3.11.09

De chave na mão.

imagem: google
Domina ou cala.
Não te percas, dando
Aquilo que não tens.
Que vale o César que serias?
Goza bastar-te o pouco que és.
Melhor te acolhe a vil choupana dada
Que o palácio devido.
Fernando Pessoa / Ricardo Reis É assim? Ou dominamos ou calamos? Sem meio-termo possível, tipo sesta a meio da tarde que remedeia noite mal dormida e permite que o resto do dia seja mais leve? Lutamos pelo inalcançável, sabendo-o assim, na esperança de colhermos gloriosos tesouros caso a sorte e fortuna estejam de feição, fazendo de conta que nada é impossível, que tudo se consegue, que o que é nosso a nós há-de vir? Ou escolhemos bem as nossas batalhas de modo a não desperdiçarmos tempo e energia de forma vã? Escolhemos o que é seguro e controlável ou seguimos em frente, sem medos, prontos a aceitar o que nos tiver reservado?
Pegamos o metafórico touro pelos cornos sabendo que volta à praça no final poderá ser em glória, em ombros ou que, pelo contrário, pode até nem se conseguir sair da mesma sem ajuda? Pegamo-lo na mesma, aceitando ambos os casos, entregando-nos nas mãos de um destino em tudo maior e muito mais valente que nós? Confiamos que ele existirá para nós e que ninguém se esqueceu de nós no momento de escrever os destinos de cada um? Confiamos no sistema, entregando-nos de corpo e alma à causa de não sermos mais nada se não a causa em si?
Ou olhamos o bichano, e com ligeiro piscar de olho e aceno de cabeça, dirigimos-lhe um pensamento que diz que há batalhas que não é preciso serem lutadas para sabermos que a derrota nos aguarda, de sorriso na boca e machado na mão? Em pensamento, dizemos-lhe que não vale a pena cansar nenhuma das partes evitando-se assim que ambas digam “já sabia que assim iria ser” em relação aos seus resultados?
Dominamos, mesmo que solitários, banhando-nos na paz e sossego que apenas as certezas nos podem dar? Ou vamos dando e dando e dando na esperança de que alguém retribua dádivas permitindo-nos depois receber, receber, receber? O altruísmo, meus senhores e senhoras, é mito. É engano do espírito humano. Não existe. Temos sempre algo a ganhar em sermos altruístas. Sempre.
Passamos os dias a olhar a tal choupana sabendo-a nossa, ou divagamos pelo palácio vazio e ainda por pagar na totalidade? Dominar é acto contínuo; requer esforço e trabalho. O contrário, não. E o contrário não significa ser-se dominado… Saudavelmente remediados e com avanços bem pensados e seguros, ou saltos de lebre sem nos preocupar o que esconde a moita?
Vou ou fico? Tenho ou perco? Sou ou deixo de ser? Corro ou paro? Falo ou calo? Durmo descansada sabendo tudo arrumado e no lugar ou sonho pesadelos com tudo o que poderia ter sido mas nunca chegará bem a ser, nem nunca foi? Olho e vejo ou olho e cego? Admito ou nego? Domino ou calo? Domino ou calo.

41 comentários:

  1. Não ha preto e branco. Só ha cinzento. Se assim não pensas... ainda tens muitos aniversários pela frente.

    O dominio é ilusão e quem cala consente. A virtude está em saber dominar o Touro as vezes pegando-o pelos cornos, outras vezes montando-o e deixando que ele nos leve ao destino, que embora incerto não deixa de ser um desafio. E a vida é feita de histórias de grandes marradas e grandes viagens.

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  2. Tarado,
    Disse eu ali em cima:
    "É assim? Ou dominamos ou calamos? Sem meio-termo possível, tipo sesta a meio da tarde que remedeia noite mal dormida e permite que o resto do dia seja mais leve?"

    Também pergunto pelo cinzento...
    Mas gosto do ar condescendente e paternalista com que deixas aqui a tua opinião... acho que sim.
    Virtude? :)
    Meu caro, ainda ninguém lhe mostrou que tal conceito, na prática, não existe? Tal como o altruísmo?
    Talvez para o ano.

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  3. Cantador de Desgarradasnovembro 03, 2009 11:44 da manhã

    Às vezes resolvemos dominar e é assim que deve ser. Outras vezes temos que nos resignar e também é assim que deve ser...

    O que é preciso é escolher a opção certa para cada caso e isso nem sempre sabemos fazer. Ou temos coragem para, ou oportunidade, ou...

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  4. Então o altruísmo é mito. Para ti, certo? É que não podes falar por toda a gente.

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  5. Nem que seja ego insuflado e auto-satisfação... fazer algo pelos outros nunca é apenas fazer algo pelos outros.
    Tanto faz que nos actos ditos altruístas, se ninguém valorizar um bocadinho que seja, ficamos todos ofendidos e proclamamos a ingratidão do mundo e do próximo.
    Mas concordo que se tente ser altruísta. Ganha-se sempre alguma coisa com isso...
    E desde quando é que eu falo por toda a gente?
    Mau... mau, maria...

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  6. Profundamente profundo ...... ou a arte de bem dominar as palavras .... o que revela que não te calas ... "porqué non te cállas??" perguntava el Rei do condomínio aqui ao lado, face à dominação discursiva alienante de outro reizinho auto-proclamado das terras da 4ª maior reserva petrolífera do Mundo. Aí está!! Dominas .... ou calas-te!! Se não te calas .... perguntam-te porque não te calas!! Ou tentam fazer-te calar ....
    Branco ou Preto? Frio ou quente? Luz ou escuridão?
    Cinzento? Morno? Crepúsculo? Hummmmm ...... soa-me a frouxo .....

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  7. Lamento, mas penso que muitas vezes fazer algo pelos outros parte exactamente desse mesmo pressuposto: fazer apenas algo porque não te custa nada. Que a seguir até penses no assunto e te sintas bem com isso, já são outros quinhentos. E por vezes nem sabes se foste valorizada ou não além do obrigado/a...

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  8. Mas se nem um obrigada receberes, ficas chateada com os fdp egoistas e mal criados que tu ajudaste pela bondade do teu coração.
    Não há almoços grátis. Nem aqui, nem ali nem em lado nenhum.

    Exemplos precisam-se.

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  9. Dominas ou calas-te ou então há quem te mande calar... Ora pois. Aí está.
    Frouxo é haver meios-termos? Isso é frouxo?

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  10. ....frouxas eram as enguias que eu comi hoje ao almoço .... por falar em enguias, conheço uns gaijos que também são assim pró enguia ..... saio, não saio, fico, não fico, ...... frouxos!!!

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  11. Mas a verdade é que fazes sem pensar no que irás receber ou não; é disso que falo, do que te leva a fazer.

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  12. Clone,
    Por aqui, NESTE estaminé, podemos utilizar linguagem mais corrente... ou seja, os frouxos são cabrões e mai'nada!
    MENINAS!!!!!

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  13. Justo... mas se NÃO receberes um agradecimento ou reconhecimento que seja, ficas lixada. Mesmo que não estejas à espera de mais nada.
    O Altruísmo puro não existe. Existem formas, tipos... coisas parecidas. O conceito em si, na prática, não existe.

    Altruísmo: Inclinação para procurarmos obter o bem para o próximo. = filantropia (gira a definição...)

    Outra:
    1. sentimento de interesse e dedicação por outrem
    2. doutrina moral segundo a qual o bem consiste no interesse pelos nossos semelhantes; filantropia
    3. FILOSOFIA doutrina que considera a dedicação aos outros como norma suprema de moralidade
    4. abnegação

    Hmmmmmmm....

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  14. Calo e amouxo... que a vida é isto mesmo. La folie!

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  15. Virtudes? Paternalismo? LOL. Tu andas-te a passar. Nao nao linda. Ou feia. O que eu quero dizer é que se pensas demasiado no assunto da vida estás condenada a não vive-la. E se esperas algo em troca quando fazes algo, estásn condenada a ser constantemente desiludida. Não esperes nada. Porque quando vier, será realmente fantastico. Porque nao estavas a espera.

    Se esperas demais e fazes as coisas em função do que esperas que possa ser reconhecido, vais cair inevitavelmente num buraco de onde depois para conseguires sair só se deixares crescer as unhas.

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  16. Ummm... já percebi. Das duas uma:
    a) Fizeste um brilharete qualquer na empresa e não te reconheceram o esforço que tu achas merecedor de reconhecimento.
    b) O namorado não ligou pêva ao teu corte de cabelo novo. Ou ao busso feito.

    Qual delas foi? Vá... mete lá nomes nos bois. A gente preocupa-se contigo!! E somos alcobiteiros :=)

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  17. Isso é contraditório... fazeres um esforço para não esperares receber alguma coisa em troca para o caso de realmente não receberes, não ficando assim triste com isso? Essa do não estar à espera esperando, ou vice versa, é gira.

    É da nossa natureza querermos atenção e reconhecimento. Maslow.

    E sim, sou linda.
    De feio só tenho o blog.
    :P

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  18. Eu faço brilharetes todos os dias. Seja na empresa, seja onde for.

    Ninguem me liga, nenhuma pá. Ninguém mesmo.
    Oh de mim... OH!!!!

    (pronto... assim 'tá bom?)

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  19. Fazes mal.
    E sabes que sim.

    Quanto ao domino ou calo... The juri is still out...

    Beijos Passaroca.

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  20. Eh lá... isto é tudo inspiração? Ou levaste um "pontapé" que te deixou a pensar? :D

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  21. Oh Inconformado,
    E porque é que não se vê ao contrário?
    Se estou eu a ser confrontada com a decisão de dar ou não um pontapé? Por exemplo!

    Redutores, pá. Estreitinhos de visão....

    :P

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  22. Gajo,
    Eu sei que tens razão. O cobrar, mais tarde ou mais cedo, acaba sempre por vir à tona. Seja onde e com quem for. E também concordo ser impossível (quase, vá) não o fazer. Seja com maior ou menor intensidade.
    Eu tenho muito o hábito de dizer "é justo". Mas só o digo quando o é...(para mim, claro...) Não digo "é injusto" tantas vezes porque acho que as injustiças têm muitos mais pormenores que as justiças (não sei se me expliquei bem agora).
    Os cobráveis da vida, as espécies de mini-justiças ou injustiças que vamos reclamando porque sim (ou porque não?) são o que dão cabo das negociações.
    Ir aguentando cedências constantes, tipo mini-cortes dados com lâmina afiada, é muito dificil. Mas como a esperança é sempre a última a morrer, ainda chegamos ao ponto de achar que damos pouco. Se dêssemos mais... talvez... só mais um 'cadinho...
    Wrong.
    Na profissão... em casa... seja onde for, é um equilíbrio muito dificil, sim.
    Daí o dominar ou calar. Ou sim ou sopas. Os meios termos é para quem pode, não para quem quer.
    :/

    Beijo para ti.

    Em relação ao teu comentário sobre o comentário anterior no post anterior, podia fazer piada foleira, perguntar se por acaso tens alguma dificuldade motora, mas com a sorte com que estou hoje, ainda viria a saber que estás para sempre confinado a uma cadeira de rodas devido a acidente na infância e que ainda por cima tens sempre uma das rodas vazia. Se por acaso for este o caso, não mo confirmes. Não quero saber.
    Oh, esquece. (jasus... eu é que não vou ler isto...)

    Pergunto apenas: atão e por onde costumas correr??? algum sítio bom para se montar uma fisga de longo alcance??? (muitas maneiras de apanhar moscas... ou pernetas... - não resisti, desculpa... e sem ofensa aos pernetas deste mundo!!!)

    :)

    PS: Pois tenho... aparecem-me assim do nada, oh, pá.
    :)

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  23. I don't care anymore, sweetheart... I just don't care anymore.

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  24. Com tanto beijo e beijinho não tarda e estás-me a chamar Fofinha...
    Caredo que era só o que me faltava.
    Vives no sítio porreiro? Longe dos meus trajectos??
    NADA fica longe dos meus trajectos. Sabes quanto kms faço por dia?!?!
    Trust me.

    Fosse isto justo, esta coisa da "vida" e seus percalços, e os adultos não nos mentiriam quando somos crianças e nós nunca iriamos crescer pensando que cada nuvem tem uma linha dourada, que amanhã tudo se resolve e que o chocolate não engorda.
    *sigh*

    Não terias ideia de fugir? Ou já não idade para isso? Ficarias sentado? Pois... eu que ceda, que faça a porra do trajecto e que vá ter contigo, né?
    Lá está!!!! Tudo eu!!! Tudo EU!!!

    ;)

    Beijos oh preguiçoso.

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  25. O truque é não desistir e ser persistente. Senão... quem está mal... muda-se. Normalmente somos nós que estamos mal. Não é?

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  26. Oh. Atão e os beijos??? Abraços??
    Oh.

    Queres saber um segredo, Gajo?
    Eu tenho um feitio demasiado bom.
    E não sou presunçosa de achar que sei fazer tudo e muito menos de impor as minhas ideias ou visões a seja quem for.

    Mas hoje não foi nada um bom dia.
    O resto da resposta fica para amanhã.

    Cumprimentos.

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  27. Mas esta merda de blog agora também aceita engates? Precisam de um quarto? Tenho umas 10 assoalhadas.

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  28. Não és presunçosa? Lol... ainda a bocado disseste que fazias brilharetes todos os dias. Decide-te pa. És linda já sei. :)

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  29. Ai a merda.
    Porque raio é que vocês levam à letra esse tipo de coisas mas depois outras, não?
    Isto é que 'tá aqui uma merda.

    E tu não sabes nada. Nada, nada, nada. Eu não sou linda. Sou FOFINHA, pénis!!
    MAU!

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  30. Oh Tarado, ciumes ficam-te mal.... tst, tst, tst.
    Tens 10 assoalhadas?
    Essa merda deve demorar bué a limpar, não?
    Tadinho.

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  31. Gajo,
    O resto da resposta... Pois.
    Não me apetece.
    Depois de me teres descrito como uma cabra calculista, não me apetece, pronto.
    É a minha forma de fazer birra em relação a alguem que não faz a mais pálida ideia do que está a dizer. Sim, faço birras. Birras, birrinhas, birronas e afins. Bato os pés, meto mãos na anca, atiro-me para o chão.... the works!
    Mas isso não é culpa tua... claro. Nem te levo a mal por isso.

    Respeitosamente.

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  32. Conheço aí uma meia dúzia de ucranianas que limpam essas assoalhadas todas num instante ..... também passam a ferro, cozinham, fazem massagens e ajudam a preencher declarações do IRS ....

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  33. E depois admiram-se de haver tantos nacionais no desemprego...

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  34. Tenho duas pitas brazucas a tratar do assunto. E nao só.

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  35. Só faz birra quem é embirrento. E normalmente as gajas embirrentas são tão mas tão tão.... !

    Agora voltando ao assunto, vou-te contar um segredo. Se o reconhecimento que falas é relativo ao trabalho devo-te avisar uma coisa que toda a gente sabe: Podes fazer um projecto fantastico e um trabalho fabuloso... mas se esse trabalho não dá guita ao teu chefe... não fiques a espera de pamladinhas nas costas.

    Uma vez um patrão disse-me uma coisa que nunca mais me esqueço.

    Ia eu todo lampeiro mostrar um relatório todo espetacular que tinha feito de levantamento de necessidades de um cliente. Tava todo contente mas queria mostra-lo ao patrão antes de enviar ao cliente. Então esperei pela segund afeira para lhe mostrar e até pedir opinião para melhorar. Queria o reconhecimento.

    Levei nas orelhas.

    Como não enviei o relatório ao cliente no dia anterior (era uma segunda feira logo tinha de o ter enviado na sexta), a pessoa tinha ído de férias duas semanas e o projecto não foi aprovado. Só foi aprovado passado quase um mês.

    O meu patrão vira-se para mim quando lhe estava a mostrar o project e diz-me simplesmente "Se querias palmadinhas nas costas espero que também mas venhas dar quando para a semana eu der ordem de transferencia do teu ordenado para a tua conta, sem ter a proposta do cliente adjudicada".

    Eu armado em parvo argumentei que nao sabia que a pessoa ía de férias. E ele e bem disse-me logo que se não sabia foi porque estava mais preocupado em querer levar com a palmadinha nas costas que nem tinha olhado para a agenda comercial dado que estava lá o registo.

    A minha moral da história é simples. As vezes quando andamos atraz do reconhecimento e entusiasmados com essa prespectiva perdemos a noção do que realmente é importante. Se por outr lado trabalhamos coma finco, dedicação e com tudo o que podemos dar, tenho por experiencia propria que esse reconhecimentro quando vem, vem com 10x mais força e é 10x mais sentido.

    Just my 2 cents!

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  36. Estilo "Pimp my Brazilian"??

    Caredo. You should me ashamed.

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  37. Gajo,
    Eu não tenho medo de mim. Às vezes tenho medo que os OUTROS tenham medo de mim, mas é sempre um medo metafórico (seja meu, seja o dos outros).
    Agora, para além de gira, sou porreira?
    Ora, pois.
    Story of my life...

    *sigh*

    Beijos em jeito de cumprimento (um em cada bochecha).

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  38. Tarado,
    Bons 2 cents.
    Tens um patrão porreiro... deve ter os seus dias, mas...

    Eu sei que eu nunca deixo aqui sumo suficiente para vos matar a sede, mas esta cena do reconhecimento, não é bem sobre isso que tenho andado para aqui a escrever.
    São outros tipos de "reconhecimento" que permitem que haja um equilibrio entre várias coisas, nomeadamente o dar e receber.

    Tarado, gostei da história.
    À boa continuação.

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  39. Se só nós é que reclamamos... Então a solução só pode ser dada e realizada por nós... Sim.

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  40. Atão, para quem ainda por aí andar, desejo um bom fim-de-semana.
    Para quem já não aí andar, não desejo nada que isto ainda são horas de se estar a trabalhar.

    E prontes.

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