18.3.11

Então e quando até as faces do rabo se ruborizam?


imagem: google
O mundo é pequeno. Pequeno e dá muitas (mas mesmo muitas) voltas. Pequeno, dá muitas voltas e, descobri, demasiado pequeno e demasiado armado às piruetas para Me and my Big Mouth.
Há pouca coisa que gosto de deixar por mãos alheias. É como tudo: quando queremos algo feito como deve ser, temos de ser nós a fazer.
Ora, bem! Dentro do espírito da auto-suficiência e independência total, tenho a dizer que, por muito que outros possam tentar e até conseguir, ninguém, mas mesmo ninguém, tem a capacidade de me envergonhar como EU tenho capacidade de me envergonhar.
Sim. Eu, sob a máxima do “que se foda que não tenho nada a perder”, vou e digo e faço certas coisas na quase certeza de que assunto desenvolvido nunca mais será tocado porque, como bem (HA!!!) equaciono nos momentos precedentes, e lá está, eu até nem tenho nada a perder!
Ora, pois.
E não se tem nada a perder mesmo a não ser uma certa paz de espírito quando, do nada, certas palavras proferidas voltam do mundo do “nada a perder”, ou seja, do “mundo-supostamente-perdido-tipo-alice-no-país-das-maravilhas-versão-GI-Jane”, e vêm, qual abutres esfomeados, vingativos e à procura de refeição rápida, numa manada esfomeada de vingança e reposição da verdade sobre o mundo ser demasiado pequeno para certos devaneios, aterrar-nos bem no alto da pinha, fazendo-nos baixar a cabeça para esconder faces ruborizadas e desejar, com cada fibra do nosso ser, que buraco, daqueles muita grandes, se abrisse e nos engolisse logo ali, sem mais nem menos, para nos poupar a corrente de memórias que de repente invadem débil cérebro, fazendo com que até faces de rabiosque se ruborizem com todo o fervor permitido pelas leis da física. Isso e com que se tenha de passar umas horitas a combater vontade quase irresistível de gargalhar a bom gargalhar. Sim, porque nestas coisas do “envergonhanço”, há sempre mais alguma coisa que podemos fazer, inclusive, desatar numa histeria de risota pegada assim que o mundo se encolhe e finalmente pára de dar voltinhas ou então, como aqui a Je, passar essas mesmas horitas com ar de quem sofre de hemorróidas e não defeca há três semanas (ainda que, em certos momentos, sorrisos envergonhados possam ter dado impressão que tal maratona finalmente teria acabado…).
E, ok, tudo bem, até que nem foi nada de especial. Até que nem se disse nada de por aí além. Bem visto, bem visto e a coisa até podia ser vista como um elogio! Quer dizer, pensando bem, quase que merecia um agradecimento daqueles pelo proferido nos tempos em que o mundo era definitivamente maior e não continha tantos mapas ou aparelhos de GPS… Bem esgalhado e até que tinha direito a agradecimento, olhem a porra!
Mas, não.
Quem agradeceu fui eu. No dia seguinte, pequena mensagem de agradecimento por atitude de Senhor assinada por rapariguita devidamente prostrada em vénia e ruborizada até à raiz dos cabelos.
É como eu digo, há coisas que mais ninguém faz tão bem como nós.
Pensem nisso da próxima vez que se armarem aos cucos e pensarem que o mundo é muita grande, não dá voltas e não existem manadas de abutres esfomeados com memórias filha da puta de boas.
E se por acaso se esquecerem, rezem para que alvo de tais momentos de esquecimento do poder do Universo tenha a cortesia, bom senso e sensibilidade de fazer de conta que não se lembra de nada.
Fodaaaaaaa-se.
Com licença que vou só ali ver se consigo tirar a pata da poça antes que a poça me chegue ao queixo.
Bom fim-de-semana minha gente. Bom fim-de-semana.

6 comentários:

Anónimo disse...

Não te ligam nenhuma.

Me disse...

Onde? Aqui nos comentários (cambada de comentadores da tanga!!!) ou nas questões de me saberem envergonhada e não meterem mais lenha na fogueira???

Anónimo disse...

Epá, os comentadores, claro.

Saber-te envergonhada parece-me exigir um conhecimento que não tenho.
Por Lenha na fogueira já sabes tu fazer sozinha.

Evidentemente, eu sou um não comentador.

Retiro-me.

Boa semana rapariga, boa semana.

Me disse...

Para não comentador, fartas-te de comentar...

A parte do envergonhada é fácil e simples: baixa-se a cara de modo a esconder as faces vermelhas-vermelhaças-vermelhuças.
Mas numa coisa te tenho de prestar a devido razão... lume sei eu fazer. Lá isso é verdade! Há coisas que não deixo à responsabilidade de mais ninguém!

Obrigada pelo não comentário.
Boa semana, rapaz. Boa semana.

francisco disse...

Esta coisa das fuças generosamente esfregadas com bolo é, no final de contas e pelo que se vê aqui e ali, um fetiche seu. Quem foi que lhe disse que isso evita o envelhecimento precoce? hein?

Me disse...

Touché! E nada mais me apraz a dizer! Nada mais!!!!
:PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP