização das pessoas e uma mala com 100.000 € em notas de 100, 50, 20, 10 e 5...

Carlos de Almeida... etc, (Cácá para os amigos e também para este enredo, sempre fica mais fácil) dirigiu-se ao apartamento de foca e susana.

Entrou sem bater, puxou da pistola calibre 82, com silenciador e ali mesmo, calma e despudoradamente, matou os dois. Dois tiros em cada um, e dois barcos de dois ao fundo.

Guardou a pistola e dirigiu-se à pensão D. Clarinha, quartos com tv e casa da banho, comida caseira...

O ar estava agora pesado, nem os pássaros uivavam nas árvores e os cães fugiam à passagem de Cácá...

Nos paços do concelho, o presidente recebia a notícia há tanto aguardada: a vila ia ser promovida a cidade de 3 estrelas... Abriu a última gaveta da secretária e tirou de lá uma garrafa de aniz escarchado e dois copos e chamou a telefonista: "Anda cá, Felismina, desliga os telefones..."

PKB disse...

É para continuar? =))

Cantador de Desgarradas disse...

Acho que sim, KPB...

O Tarado disse...

Pronto. Deste-me cabo da coisa. Agora já não sei o que fazer à irmã gemea da Susana, nem à amante da irmã gemea dela, nem mesmo ao rasteirinho que ía sair do esgoto por traz da padaria que supostamente ía fazer amor da tripa com a Vanessa. pronto... agora termina lá tu isto.

Cantador de Desgarradas disse...

Desenrasca-te, amigo Tarado. Apareceu um assassino contratado, matou o foca e a susaninha, sabe-se lá quem mais vai matar, tem paciência... Tira isso tudo do esgoto, pá, não sejas tarado....

Ah! E não te metas com a minha Vanessa, senão tens o Cácá à perna...

Me disse...

Eh, pá. Agora fizeste honra ao teu nick!
Foda-se Tarado, deu-te paradinha, não?!!?!?
CAREEEEEEEDO!!!!!

Me disse...

Cacá desce ao andar de baixo e bate à porta. Não obtem resposta e decide entrar na csa da Dna Ermelinda de qualquer das formas.
Quando entra, vê Carlos o Camionista atado a uma cadeira, cabeça tombada para cima do peito e, claro, nu.
Dna Ermelinda sai da cozinha, empunhando umas bolachas Maria e duas garrafas de ginjinha e quando vê Cacá derrete-se toda.
- Oláaaaaaa!!! Bom dia!!!!!
- Olá. Quem é aquele? - responde-lhe Cacá enquanto esconde a arma.
- Ninguém. 'Tá mortinho. Cabrão. Morreu-se-me na boca. Enfim!
- Morto?
- Acho que sim. Quer ver???

Dna Ermelinda aproxima-se de Carlos o Camionista e com pouquíssimo cuidado, pega nas partes fodengas do homem e puxa-as. Carlos, sentindo-se quase a voar, acorda e larga um grito tão profundo que, não fosse por andar já tudo acordado e aos tiros e facadas e etc, acordaria toda a gente.
- AHHH!!! Afinal!!! - sorri Dna Ermelinda.
- És muita estúpido, pá. Atão tu deixas-te apanhar assim?!?! - pergunta Cacá ao outro Cacá mas que para o propósito da Narrativa terá que ficar Carlos o Camionista.
- Tu não me digas nada. Vim fazer o serviço. Ia ter com o Padeiro e o Padre, mas entretanto levei tiro.
- Ahhhh!!! Isso fui eu! - diz Dna Ermelinda.
- Foi o quê!?!? - perguntam os Cacás.
- Fui eu. Desculpa. Andava a limpar a arma do meu falecido marido, diabo o tenha, quando aquela merda disparou. Quando fui à rua ver para onde tinha ido o tiro, vi o Sr. estendido no chão, mas nem associei. Depois trouxe-o para casa e pronto. Morreu.
- Morri os cornos é que morri, oh velha nojenta! Ias-me arrancando os tomates!!! - responde Cacá o Camionista.
- Ahhh! E eu lá faria isso? - responde Dna. Ermelinda.
Enquanto isso, Cacá desata Cacá o Camionista e avisa Dna. Ermelinda para ficar por casa e para não dizer a ninguém que os tinha visto.

Encaminham-se para a Padaria, apenas para descobrir escombros e meia dúzia de bombeiros a torrar pão nas brasas.

Seguem para a Igreja e entram.
O Padre Miguel André estava a comer uma bifana diante de Cristo na Cruz. Quando vê quem está à porta, bebe mais um trago de cerveja e pergunta em que pode ser útil.
Cacá aponta-lhe a arma e pergunta pelo Padeiro.
O Padre, devidamente mijado, responde que não sabe.
Cacá, devidamente aborrecido, atira para um vaso de flores mesmo ao lado da cabeça do Padre.
O Padre, mais mijado ainda, tapa os olhos e diz:
- Eu não sabia nada da droga nem da nhenha!! JURO!! Aliás, eu pensava que a nhenha era droga! Nunca pensei que ele pusesse nhenha no pão!!! Juro! Ele é que sabe onde está a droga e a nhenha é dele, não minha!!!
Cacá o Camionista, ainda nu (tirando um napron devidamente atado em torno da pila), e com cordas à volta do pescoço, pés e mãos, mostra-se ao Padre.
Padre cai aos joelhos, pensando ver ali a reencarnação de Jesus Cristo, mas versão livre da cruz.

Me disse...

- Ai Santo Pai, se me tirares desta prometo nunca mais ir ver pornografia para a net às custas do wireless do vizinho!!! Leva-me daqui!! Leva-me!!! Eu acredito!!! Yes, we can!!! Yes, we can!! Eu acredito!!! I have a Dream!!! Leva-me contigo, oíóai!!
- Tá maluco. - diz Cacá.
- Só pode - responde Cacá.

Vão em busca do Padeiro.

O Tenente, sem pila e sem pelos, encontrava-se já no hospital de Sta Eufrásia onde passaria longos meses a recompor-se do pesadelo daquela noite (ou seja, acabou a história do Tente, porra).

O Padeiro, enquanto entrega pão à Dna Clarinha, fica a saber que Susana e Foca foram mortos por gajo bonzão todo charmoso que depois saiu do prédio da Dna Ermelinda com gajo nu atrás dele.
Respirando de alívio, Dna Clarinha informa-o que o fogo que tinha acabado de haver era na Padaria e que não entendia como ele não sabia.
O Padeiro, perante essa notícia, e fazendo as contas à coisa, decide fugir dali para fora. Mas primeiro visita o Padre.

- Eu vi!! Eu vi Jasus!!! Ele veio até mim!! Vou-me penitenciar!!! - diz-lhe o Padre Miguel.

O Padeiro foge.
O Cabo tenta perceber o que se terá passado.
Vanessa está por aqui algures.
Policarpo também.
Dna Ermelinda dorme.
O Padeiro foge mais.

PKB disse...

Era sábado e Teresa decidira pegar no carro e dar uma volta sem qualquer destino pré-estabelecido. Desde que acabara o seu curso havia uns 3 meses, que não tinha nada para fazer e entretinha-se a fazer passeios de carro. Meteu-se ao caminho e saiu da autoestrada para entrar na estrada nacional. Deslumbrou-se com a paisagem, ouviu todos os cd que tinha trazido consigo e deu por si a 200km de casa, com o tanque de combustível na reserva e sem bateria no telemóvel. A noite caíra. Teresa parou na vila para reabastecer o carro e tentar ligar para casa de uma cabine telefónica para dizer que ia chegar tarde. Quando saiu do carro para procurar alguém que lhe dissesse onde podia encontrar uma bomba de gasolina e uma cabine telefónica, deparou com um espectáculo, no mínimo, bizarro...

Cantador de Desgarradas disse...

Teresa viu Policarpo deitado no chão (nessa altura ainda não sabia o nome dos outros todos) e a Vanessa no que parecia uma operação de respiração boca-a-boca, sob uma chuva cornífera. O cabo da guarda agarrava-se à Susana como gato a bofes e a Teresa, que procurava o seu simão, sentiu um calor despropositado!

O Tarado disse...

Sónia, irmã gêmea de Susana aparece na vila. Tinha a certeza que a irmã estava na sua frequência e vinha ter com o Foca fazendo-se passar pela irmã. Era costume roubar os namorados à irmã apenas por umas horas. Ou alguns minutos dependendo da urgência do alivio.

Ao chegar a Vila no seu SKL pára ao pé da padaria para ver que reboliço era aquele.

Nisto aparece cacá, o matador, com cacá o quase matado. Cacá ao ver Sónia, a pensar que era a Susana, fica assustado. O Cabo aparece e nisto Cacá quase matado, mete-se no carro do Cacá matador e ambos piram-se a toda a velocidade.

- Tou fudido pá. Meti-lhe duas balas em cada teta e a gaija está ali viva? Que merda pá!
- É do cilicone... só pode. Eu bem estranhei como é que uma pita daquelas tinha um par daqueles. Foram as mamas que apararam a coisa.

E nisto desaparecem da vila para nunca mais aparecerem.

O Cabo entretanto mete conversa com Sónia e pergunta-lhe o que está ali a fazer se não devia estar com o Foca. Nisto vem a D. Clarinha e quase desmaia.

- Menina... que está aqui a fazer viva? Então tu e o Foca não tinham sido matados?
- Matados? A Susana e o Foca?
- Susana sim. Tu!
- Eu não caralho. Eu sou a sónia. Está-me a dizer que a minha irmã.... morreu?
O Cabo extremamente confuso, bebe mais um golo da mine que tinha acabao de comprar no tasco, e vira-se para a d. Clarinha:
- Mas quem é que morreu?
- O Foca e a irmã desta menina pelos vistos.

O Cabo corre para a casa do Foca. E Sónia vai atraz.

Sónia ao ver a sua irmã com as tetas esburacadas e o Foca com a testa enfeitada passa-se dos carretos. Pega numa estátua do Sócrates nu que a sua irmã uma vez tinha feito com restos de metal, e acerta com ela em cheio na cabeça do cabo que se fica a esvaziar em sangue.

Tinha-lhe o molho de chaves, vai ao posto e saca de uma carrada de armas e munições. Sai da esquadra tipo Ramba e desata a disparar em todos os sentidos... não lhe importava em quem acertava.

Nisto a Teresa tenta-se safar de alguma forma escondendo-se na casa de Dna. Ermelinda.

Cantador de Desgarradas disse...

E eu, com tanto tiro, pego no Policarpo e na Vanessa e na Dona Clarinha e fugimos daí para a A-dos-Cunhados, onde a Dona Clarinha tinha uma vivenda ainda do tempo do defunto, que deus lhe tenha a alma em descanso, pensa, benzedo-se.

O Policarpo, a Vanessa e a Dona Clarinha viveram muito felizes muitos anos e tiveram muitos meninos, loiros e de olhos azuis.
E depois veio uma fada que foi a madrinha.

(Música a condizer, pode ser Sound of Music, com o som de sinos ao fundo)

The End..

Me disse...

The End!?!?
The END?!?!?!?!?!?!?
THE END?!?!?!?!?!?!?!?!?!

Mas como!?!?!?!

Vocês, pá.
Mas tá bem, vá.
Que seja.

Eu já não consigo continuar. Mesmo tirando apontamentos e fazendo esquemas e setas e coisas assim, não encontro fio à meada.
Mas digo-vos, adorei. Adorei mesmo.

Gostei da vossa participação e do vosso empenho e, principalmente, das vossas mentes deturpadas e quiçá a necessitar de medicamentos.
:D

Um grande, ENORME bem haja a vocês.
Me HAPPY!!!!

Parabéns a todos :)

K disse...

chiça! até qu'enfim!

K disse...

E coisas novas, não?

Não que eu tenha tempo, mas prontosssssss....

Cantador de Desgarradas disse...

Pela parte que me toca, foi um prazer conviver com tão bons contadores e contadoras de contos.

Como diz o ditado bem antigo,

Quem conta um conto, alumia duas vezes...

Desinformador disse...

Como de ende? agora que ia entrar em cena o detective Raposo Santos da judiciária e a sua colega dotora Dina Esteves. Ele um tipico céptico, ela uma médica especializada em medicina forense, com master acabadinho de sacar numa prestigiada universiadade norte americana...

nao me parece nada bem...

Cantador de Desgarradas disse...

Desinformador, esse "não me parece nada bem" é desinformação?

Me disse...

Oh Desinformador, eu sei!
Também que fiquei com essa sensação de... ahhh... vazio.
Mas isso passa-te.
Acredita.

:)

Me disse...

Ou aquela do Galinha de papo cheio chega mais depressa ao destino.
:)

Me disse...

MAU!!!

Me disse...

ESTRAGA PRAZERES!!!!

K disse...

Quem é a Prazeres?

K disse...

Bom....

O Tarado disse...

Eu já tinha até planos para envolver a Scully e Mulder numa conspiração extra-terrestre mais lá para a frente. Isto dava uma série. A sério que dava. E o padeiro, para que não sabe, era na realidade um Otorangorinolititusmaxis, ser originário da terceira lua do sistema Agratinhumeste na tercera constelação da galáxia S3776T2. Angela Corneliu, operadora dos radares no Arizona ligados ao projecto SETI, tinha descoberto anos antes um sinal vindo desta zona, numa frequência baixissima onde tinha identificado cenas de sexo entre os nativos esta lua e animais da 5ª, com grandes dedos mas pequenas pilas.

Esta malta e a mania de estragar o fio à meada.

PS: Gostei bastante disto e acho que a Me devia eleger o melhor darmatugo e dar-lhe um presente. Tipo uma foto do rabo dela.

PKB disse...

Foi um gosto deixar os meus pequenos contributos que depois deram pano para mangas :))))

Obrigada, Me, pelo desafio! Só tu conseguias este resultado!

Me disse...

Com certeza!!
E como tu confias que a foto seria MESMO do meu rabo, irias aceitar na maior, certo?

Oh, pá... !!!

Mas gostei aqui do Ficheiro Secreto in the Making... É uma pena de facto isto ter terminado.
Eu estava a pensar incluir uma visita ao jardim zoológica que iria corre muito mal para o Padreco, mas vá... fica para a próxima...

Me disse...

Pecuínhas!!!

Me disse...

Vocês é que fizeram o resultado: o caos literário de cabecinhas pensantes que dão cabo de tudo num instante.
:)

Mas foi mais que lindo!!!
:)

Cantador de Desgarradas disse...

Eu diria até que foi lindérrimo,
Se a tanto me ajudasse o engenho e a arte.
Mas isso foi tudo para outra parte,
Aqui ficou só o verso aspérrimo!

Porra.......................

Desinformador disse...

Me,

o vazio está a custar a preencher...

achou que vou reactivar o meu blog, e escrever pequenas historias... talvez ainda use algumas personagens desta história, se autorizares, claro! ;)

e já agora, os demais autores, obviamente!!!

Continuem todos a escrever, há mt ficção ainda por ser ficcionada!

O Tarado disse...

Ha medicação para isso sabes? Se em que no teu casod esconfio que seja abuso da mesma que cause tal diarreia verbal.

Me disse...

Be my Guest!!!
:)
Mas deixa aqui link para o dito cujo...
:D

Me disse...

MENINOS!!!
MAAAAUUUUU!!!