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Não é um mega-regresso. Para isso, tinha que ter ido a algum lado. Não fui.
Não é um mega-regresso. Para isso, tinha que ter ido a algum lado. Não fui.
A conversa foi como que interrompida. Pelo menos é assim
que gosto de ver a coisa.
Um ano e meio sem aqui vir. Um ano e meio sem Me.
Não vou mentir e dizer que não me fez falta. Fez. Não vou
mentir e dizer que escrever aqui não é uma espécie de escape – para o bem e
para o mal. É.
Também não vou mentir e dizer que está tudo bem, que não
podia estar melhor, que são tudo maravilhas. Não está, podia e não são.
Directamente da Fase Bacalhau que é a minha vida neste
momento (nem peixe, nem carne), o mundo não parece um sítio muito bonito.
Mas até começaste a trabalhar depois de 4 anos sem
emprego!, ouço reclamarem.
Sim, comecei. Tive muitos projectos pelo meio mas nada
que me sustentasse (por muito gozo que me dessem). Quando menos esperava,
literalmente de um dia para o outro, veio o tão almejado emprego. Juro-vos, por
tudo quanto me é mais sagrado, pudesse, e despedia-me. Não pela parte do
trabalho (isso nunca deixei de fazer, mesmo desempregada e sem ganhar um
tostão), mas pela parte de não mais me rever (ou estar a custar a ajustar) no “cornos
para baixo, boca fechada” em que se transformou o mundo do trabalho. Algo
mudou. E não foi para melhor. Desconfio que tenha ido parar ao sítio errado.
Desconfio que também tenha mudado mais do que alguma vez esperava conseguir
perceber.
E mudei. Muito. Acho. Sinto? Algo assim.
Na verdade, nunca me senti tão perdida, seja a que nível
for. Tudo me é estranho, tudo me põe a pensar mais do que o necessário, mais do
que devia. Tudo me faz duvidar do que antes tinha por certeza.
E é este o novo ponto de partida – todo um novo mundo estranho
que tenho pela frente, com o qual não sei muito bem o que fazer a não ser
escolher bem as perguntas que faço. Sim, porque a coisa de ‘perguntar não
ofende’ também, entretanto, deixou de ser verdade. E eu tenho tantas perguntas para fazer...
Espero que estejam bem, que fiquem mais um pouco aqui
pelo Tasco. Sem vós, não tem nem metade da piada.
Continuemos.
2 comentários:
Olá, miúda gira.
Ainda bem que voltaste.
Percebo o que dizes. Penso o mesmo que tu, apenas mas com mais palavrões. Devemos andar por situações mais ou menos idênticas. Acho que estou a ficar sem imaginação para sair daquela em que estou e que não me agrada nada.
Bj.
Olá!
Não cheguei a lado nenhum!
Ainda bem que aqui estás também.
A imaginação nunca falta - pode é não ter por onde se expandir... Dá-lhe espaço e vais ver.
Beijo
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